terça-feira, 7 de maio de 2013

MORTE DO TRAFICANTE MATEMÁTICO

MP reabre inquérito para investigar morte de traficante no Rio

A operação foi há quase um ano, mas as imagens só foram divulgadas agora. A promotoria quer saber quem autorizou a ação realizada com metralhadoras.


CONFIRA A REPORTAGEM EXIBIDA NO FANTASTICO

 http://www.youtube.com/watch?v=ghrL-M_DxkM&feature=player_detailpage


O Ministério Público do Rio de Janeiro reabriu o inquérito para investigar se a operação que resultou na morte do traficante conhecido como Matemático ofereceu risco aos moradores de uma favela. O policial que pilotava o helicóptero foi afastado.
A chefia da Polícia Civil do Rio decidiu afastar o piloto que comandava o helicóptero durante a caçada ao traficante Márcio José Sabino Pereira, o Matemático. A operação foi há quase um ano, mas as imagens só foram divulgadas no domingo, pelo Fantástico.
O piloto disse que o helicóptero foi alvejado por bandidos e que, por isso, os policiais reagiram. “A gente entende que foi uma operação legítima, onde um traficante foi morto, um traficante perigoso, ninguém foi baleado, nenhum morador foi baleado, e o objetivo foi alcançado”, afirmou Adonis Lopes de Oliveira.
Enquanto os disparos eram feitos pessoas estavam nas ruas, na Favela da Coreia, Zona Oeste.
Os tiros atingiram casas e um prédio. As circunstâncias da operação agora estão sendo investigadas pela Corregedoria da Polícia Civil.
A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio entregou uma cópia das imagens ao Ministério Público Federal e também ao Estadual, que decidiu reabrir o inquérito sobre a morte do traficante, arquivado havia seis meses.
“Pareceu uma operação muito desastrada, feita de maneira inconsequente. Quando o policial faz uso de força física ou do emprego de arma de fogo, faz sempre em uma situação de legítima defesa. E no caso vertente, ao que parece, pelas imagens, quem iniciou o tiroteio foi exatamente a polícia, de forma aparentemente, ao meu ver, irresponsável”, afirma o procurador-geral de Justiça do Rio, Marfan Vieira.

A promotoria também quer saber quem autorizou a ação realizada com metralhadoras. Agentes envolvidos na operação disseram que usaram uma MINIMI, calibre 5.56, e também uma MAG, calibre 762, uma arma de guerra.
“Não é uma arma de emprego policial em razão de você usar em um tiro em rajada, por exemplo, você não ter o controle pleno desse tiro no sentido dele atingir o alvo desejado com a precisão que deve ser a ação policial. A MAG é uma arma de guerra, foi fabricada para se usar em guerras e conflitos de baixa intensidade”, ressalta o especialista em segurança Paulo Storani.
A chefia de Polícia Civil declarou que não tinha conhecimento do tipo de armamento usado na ação. O Exército esclareceu que a Polícia Civil não tem autorização para adquirir a metralhadora MAG, mostrada na reportagem.

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