segunda-feira, 22 de abril de 2013

QUEM PODERá ME SALVAR ??????




Só a verdade sobre o corpo de Eliza pode reduzir pena de Bola
Publicado no Super Notícia em 22/04/2013
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TÂMARA TEIXEIRA
FOTO: SAMUEL AGUIAR - 22.12.2011
Executor.Bola é acusado de asfixiar Eliza Samudio até a morte, em 10 de junho de 2010, na própria casa, na cidade de Vespasiano
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O ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, começa a ser julgado hoje, no Fórum de Contagem, na região metropolitana da capital, pelo homicídio da ex-namorada do goleiro Bruno, Eliza Samudio. Para especialistas, Bola será condenado e ficará menos tempo preso se admitir ter executado a jovem e revelar o paradeiro dos restos mortais dela. O jogador e o ex-braço direito dele, Luiz Henrique Romão, o Macarrão, admitiram parcialmente as participações no crime e conseguiram reduzir as penas.

"Sem uma confissão, Bola pode ter uma condenação superior à do Bruno, ou seja, acima de 22 anos", analisa o criminalista Marco Meirelles. Pode ser outro atenuante da sentença de Bola a declaração sobre o envolvimento dos policiais José Lauriano, o Zezé, e Gilson Costa na trama. A dupla também é investigada pelo homicídio.

A doutora em direito penal da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) Patricia Vanzolini acredita que a defesa irá negar a culpa de Bola, em um primeiro momento. "Mas se perceberem que o jogo está perdido com os jurados, os advogados irão optar pela confissão. A entrega da localização do corpo reduziria muito a pena. A condenação é certa diante das sentenças de Bruno e Macarrão", diz.

Fernando Magalhães, um dos defensores de Bola, nega a possibilidade de confissão. "Isso é impossível. Será muito difícil converter a condenação, mas acreditamos na inocência dele", afirma. Em clima de suspense, ele garante ter surpresas e cartas na manga para esse júri.

No julgamento de Bruno, em março, o goleiro cometeu um deslize e falou o nome de Marcos Aparecido pela primeira vez como o homem contratado por Macarrão para matar Eliza. Até então, ele se referia ao executor como "Neném". Na época, Ércio Quaresma e Fernando Magalhães ficaram visivelmente irritados com a declaração.

O promotor Henry Wagner Vasconcelos irá explorar, dentre outras provas, as ligações telefônicas entre Bola e Macarrão antes, durante e depois do crime. Segundo a acusação, Bola recebeu R$ 70 mil pela morte de Eliza. O crime teria acontecido na casa do ex-policial, em 10 de junho de 2010, em Vespasiano. Bola é acusado de asfixiar a jovem e fazer o corpo sumir. A previsão do fórum é que o júri dure três dias, mas a defesa aposta em até dez dias.
ESTRATéGIA
Defesa vai desqualificar trabalho de investigação
A lista de testemunhas de defesa deixa claro que a estratégia será desqualificar a investigação conduzida pelo então delegado Edson Moreira. Entre os cinco convocados, estão a delegada Ana Maria Santos e o corregedor da Polícia Civil, Renato Patrício Teixeira. Durante todo o processo, o advogado Ércio Quaresma criticou os trabalhos da corporação.

O jornalista José Cleves da Silva, inocentado da acusação de ter matado a mulher, em 2000, também foi chamado. O caso foi investigado por Moreira, que o indiciou pelo assassinato. O jornalista afirma que o delegado manipulou as provas. O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, o deputado Durval Ângelo (PT), também irá falar. Ele seria um dos alvos de Bola em uma suposta lista de pessoas marcadas para morrer. O plano foi revelado pelo seu ex-colega de cela Jaílson Oliveira, que pediu proteção ao Estado após a denúncia. (TT)
Clima deve ser de muita provocação
As provocações devem ser constantes, principalmente no embate entre promotoria e defesa. “Aposto em um clima tenso, mas rezo por um mais amistoso”, disse um dos advogados de Bola, Fernando Magalhães.

A sessão começará com o depoimento de quatro testemunhas de acusação e, depois, mais quatro de defesa. Em seguida, Bola será interrogado. Por fim, os jurados votarão se o ex-policial civil é culpado ou não pela morte de Eliza Samudio. A juíza Marixa Fabiane é quem calcula a pena se ele for condenado. (TT

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