Não sou mais um monstro", diz soldado que transplantou face
Rejeição do filho fez com Mitch Hunter se submetesse a uma complexa operação
Publicado no Jornal OTEMPO em 29/11/2011
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FOTO: REPRODUÇÃO BBC
Evolução. Mitch Hunter antes de sofrer o acidente; após as primeiras cirurgias; e depois do transplante total de rosto
Nova York, EUA. Visto com repulsa por estranhos e crianças, que fugiam dele chamando-o de "monstro", o norte-americano Mitch Hunter mudou de vida após submeter-se a um transplante total de rosto.
Ele tinha 20 anos quando o carro em que ele estava bateu em poste contendo cabos de eletricidade de 10 mil volts. Enquanto tentava resgatar uma passageira que também estava no carro, recebeu uma descarga elétrica que lhe deixou sem uma perna e com o rosto totalmente queimado.
Nos dez anos seguintes, passou por inúmeras cirurgias para reconstruir o rosto - mas os resultados não passavam de remendos.
Foi o nascimento do filho Clayton que levou Mitch a optar pelo transplante completo de rosto - apenas o terceiro feito nos EUA. "Vi muitas crianças correrem para se esconder atrás das mães porque ficavam muito assustadas quando me viam", contou. "Isso estava ficando difícil, porque meus amigos começaram a ter filhos, depois meu irmão teve um filho. Quando tive Clayton, não quis mais que as crianças tivessem medo de mim".
A operação, realizada em abril, sob a coordenação do cirurgião Bohdan Pomahac, no hospital Brigham and Women’s, em Boston.
Para ser elegível para uma cirurgia completa, o paciente precisa ter pelo menos 25% do seu rosto danificado. Surpreendentemente, encontrar um doador não é tão difícil. O médico explica que prefere doadores jovens e do mesmo sexo. O rosto é transplantado em toda sua espessura, mas o que realmente determina o visual final do rosto é a estrutura óssea da face do paciente.
No caso de Mitch, a operação correu bem. A equipe removeu a face antiga de antes de sobrepor a nova. Pomahac conectou artérias a três nervos do corpo no novo rosto. A nova cara do paciente, com nariz, lábios e músculos, foi então costurada no seu lugar. A operação durou 14 horas.
No início, o rosto estava muito inchado. À medida que o inchaço diminuiu, os traços ficaram mais definidos. Mitch diz que as sensações estão voltando e que ele consegue, por exemplo, elevar as sobrancelhas, fazer bico e sorrir. Já o irmão dele, Mark, diz que era capaz de ver o rosto do antigo Mitch desde o primeiro dia.
Ele tinha 20 anos quando o carro em que ele estava bateu em poste contendo cabos de eletricidade de 10 mil volts. Enquanto tentava resgatar uma passageira que também estava no carro, recebeu uma descarga elétrica que lhe deixou sem uma perna e com o rosto totalmente queimado.
Nos dez anos seguintes, passou por inúmeras cirurgias para reconstruir o rosto - mas os resultados não passavam de remendos.
Foi o nascimento do filho Clayton que levou Mitch a optar pelo transplante completo de rosto - apenas o terceiro feito nos EUA. "Vi muitas crianças correrem para se esconder atrás das mães porque ficavam muito assustadas quando me viam", contou. "Isso estava ficando difícil, porque meus amigos começaram a ter filhos, depois meu irmão teve um filho. Quando tive Clayton, não quis mais que as crianças tivessem medo de mim".
A operação, realizada em abril, sob a coordenação do cirurgião Bohdan Pomahac, no hospital Brigham and Women’s, em Boston.
Para ser elegível para uma cirurgia completa, o paciente precisa ter pelo menos 25% do seu rosto danificado. Surpreendentemente, encontrar um doador não é tão difícil. O médico explica que prefere doadores jovens e do mesmo sexo. O rosto é transplantado em toda sua espessura, mas o que realmente determina o visual final do rosto é a estrutura óssea da face do paciente.
No caso de Mitch, a operação correu bem. A equipe removeu a face antiga de antes de sobrepor a nova. Pomahac conectou artérias a três nervos do corpo no novo rosto. A nova cara do paciente, com nariz, lábios e músculos, foi então costurada no seu lugar. A operação durou 14 horas.
No início, o rosto estava muito inchado. À medida que o inchaço diminuiu, os traços ficaram mais definidos. Mitch diz que as sensações estão voltando e que ele consegue, por exemplo, elevar as sobrancelhas, fazer bico e sorrir. Já o irmão dele, Mark, diz que era capaz de ver o rosto do antigo Mitch desde o primeiro dia.
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