Vistoria recolhe 400 litros de cachaça, facas e drogas em presídio do Recife
Revista ocorreu nesta sexta em uma das unidades do Complexo do Curado. Outras 3 prisões da Região Metropolitana e do interior foram inspecionadas.
06/02/2015 19h11 - Atualizado em 06/02/2015 19h11
Cachaça artesanal produzida no presídio era armazenada em galões de água (Foto: Mauro Filho/SJDH/Seres/Divulgação)
Uma vistoria realizada nesta sexta (6) no Presídio ASP Marcelo Francisco de Araújo (Pamfa), que integra o Complexo do Curado (antigo Aníbal Bruno), na Zona Oeste do Recife, apreendeu 400 litros de cachaça artesanal, 29 celulares e mais de cem armas brancas, como facões e foices. Na revista, ainda foram encontrados 386g de maconha, 167g de crack e 65g de ácido bórico.
Segundo a Secretaria Executiva de Ressocialização, agentes penitenciários participaram da ação com apoio de PMs do Batalhão de Choque e companhias independentes de Policiamento com Cães (CIPCães) e Operações Especiais (Cioe). Eles ainda recolheram nos pavilhões dez baterias, 35 carregadores, 16 fones de ouvido e nove pen drives. Esta foi a terceira vistoria realizada somente esta semana no conjunto de presídios do Curado.
Região Metropolitana e interior
Também nesta sexta, foram apreendidos 11 celulares durante revista no pavilhão B do Centro de Triagem (Cotel), no município de Abreu e Lima, Grande Recife. Na Penitenciária Agro-Industrial São João (PAISJ), em Itamaracá, na mesma região, foram encontrados 1,19 kg de maconha, 37g de crack, 7 balanças de precisão, 11 celulares, seis facões industriais e duas facas artesanais.
Já no Presídio de Salgueiro, no Sertão, uma vistoria apreendeu 40g de cocaína, oito celulares, oito baterias, 12 carregadores de celular, oito chips e dez facas, além de 20 litros de cachaça artesanal. A Seres ainda registrou uma briga no pavilhão C do Presídio de Pesqueira, no Agreste do estado. Um dos detentos foi agredido por outros internos ao ser acusado de furtar os companheiros de cela. Com ferimentos na cabeça, recebeu atendimento em um hospital local e já retornou à unidade prisional.
Situação de emergência
Nas últimas semanas, o Complexo Prisional do Curado, o maior do estado, registrou uma série de tumultos e motins. Há 15 dias, uma rebelião que durou três dias terminou com o saldo de três mortos e dezenas de feridos. Um sargento da PM foi assassinado durante o motim e um dos detentos foi decapitado.
No início deste mês, um cinegrafista da TV Globo já havia captado imagens de presos utilizando facões e celulares na área comum do complexo. Um vídeo mostrando a realização de festas e fabricação de cachaça artesanal na unidade também foi divulgado. Após as denúncias, o então secretário de Ressocialização, Humberto Inojosa, entregou o cargo. No lugar dele, assumiu o coronel reformado da PM Éden Vespaziano. Os três presídios do Curado têm capacidade para 1.800 presos, mas atualmente abrigam 7.000.
Diante da situação, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), declarou estado de emergência no sistema penitenciário na quarta (28) passada e determinou intervenção do Centro Integrado de Ressocialização de Itaquitinga, que está com as obras paradas há cerca de dois anos. O decreto com as medidas foi publicado no Diário Oficial da sexta (30). Em nota, o Executivo Estadual destacou que "tais medidas se dão em face à atual situação de tensão vivenciada no sistema prisional".
Região Metropolitana e interior
Também nesta sexta, foram apreendidos 11 celulares durante revista no pavilhão B do Centro de Triagem (Cotel), no município de Abreu e Lima, Grande Recife. Na Penitenciária Agro-Industrial São João (PAISJ), em Itamaracá, na mesma região, foram encontrados 1,19 kg de maconha, 37g de crack, 7 balanças de precisão, 11 celulares, seis facões industriais e duas facas artesanais.
Já no Presídio de Salgueiro, no Sertão, uma vistoria apreendeu 40g de cocaína, oito celulares, oito baterias, 12 carregadores de celular, oito chips e dez facas, além de 20 litros de cachaça artesanal. A Seres ainda registrou uma briga no pavilhão C do Presídio de Pesqueira, no Agreste do estado. Um dos detentos foi agredido por outros internos ao ser acusado de furtar os companheiros de cela. Com ferimentos na cabeça, recebeu atendimento em um hospital local e já retornou à unidade prisional.
Situação de emergência
Nas últimas semanas, o Complexo Prisional do Curado, o maior do estado, registrou uma série de tumultos e motins. Há 15 dias, uma rebelião que durou três dias terminou com o saldo de três mortos e dezenas de feridos. Um sargento da PM foi assassinado durante o motim e um dos detentos foi decapitado.
No início deste mês, um cinegrafista da TV Globo já havia captado imagens de presos utilizando facões e celulares na área comum do complexo. Um vídeo mostrando a realização de festas e fabricação de cachaça artesanal na unidade também foi divulgado. Após as denúncias, o então secretário de Ressocialização, Humberto Inojosa, entregou o cargo. No lugar dele, assumiu o coronel reformado da PM Éden Vespaziano. Os três presídios do Curado têm capacidade para 1.800 presos, mas atualmente abrigam 7.000.
Diante da situação, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), declarou estado de emergência no sistema penitenciário na quarta (28) passada e determinou intervenção do Centro Integrado de Ressocialização de Itaquitinga, que está com as obras paradas há cerca de dois anos. O decreto com as medidas foi publicado no Diário Oficial da sexta (30). Em nota, o Executivo Estadual destacou que "tais medidas se dão em face à atual situação de tensão vivenciada no sistema prisional".
Mais de cem armas brancas, como facões e foices, foram encontrados no Presídio ASP Marcelo Francisco de Araújo (Pamfa) (Foto: Mauro Filho/SJDH/Seres/Divulgação)
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