Juliano Cunha/Banda B |
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Três policiais foram baleados durante a rebelião |
Após cinco horas de negociação, terminou por volta das 23 horas a rebelião de presos na delegacia de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. A tentativa de resgate de presos seguida de fuga de detentos aconteceu na noite desta quinta-feira e deixou três policiais baleados, sendo dois civis e um militar, além de pelo menos oito presos feridos. Pela manhã, o carro do Instituto Médico Legal foi até a delegacia buscar o corpo de um preso. A informação, ainda não oficial, é de que o presos teria sofrido um mau súbito.
Ao todo, 14 detentos conseguiram fugir, mas oito foram recapturados. Foi uma ação planejada. Ao mesmo tempo que presos fugiam das celas armados, outros criminosos entravam pela porta da frente da Delegacia. O objetivo era o resgate para uma grande fuga em massa. Um carcereiro foi detido suspeito de fornecer armas para os presos.
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Quatorze conseguiram fugir |
Tudo teve início no na hora da entrega das marmitas, por volta das 18 horas, quando as refeições que serviriam aos 108 presos estavam sendo entregues. Ao mesmo tempo que alguns criminosos entravam pela porta da frente da Delegacia, outros saíam das celas já atirando contra os policiais. Houve uma intensa troca de tiros e dois policiais civis foram baleados. Com a chegada da Polícia Militar ao local os presos ficaram encurralados, mas 14 deles conseguiram fugir. Os policiais militares tinham como função resgatar os investigadores que estavam baleados dentro da Delegacia. Nesta ação o Soldado Bordignon, da Polícia Militar, também foi baleado, como explica o Tenente Marcos, do 17º Batalhão da Polícia Militar.
“A primeira equipe de Pinhais se deparou cena complicada com dois investigadores baleados. Foi preciso muita coragem para resgatar os reféns”, relatou o Tenente Marcos.
O superintendente da Delegacia, Osmair José Pereira da Silva levou um tiro no pescoço e o policial Urubatan dos Santos Gonçalves também saiu ferido. O policial Bordignon levou um tiro no braço e a outra bala acertou o colete quando ele foi resgatar o companheiro. Os três foram encaminhados ao Hospital do Trabalhador.
Durante período em que os presos estavam rebelados eles conversavam via celular o tempo todo com familiares que estavam do lado de fora. Passados poucos minutos das 23 horas, a imprensa, do Aldo de fora, foi informada que a rebelião havia acabado.
“A informação é que a situação foi controlada e os presos estão entregando as armas”, disse a assessora de imprensa da Secretária de Segurança Pública Luciana Cristo.
O Grupo TIGRE (Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial) havia invadido as celas após cortar a energia elétrica do local e não foi necessário disparar nenhum tiro. O delegado Luiz Alberto Cartaxo, fez um resumo final sobre a rebelião e fuga.”Dois policiais civis foram baleados e um militar. A negociação foi longa, a situação foi exposta a um juiz, mas retomamos a carceragem sem o uso da força”, afirmou.
Cartaxo confirmou a prisão de um carcereiro da delegacia. “Um carcereiro foi preso em flagrante por suspeita de ter colaborado com os presos fornecendo armas. Será investigada a participação dele que permanecerá detido”, disse o delegado.
Ao todo, além, das duas armas que estavam com os presos rebelados, foram apreendidas mais duas armas: um revólver calibre 38 que foi usado em uma troca de tiros com agentes da Guarda Municipal de Pinhais e uma pistola calibre .40, localizada com três foragidos que foram recapturados em Piraquara.
Após a contagem dos presos, foi informado que 14 conseguiram fugir, oito foram recapturados e seis permaneciam foragidos.
O estado de saúde do Superintendente Osmair era considerado gravíssimo. Ele foi submetido a uma intervenção cirúrgica e depois foi encaminhado para UTI do Hospital do Trabalhador. Durante a madrugada desta sexta-feira, o policial Urubatan também passava por uma intervenção cirúrgica. O estado de saúde dos presos feridos na troca de tiros não foi informado. O policial militar baleado não corre risco de morte.