sexta-feira, 5 de abril de 2013


CIDADES
PF ainda não se pronunciou sobre possível envolvimento de policiais em tráfico de drogas sintéticas
Esquema foi revelado nessa quinta-feira, após seis meses de investigações
05/04/2013 13h34
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MÁBILA SOARES / RICARDO VASCONCELOS
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FOTO: FOTO: PAULA HUVEN
Drogas vinham de Foz do Iguaçu (PR)
A Polícia Federal em Minas Gerais ainda não se pronunciou sobre o possível envolvimento de agentes federais em um esquema de tráfico de drogas sintéticas, que abasteciam festas raves em Belo Horizonte. Em nota encaminhada à imprensa, nesta sexta-feira (5), a  Superintendência afirma que vai aguardar uma comunicação oficial da Polícia Civil. O esquema foi revelado nessa quinta-feira (4), após seis meses de investigações do Grupo de Combate a Organizações Criminosas da Polícia Civil.
Segundo a corporação, drogas sintéticas, como anfetaminas, anabolizantes, sibutramina e outros inibidores de apetite com origem em Foz do Iguaçu (PR)
chegavam ao aeroporto de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte, tudo sob o comando de um advogado, Rodrigo Alves Avelar, de 40 anos. O material entrava no Brasil em voos comerciais, sem passar por aparelho de raio X ou pela fiscalização da Polícia Federal (PF).
"A quadrilha distribuía as drogas em festas embaladas por músicas eletrônicas, as chamadas raves, a um público restrito, de classe média alta da capital", explicou o delegado Antônio Prado. Segundo ele, o advogado se apresentava como Rodrigo Bonatti, para não despertar a atenção da polícia - daí o nome da ação que desarticulou o esquema, operação Bonatti.

Com essa identidade, ele movimentava contas bancárias e fazia viagens em busca das drogas. A Polícia Civil deve pedir a quebra do sigilo bancário do advogado, para saber as quantias obtidas por ele.

Flagrante. Preso no último dia 23, no apartamento onde mora, no bairro Caiçara, na região Noroeste da capital, Avelar foi apresentando à imprensa, junto com o restante da quadrilha, que inclui a sua namorada, Vanessa Almeida Assunção, 26, Paulo Henrique Zinato, 28, Renan Rafael Rossignoli, 22, e Paloma Tavora Diezete, 25. No flagrante, os três últimos suspeitos deixavam o prédio em um carro importado.

Eles estavam com 450 comprimidos, que seriam entregues a um revendedor no bairro União, na região Nordeste da capital. Já Avelar e Vanessa foram flagrados no apartamento, com 42.550 comprimidos - 8.000 de drogas sintéticas e o restante de inibidores de apetite e anabolizantes -, R$ 5.000 em dinheiro e U$S 800 dólares.

Os presos vão responder por tráfico de drogas e associação para o tráfico. Zinato estava com um revólver e uma carabina e também foi autuado por porte ilegal de arma.

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