Em fuga da Somália, mãe tem que
decidir qual dos filhos salvar da fome
'Eu decidi deixá-lo aos cuidados de Deus na estrada', diz Wardo Yusuf.
Pais andam até 2 semanas para chegar a campo de refugiados no Quênia.
Wardo Mohamud Yusuf, uma refugiada de 29 anos, teve que tomar uma decisão que nenhuma mãe desejaria passar: escolher qual dos filhos salvar da fome após duas semanas de caminhada entre a Somália e o campo de Dadaab, no Quênia.
“Eu decidi deixá-lo aos cuidados de Deus na estrada”, disse a jovem mãe durante entrevista no maior campo de refugiados do mundo. “Tenho certeza de que ele ainda estava vivo, e essa é minha maior dor.”
Quando o menino desmaiou perto do fim da jornada, ela colocou um pouco da água que lhe restava na sua cabeça, para refrescá-lo. Mas ele já estava inconsciente e não conseguia beber.
Yusuf andou duas semanas com uma filha de 1 ano nas costas e o filho de 4 anos ao seu lado, fugindo da seca e da fome na Somália, país que teve situação de fome crônica decretada pela ONU. A mais severa seca dos últimos 60 anos afeta 12,5 milhões de pessoas na região conhecida como Chifre da África
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