quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Colchões de brasileiros eram usados para traficar fuzis dos EUA

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PAULO PEIXOTO
DE BELO HORIZONTE
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A Polícia Federal em Minas Gerais e a polícia norte-americana prenderam nesta quarta-feira (4), na região de Governador Valadares e nos Estados Unidos, sete pessoas acusadas de tráfico internacional de armas. Com eles a PF apreendeu 22 fuzis que chegaram ao Brasil escondidos dentro de colchões de brasileiros que retornaram de mudança para o Brasil.
A PF continua as investigações sobre essa quadrilha, mas já sabe que a maioria dessas armas eram vendidas a traficantes em Minas, São Paulo e principalmente no Rio de Janeiro. Segundo a PF, o traficante Nem da Rocinha, que está preso, era cliente da quadrilha.
Divulgação/PF
Sete pessoas acusadas de tráfico internacional de armas foram presas pela Polícia Federal. Com eles a PF apreendeu 22 fuzis que chegaram ao Brasil escondidos dentro de colchões
Sete pessoas acusadas de tráfico internacional de armas foram presas pela Polícia Federal. Com eles a PF apreendeu 22 fuzis que chegaram ao Brasil escondidos dentro de colchões
As armas vinham dos Estados Unidos em contêineres contendo os objetos de famílias brasileiras que viveram no país norte-americano e retornavam ao Brasil. Os fuzis eram, então, escondidos dentro dos colchões e despachados com o restante da mudança até o porto de Santos (SP).
As armas apreendidas eram 21 fuzis de fabricação russa, de alto poder de fogo, e ainda um de fabricação norte-americana. Foram apreendidos ainda cerca de 400 projéteis.
O delegado Marinho Rezende disse que são armas que podem ser compradas nos Estados Unidos, devido a facilidade de comercialização de armamentos naquele país. Os traficantes se aproveitavam disso para trazer armas para o Brasil.
As investigações da PF vão continuar até que a polícia possa saber quanto tempo essa quadrilha agia e a quantidade de armas e munição traficados para o Brasil. A PF admite, contudo, que o número de armas traficadas pelo grupo pode ter sido muito grande.
Dos sete presos, dois estão nos Estados Unidos e cinco na região de Governador Valadares, historicamente um local de onde sempre brasileiros migraram para o país norte-americano. Com a melhoria da situação econômica no Brasil e o baixo crescimento da economia americana, muitos brasileiros começaram a voltar nos últimos cinco anos.
Os presos foram indiciados sob suspeita de crimes de tráfico internacional de arma de fogo e formação de quadrilha. Se condenados, as penas podem chegar a 15 anos de prisão.

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