Falso sequestro: quadrilha que atuava em
presídios do Rio fez vítimas em pelo menos 11 Estados
Alexandre Vieira/Agência O Dia
Ligações eram feitas do Complexo Penitenciário de Bangu
Segundo o delegado Carlos Abreu, da Delegacia de Copacabana (13ª DP), os criminosos escolhiam cidades em outros estados, onde a população ainda não tinha informações sobre a prática desse tipo de crime.
Durante as investigações, que começaram há cinco meses, foram verificadas vítimas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás, Mato Grosso, Ceará, Sergipe e Maranhão, além de Brasília.
- Pessoas ligadas à quadrilha, que atuavam do lado de fora da cadeia, buscavam informações sobre as cidades na internet. Elas procuravam saber se as cidades eram prósperas economicamente, qual o ramo de atividade econômica era o mais forte, entre outras coisas.
A polícia verificou que praticamente todas as ligações eram feitas do presídio Plácido de Sá Carvalho, no complexo de Bangu, na zona oeste do Rio. Apenas um dos indiciados cumpria pena na unidade conhecida como Galpão da Quinta, em São Cristóvão, na zona norte.
Em uma das interceptações telefônicas, uma dos chefes da quadrilha disse à mulher que chegava a faturar R$ 10 mil por dia com o golpe do falso sequestro. Em 15 dias, a polícia verificou 977 ligações feitas por uma única linha telefônica.
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