Sergipe possui três agentes penitenciários para uma média de 400 detentos

Sergipe possui três agentes penitenciários para uma média de 400 detentos

13/12/2011

Agentes prisionais e o Sindicato dos Agentes Penitenciários e Servidores da Secretaria de Justiça -Sindpen - estão desde o início da manha desta terça-feira, 13, realizando protestos em frente ao Palácio de Despachos do Governo do Estado. Na pauta de reivindicações, a categoria pede isonomia salarial, concurso público, plano de carreira, pagamento de hora extra e humanização do sistema prisional. “Não temos um plano de carreira e ainda existem salários diferenciados dentro do sistema prisional. Os profissionais percebem isso e se sentem insatisfeitos com a situação. É importante criar uma isonomia salarial para os diferentes atores, sejam eles guarda prisional de 1ª, 2ª e 3ª classes, agentes penitenciários, auxiliares e os enquadrados, que vieram de outras secretarias e atuam como agentes’’, explica o presidente do sindicato Iran Alves. A realidade do sistema prisional em Sergipe incomoda porque muitas guaritas estão desativadas e o número de efetivo é bastante reduzido. Segundo informações da categoria, o Departamento Prisional Nacional divulgou uma portaria, em 2010, estabelecendo um agente penitenciário para cada cinco internos, mas a situação de Sergipe é muito diferente. “Não temos um efetivo suficiente para atender à portaria do Conselho Nacional de Políticas Penitenciárias Criminais. Atualmente, temos 450 agentes penitenciários, ou, seja, um efetivo insuficiente para a grande demanda do sistema prisional. São três agentes para uma média de 400 internos. Isso não deveria existir”, denuncia o Iran Alves. IMINÊNCIA DE FUGA Além da pauta de reivindicações, que há quatro anos é negociada com o Governo do Estado e até então não foi atendida, a categoria aproveitou o ensejo para revelar que existe uma possibilidade de fuga em massa nos presídios do Estado. “Como as guaritas estão desativadas, existe sim iminência de fuga em massa. No Complexo Prisional Carvalho Neto – Copecam -, que fica em São Cristóvão, tivemos recentemente a fuga de quatro detentos, mas que foram recuperados. Nesse complexo, são 15 agentes de plantão para atender mais de 2000 detentos”, revela. SUPERLOTAÇÃO DE CELAS