quinta-feira, 6 de outubro de 2011


A última refeição dos condenados à morte foi abolida no Texas

A partir de agora, a última será igual às outras refeições                                                                                                                                                                                        (Richard Carson/Reuters) 
Cela do corredor da morte de uma penitenciária do Texas
Na última quarta-feira, antes de ser executado, Lawrence Brewer, condenado por ter cometido um homicídio por racismo - matou James Byrd Jr, um homem negro,  ao prendê-lo com uma corrente à parte de trás de sua carreta e o arrastando por vários quilômetros - pediu dois bifes de frango, um hambúrguer triplo com bacon, quiabo frito, carne grelhada, pizza, três tacos, e mais algumas guloseimas. No momento em que a comida chegou à sua cela, ele não comeu nada, respondendo que estava sem fome.
Autoridades da política e da área prisional do Texas se indignaram, considerando inapropriado dar um privilégio destes a alguém condenado à morte, pois seria uma regalia que o criminoso não concedeu à vítima.
Assim, a tradicional última refeição foi abolida no Estado e os condenados à morte, um dia antes da execução farão a mesma refeição que sempre tiveram disponível.
Para os ativistas americanos contra a pena de morte, a medida foi acertada, pois julgam a tradição da última refeição como uma hipocrisia, pois o sistema penitenciário estaria querendo parecer mais misericordioso do que o é na realidade.
O Texas executa quatro vezes mais presos do que os restantes estados americanos e a tradicional última refeição não impunha um limite de gastos com os gêneros, mas o preparo tinha que ser feito na própria prisão.
Na Flórida, a última refeição não pode custar mais do que 40 dólares e os alimentos tem que ser comprados no local.
Os demais estados que aplicam a pena de morte não concedem a última refeição.

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