terça-feira, 22 de novembro de 2011


Dentro da cela, preso atualiza seu Facebook.




Há cerca de dois meses atrás, o governo anunciou o investimento de cerca de 1 bilhão de reais na construção de presídios. Enquanto isso, os presos não perdem seu tempo de condenação ou ficam no aguardo de iniciativas institucionais. Os presos trabalham – e como!

Veja-se como exemplo a divulgação recente pela mídia de que um preso do Presídio Central de Porto Alegre, um dos mais superlotados do país, mantinha perfil no Facebook, atualizado quase diariamente de dentro de sua cela.

Nada que acrescente mais uma nódoa na grave crise do sistema prisional do país, contra a qual não se ouve falar em programas de combate como mutirões, ações e estratégias de segurança e judiciárias complexas. Não, construções são melhores porque são evidentes, aparecem ao público, enquanto outras iniciativas não podem ser vistas e somente serão percebidas a longo prazo.

O episódio demonstra ser impossível evitar a comunicação dos presos com o exterior, a qual ocorre desde os meios mais básicos, o contato com as visitas, até o uso de mecanismos mais tecnológicos, como celulares e internet. Esta situação deveria funcionar como pá de cal sobre os defensores de que o problema do sistema prisional se resolve com construção de cadeias.

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