Inquérito conclui que funcionários não colocaram drogas em mamitas dos presídios de MT
Cuiabá / Várzea Grande, 05/03/2012 - 17:01.
Da Redação
Cuiabá / Várzea Grande, 05/03/2012 - 17:01.
Da Redação
O inquérito da Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE) que investigou a entrada de droga, na Penitenciária Central do Estado, dentro de marmitas, concluiu que o reeducando Fernando de Souza Rondon, era único dono da droga encontrada dentro da marmita, no dia 7 de fevereiro deste ano.
O reeducando vai responder na modalidade de posse e transporte de droga pelo artigo 33 da Lei 11.343/2006. Conforme os autos do inquérito, conduzido pela delegada Alana Cardoso, a conduta do presidiário dispunha de regalias e ele era a pessoa responsável pela distribuição dos alimentos.
Por coincidência, durante entrevista, no dia 13 de fevereiro, os investigadores da DRE, constaram em um dos bolsos do reeducando R$ 300,00, valor muito acima dos R$ 30,00, permitidos pela direção da Penitenciária, tendo apreendido o dinheiro e entregue na direção da Instituição.
Conforme a delegada Alana Cardoso, a DRE fez todo o percurso do caminhão de entrega de marmitex e concluiu que não havia possibilidade da droga ter sido colocada antes de entrar no presídio. Todo o processo de preparo das marmitas é monitorado por câmeras de vídeo e depois colocadas no caminhão de transporte do tipo “baú”, que é lacrado com lacre identificado, vindo a ser aberto já no interior do Presídio.
“O ponto mais vulnerável do processo não conta com a participação dos funcionários da empresa, pois se dá dentro da própria penitenciária, quando os reeducandos ‘amarelinhos’ manuseiam as marmitas das caixas para o carrinho de entrega nos raios, sendo certamente este o momento em que a marmita usada com o entorpecente foi colocada junto às demais marmitas para entrega naquela ocasião”, disse a delegada.
Quatro tabletes de maconha, foram encontrados no dia 7 de fevereiro, dentro de uma marmita, no Raio 5 da Penitenciária Central. Os agentes carcerários perceberam que uma das marmitas estava com um volume maior do que as demais e com manuscritos em sua tampa. A marmita encontrava-se juntamente com outras vazias e ambas separadas das demais. Diante disso os agentes ficaram observando para quem seriam entregues as referidas marmitas.
A entrega era feita pelo reeducando Fernando de Souza Rondon e Josimar Almeida de Jesus. Contudo, ao término da entrega restaram no carrinho justamente as duas marmitas e ao checarem, os agentes verificaram que havia maconha dentro de uma das marmitas, com endereçamento na tampa para o reeducando Deyvid Anderson Fernandes de Souza.
Diante dos fatos, os reeducandos Fernando de Souza Rondon, Josimar Almeida de Jesus e Deyvid Anderson Fernandes de Souza, e ainda os funcionários da empresa Estilos Alimentos, responsáveis pela entrega das marmitas do dia, Luiz Carlos da Silva e Nelzi Pereira da Silva, foram todos conduzidos ao Plantão, onde foram autuados em flagrante por tráfico de drogas e associação para o tráfico de drogas.
Os funcionários da empresa de entrega de alimentos negaram envolvimento e informaram que as marmitas apreendidas não podiam pertencer à entrega daquele dia, uma vez que estavam sujas e com restos de comida. O reeducando Deyvid Anderson Fernandes de Souza, informou que seu nome constava na tampa da marmita encontrada com droga, pois no dia 6 de fevereiro, pediu ajuda ao agente Walter com a liberação da carteira de visitante de sua esposa e este lhe pediu o nome completo do reeducando e de sua esposa, que foi anotado na tampa de uma velha marmita que estava jogada por perto.
Quanto a Josimar, as investigações apuraram que ele não tinha habitualmente o trabalho de entrega de marmitas no raio 5, como também não tinha vínculo ou concurso com Fernando.
O inquérito policial será encaminhado à Justiça nesta segunda-feira (05.03).
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