terça-feira, 6 de março de 2012

Da cadeia, Bruno agita mercado com rumores e gera espanto de possíveis "interessados"


Da cadeia, Bruno agita mercado com rumores e gera espanto de possíveis "interessados"

José Ricardo Leite
Do UOL, em São Paulo

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  • Preso em Contagem (MG), Bruno já tem pelo menos um time interessado oficialmente
    Preso em Contagem (MG), Bruno já tem pelo menos um time interessado oficialmente
Mesmo com futuro incerto, o goleiro Bruno gera rumores no mercado do futebol e já tem até proposta de trabalho para voltar ao futebol quando estiver em liberdade.

O arqueiro tem contrato com o Flamengo com validade até o fim deste ano. O vínculo, no entanto, está atualmente suspenso pelo fato de o jogador  estar preso em Contagem (MG) por ser suspeito de comandar a morte da ex-amante Eliza Samudio.

"Estamos tentando que ele aguarde o julgamento em liberdade. Pode ser que em 30 dias ele saia e fique apto para executar a profissão dele. Está na mão do Supremo Tribunal Federal", falou o advogado.

"Já teve empresário querendo fazer pré-contrato, só que não pode por ele estar preso. Já fomos procurados por alguns clubes que fizeram contato. O Fluminense sinalizou interesse, o Atlético-MG e também um clube da Rússia. Mas ele tem contrato com o Flamengo, é vinculado ao Flamengo. Tem que se apresentar lá, se não quiserem, aí ele pode negociar com outro time. Ele sabe das propostas e está muito feliz, treinando", continuou.

COMO ESTÁ O CASO BRUNO

Bruno ainda não foi julgado pela Justiça de Minas Gerais pela acusação de comandar a morte da ex-amante Eliza Samudio.
Mas, independentemente desta acusação, o goleiro já tem uma condenação de quatro anos e seis meses de prisão pela Justiça do Rio, em dezembro de 2010, por cárcere privado, lesão corporal e constrangimento ilegal. Ele ainda será julgado pelo desaparecimento da ex-amante e deve ser enquadrado em outros artigos do Código Penal. O julgamento ainda não tem data marcada.
Segundo especialistas, o goleiro pode ser condenado por até 72 anos de prisão, se for condenado por todos os crimes cometidos. No entanto, as leis brasileiras impõem 30 anos como tempo máximo de cadeia para alguém condenado.
Citados por Imirim como interessados, Fluminense e Atlético-MG, por meio de dirigentes, negaram veemente a cobiça pelo goleiro.

"Eu não fui [quem tentou contratar Bruno]. Não tenho conhecimento disso, eu não fui não. Estou sempre por dentro do dia a dia do clube e não tenho essa informação. Estou sabendo por você", falou Eduardo Maluf, diretor de futebol do Atlético-MG
"Você está louco", disse, surpreso, o diretor executivo do Fluminense. "Rechaço isso veementemente. Nós temos bons goleiros aqui, não vou nem tecer comentários sobre isso, não procede. É só avaliar os nossos goleiros, não precisamos. Deve ser um advogado falastrão. Chance zero."

O Flamengo, dono dos direitos federativos do goleiro, levou na brincadeira os rumores e disse nunca ter recebido sondagem.
Proposta pelo Bruno? Isso deve ser piada de 1º de abril
Michel Levy, do Flamengo


"Proposta pelo Bruno? Isso deve ser piada de primeiro de abril. Antes fosse, o rapaz é boa gente, sabe-se lá o que aconteceu, não quero entrar nos méritos. Mas nunca ouvi falar desse assunto", falou Michel Levy, vice de finanças do time da Gávea.
O Guarani tem as portas abertas e o maior interesse pelo Bruno
Edílson Oliveira, presidente do Guarani-MG
Mas, mesmo com negativa de Flu e Atlético-MG, Bruno não deve ficar sem emprego caso consiga a liberdade. Isso porque o Guarani de Divinópolis-MG, que disputa a primeira divisão do Campeonato Mineiro, já tentou ter o jogador na competição deste ano e ainda quer contar com seus serviços.

O clube aventou a possibilidade de o jogador se transferir da penitenciária de Contagem para a de Divinópolis para poder treinar e jogar no clube. Com a negativa, aguarda uma futura liberdade do atleta.

"Tentamos em dezembro, mas não era possível pelos meios judiciais. Falaram que não era possível. E tinha essa questão de ele ter vínculo com o Flamengo, por isso a história morreu. Pensamos nisso como uma jogada de marketing", falou Edílson de Oliveira, presidente do Guarani-MG.

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