Defesa do "Maníaco do Anchieta" pede que juiz ouça entidade onde ele prestou serviço social
Outras duas testemunhas de defesa prestaram depoimento; Pedro está em liberdade desde o dia 10 de abril
PUBLICADO EM 28/05/13 - 16h7
O ex-bancário Pedro Meyer, conhecido como "Maníaco do Anchieta", foi ouvido nesta terça-feira (28) em mais uma audiência sobre um dos 16 estupros cometidos por ele na década de 1990. Outras duas testemunhas de defesa também prestaram depoimento. O réu está em liberdade desde o dia 10 de abril.
Testemunhas são ouvidas na audiência de instrução do "Maníaco do Anchieta"
De acordo com a assessoria de imprensa do Fórum Lafayette, em Belo Horizonte, a sessão começou às 13h15 e foi encerrada às 15h. O conteúdo dos depoimentos não foi revelado, já que o processo corre em segredo de Justiça. A defesa do réu pediu ao juiz substituto da 8ª Vara Criminal, Alexandre Cardoso Bandeira, que uma entidade fosse indiciada para prestar depoimento, por ofício, a respeito de trabalhos sociais prestados pelo maníaco. O magistrado atendeu a requisição.
O próximo passo agora será a abertura do prazo de cinco dias para os advogados do réu e acusação fazerem as alegações finais. Em seguida, o juiz vai ler o processo e dar a sentença. De acordo com o fórum, não há data para conclusão dos trabalhos.
A audiência desta terça-feira havia sido suspensa pela falta de duas testemunhas de defesa. Na época, o defensor do réu solicitou também que fosse anexado ao processo todas as informações existentes sobre a insanidade mental de Meyer. O processo da audiência refere-se ao caso da vítima que reconheceu Meyer no ano passado, enquanto ele caminhava pelo bairro Anchieta, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. A autora do processo não compareceu ao Fórum nesta terça-feira.
Até o momento, já foram ouvidas oito testemunhas, dentre elas uma vítima de Meyer e o pai dela. Se ficar provado que Meyer cometeu o crime de estupro contra a vítima que o reconheceu, ele pode ter pena máxima de 13 anos.
Em liberdade
Pedro Meyer está em liberdade desde o dia 10 de abril. De acordo com o TJMG, a decisão foi tomada por três desembargadores da 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais porque o prazo legal para que o réu permanecesse preso sem que fosse concluída a fase da instrução processual foi excedido. Antes do julgamento final, o desembargador Alexandre Victor de Carvalho indeferiu um pedido de liminar, na expectativa de que o laudo conclusivo fosse entregue ao Judiciário a tempo.
Pedro Meyer está em liberdade desde o dia 10 de abril. De acordo com o TJMG, a decisão foi tomada por três desembargadores da 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais porque o prazo legal para que o réu permanecesse preso sem que fosse concluída a fase da instrução processual foi excedido. Antes do julgamento final, o desembargador Alexandre Victor de Carvalho indeferiu um pedido de liminar, na expectativa de que o laudo conclusivo fosse entregue ao Judiciário a tempo.
O laudo conclusivo de sanidade mental, peça importante no prosseguimento da ação penal, só foi entregue à Justiça no dia 24 de abril, mais de um ano depois da prisão de Pedro Meyer, em março de 2012. Segundo o TJMG, a lei estabelece que o prazo máximo para que um réu fique preso durante a instrução processual é de 100 dias e, por isso, o suspeito foi solto.
O "Maníaco do Anchieta" é acusado de estuprar 16 mulheres em Belo Horizonte e Contagem, na região metropolitana. Duas vítimas foram estupradas juntas, no bairro Nacional, em 2001, quando tinham 16 e 18 anos. Uma outra mulher teria sido abusada quando tinha 11 anos, em 1994, no bairro Cidade Nova, na região Nordeste da capital. Ele está solto desde 10 de abril de 2013.
Eugênio Fiuza ficou preso por engano por 17 anos por ser parecido com o maníaco. Ele havia sido condenado a 38 anos de detenção e foi confundido devido à semelhança física com o "maníaco". Fiuza foi libertado em setembro do ano passado.
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