sábado, 1 de junho de 2013

Agentes denunciam que receberam ordem da direção que determinou que preso deveria permanecer sem algemas enquanto estivesse internado em hospital.

ORDEM ERRADA  NÃO   SE CUMPRE , PQ DEPOIS QUEM SEGURA É VC .

Situação envolve o diretor do Depasa preso na Operação G-7.
Iapen diz que procedimentos adotados são normais para todos os presos.

Duaine Rodrigues Do G1 AC
Gildo César está internado no Huerb
(Foto: Duaine Rodrigues/G1)
Uma denúncia de agentes penitenciários questiona o tratamento dado pelo Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen/AC) a detentos que cumprem pena no presídio estadual em Rio Branco, capital do Acre.
Os agentes que atuam naquela unidade prisional se mostraram incomodados com uma situação ocorrida na semana passada, quando o diretor do Departamento de Pavimentação e Saneamento (Depasa), Gildo César, um dos 15 presos na ‘Operação G-7’, deflagrada pela Polícia Federal no dia 10 de maio, foi encaminhado ao Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb), onde ficou internado em observação.
De acordo com os agentes, uma ordem da direção do Iapen determinou que Gildo César deveria permanecer sem algemas enquanto estivesse dentro do hospital. O fato revoltou muitas pessoas já que outro detento, também internado naquela unidade de saúde, estaria algemado pelo tornozelo, mesmo sofrendo com uma grave infecção nos rins e sem condições de caminhar.
Além disso, segundo os agentes penitenciários, a direção do Iapen também havia ordenado a redução do efetivo de seguranças presentes no hospital de seis para três.
“Três presos estão internados e, conforme as informações, as regras gerais de procedimentos para escolta e internação de presos do Sistema Carcerário Acreano são no mínimo dois agepens para cada preso”, comenta o agente que enviou a denúncia e preferiu sigilo na identidade.
'Não representa risco', diz Iapen
G1 entrou em contanto com o Iapen/AC que através de sua assessoria de imprensa informou que ‘o regime de segurança tem uma avaliação de cada preso, dividida em três níveis de segurança, e Gildo César estaria enquadrado no nível um, que não representa risco de fuga ou de resgate por parte de terceiros. Já o outro detento citado na denúncia estaria em um nível de segurança mais alto.
“O Iapen não avalia o detento pela condição de saúde. Como o preso está aguardando cirurgia, por estar em um nível de segurança mais alto, é necessária a manutenção das algemas. Isso não acontece só com o Gildo. Outros presos que vão ao hospital e estão no nível um, também não ficam algemados. Não é nenhum tipo de privilégio e sim um procedimento normal estabelecido pelo sistema de segurança penitenciário”, informa.
Sobre o número de agentes que fazem a escolta, a assessoria ressalta que a guarda responsável por levar Gildo César ao hospital tinha seis agentes, que ficaram no local no início.
“Mas a segurança tem como base um agente por preso ou mais. No caso deles, foi definido no hospital que ia ficar um por preso, até para otimizar a quantidade de agentes. Então, há um para cada preso. Foi mandado realmente sair os outros agentes, mas porque ia ficar só um e os agentes ficam em regime de escala. São procedimentos normais com qualquer preso”, explica a assessoria do Iapen/AC.

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