Agepen realiza mais de 150 mil atendimentos de saúde para presos em 2014
Flávia Lima
Meta da Agência para 2015 é expandir ações de saúde nos presídios. (Foto:Divulgação)
Levantamento realizado pela Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) aponta que foram realizados 155.271 atendimentos em saúde para custodiados das unidades prisionais de Mato Grosso do Sul no ano passado, entre
consultas, exames, internações e cirurgias.
Nos presídios, as equipes trabalham, principalmente, com a prevenção, o que reduz sensivelmente a incidência de novos casos, possibilitando uma melhor atenção também aos já constatados, conforme destaca a chefe da Divisão de Saúde da Agepen, Maria de Lourdes Delgado Alves.
A dirigente ressalta que existe um acompanhamento sistemático de diabéticos, hipertensos e gestantes, além da realização constante de programas de tratamento e prevenção à tuberculose e doenças sexualmente transmissíveis, entre outros serviços. “Só para ter uma ideia, no ano passado foram constatados e tratados 444 casos de doença de pele, 211 de tuberculose, 298 de DST/Aids, 228 de diabéticos e 1029 hipertensos”, informa Maria de Lourdes.
Para 2015, um dos principais objetivos da Agepen, em conjunto com a secretaria Estadual de Saúde é expandir as ações da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional, desenvolvida pelos ministérios da Justiça e da Saúde, com disponibilização de recursos federais para a manutenção de equipes de profissionais e abastecimento de presídios com medicamentos, vacinas, exames etc.
Equipe múltipla
Pela PNAISP, a atenção à saúde dos presos deve ser realizada por equipes compostas de maneira conjunta por profissionais do Sistema Penitenciário e das secretarias de saúde, tanto a estadual quanto as municipais. A Política Nacional determina, ainda, que essas equipes tenham profissionais de diferentes formações, como médicos, dentistas, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, técnico de enfermagem, auxiliar de saúde bucal, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta e psiquiatra
São disponibilizados recursos do Ministério da Saúde para que o Município mantenha essas equipes de profissionais e abasteça o presídio com insumos necessários. Com a adesão à política, os setores de saúde dos estabelecimentos penais funcionam, praticamente, como se fossem unidades básicas de saúde.
Segundo a chefe da Divisão de Saúde da Agepen, atualmente todos os 18 municípios em que a Agepen administra presídios já aderiram à PNAISP ou estão em fase de adesão. A Capital foi a mais recente a aderir à política, com a implantação de equipes no Estabelecimento Penal Feminino “Irmã Irma Zorzi” (EPFIIZ), no final do ano passado.
Segundo a chefe da Divisão de Saúde da Agepen, atualmente todos os 18 municípios em que a Agepen administra presídios já aderiram à PNAISP ou estão em fase de adesão. A Capital foi a mais recente a aderir à política, com a implantação de equipes no Estabelecimento Penal Feminino “Irmã Irma Zorzi” (EPFIIZ), no final do ano passado.
Conforme planejamento já estabelecido, agora em 2015 também será contemplado o Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho (Segurança Máxima da Capital), e em 2016 os demais presídios e delegacias do município. “É um grande avanço que estamos conquistando, já que Campo Grande concentra a maior parte de custodiados do Estado”, comenta a chefe da Divisão de Saúde.
Para o interior do Estado, também estão programadas inclusões de equipes de atendimento em presídios de Aquidauana, Cassilândia, Dourados, Paranaíba e Ponta Porã, reforçando os atendimentos que já são prestados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário