FAMILIARES DE PRESOS PEDEM AJUDA À ASSEMBLEIA
Familiares de presos da Penitenciária Nelson Hungria, localizada em Contagem (Região Ml
tropolitana de Belo Horizonte), pediram a ajuda da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais contra arbitrariedades que eles dizem estar acontecendo no local. A principal queixa é de que 15 detentos teriam sido transferidos nesta segunda-feira (5/3/12), após iniciarem uma greve de fome em protesto contra diversas humilhações relatadas. A reunião da comissão aconteceu nesta mesma segunda. Os familiares dos presos disseram que iriam logo em seguida à Penitenciária, que estaria sendo ocupada pelo Batalhão de Choque.
A comissão aprovou um requerimento para que sejam encaminhados à Corregedoria do Sistema Penitenciário do Estado, ao Juízo e à Promotoria da Vara de Execuções Criminais da Comarca de Contagem pedidos de averiguação das denúncias dos detentos que estão em greve de fome. Durante a reunião, uma das familiares dos presos leu uma carta redigida pelos detentos durante o final de semana (3 e 4/3/12), em que eles acusam a direção da penitenciária de arbitrariedades.
Segundo a carta, os presos estariam sendo vítimas de humilhações, agressões físicas e psicológicas. Mulheres de suas famílias estariam sendo constrangidas a se despirem em frente a agentes masculinos, durante a revista. O recadastramento das visitas estaria sendo dificultado. Insetos, cabelos e pedras teriam sido encontrados na comida servida na unidade. Não haveria tratamento médico e todas as doenças estariam sendo tratadas apenas com um comprimido de dorflex. Além disso, não haveria assistência jurídica e muitos presos continuam ali após o cumprimento de suas penas. Ao final da carta, é anunciado o início da greve de fome.
Durante a reunião, a coordenadora da Defensoria Especializada em Direitos Humanos, Coletivos e Socioambientais, Cleide Nepomuceno, disse que determinaria uma visita à Nelson Hungria para averiguar as denúncias, o mais breve possível. "Vamos oficiar a direção da Penitenciária para saber o motivo da transferência dos presos e para onde foram transferidos", afirmou a defensora.
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