quarta-feira, 3 de agosto de 2011


Seds desmente agressão a detento que denunciou "Bola"

Jaílson Alves de Oliveira encaminhado para fazer exames de corpo e delito, mas nenhuma violência foi constatada


MAURÍCIO DE SOUZA
marcos aparecido dos santos, bola
"Bola" é acusado de participação no desaparecimento de Eliza Samudio
A Secretaria de Defesa Social (Seds) desmentiu as denúncias de que o detento Jaílson Alves de Oliveira tivesse sido agredido por agentes dentro da Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hugria. Em carta enviada a uma emissora de TV local, o presidiário afirmou que apanhou na casa de detenção. Ele relatou, na correspondência, que foi xingado com palavras de baixo calão por diversas vezes.

A Seds informou, no início da noite deste terça-feira (2), que assim que soube da denúncia, na última segunda-feira (1º), encaminhou o detento para fazer exames de corpo e delito no Insituto Médico-Legal. Conforme o órgão, o resultado prévio do exame constatou que não havia sinais de violência no corpo do presidiário. No entanto, o resultado definitivo só será divulgado na quarta-feira (3).

Na carta, Jaílson relata ainda que não come a comida servida na Nelson Hungria pois tem medo de ser envenenado. Ele demonstrou medo de ser assassinado na penitenciária.

Denúncia

Jaílson Alves de Oliveira, que estava preso com o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o "Bola", alegou que ouviu a confissão do ex-companheiro de cela. Segundo o denunciante, ele contrataria um traficante do Rio de Janeiro para matar as autoridades que estavam à frente das investigações sobre o sumiço da modelo Eliza Samudio.

"Bola" é acusado pela Polícia Civil por esquartejar o corpo da ex-amante do goleiro Bruno Fernandes e jogá-lo para cachorros. Samudio está desaparecida desde junho de 2010, mas seu corpo não foi encontrado até hoje.

O presidiário contou que ouviu o ex-policial falar que iria contratar Francisco Bonfim Lopes, o "Nem da Rocinha", integrante do grupo criminoso Comando Vermelho e foragido da polícia do Rio, para matar a juíza do Tribunal do Júri da comarca de Contagem, Marixa Fabiane Rodrigues, o delegado Édson Moreira, chefe do Departamento de Homicídios. A denúncia foi feita ao deputado estadual Durval Ângelo (PT) e ao advogado José Arteiro Cavalcante, defensor dos interesses da família de Eliza Samudio.

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