Sistema prisional motiva realização de audiências públicas - Reuniões têm o objetivo de verificar denúncias sobre irregularidades em dois presídios do Estado.
Com o objetivo de apurar irregularidades no Presídio Regional de Montes Claros (Norte de Minas) e também no Presídio Francisco Floriano de Paula, em Governador Valadares (Vale do Rio Doce), foram aprovadas, nesta terça-feira (21/5/13), audiências públicas pela Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). As audiências foram solicitadas pelo deputado Cabo Júlio (PMDB).
A primeira audiência visa a apurar denúncias de que a administração do Presídio Regional de Montes Claros supostamente estaria conivente com a facilitação da transferência de presos mediante o pagamento de propina. O deputado Cabo Júlio também recebeu denúncias de que haveria presos trabalhando ilegalmente sem pagamento e de que mulheres entrariam no presídio para trabalhar na cantina sem a devida revista do agente feminino. Essa falha, na opinião do parlamentar, pode colaborar para a entrada ilegal de drogas, celulares e outros instrumentos.
Segundo o deputado, há indícios ainda de que os agentes penitenciários responsáveis pelo envio das denúncias ao Ministério Público e à Ouvidoria-Geral do Estado teriam sido transferidos arbitrariamente para outros presídios localizados em municípios próximos.
A segunda audiência solicitada pelo parlamentar tem o objetivo de discutir e esclarecer denúncias de tortura, morte de dois detentos, fugas e corrupção no Presídio Francisco Floriano de Paula, em Governador Valadares. As denúncias foram apresentadas por agente penitenciário em entrevista concedida para a TV Record.
De acordo com o agente penitenciário, os detentos recebem comida estragada e têm sofrido castigos nas celas. Foi denunciado também que está sendo facilitada a fuga de presos, com pagamento de propina, além da facilitação da entrada de drogas e telefones celulares, que seriam distribuídas em marmitex na penitenciária.
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