terça-feira, 4 de outubro de 2011


Cabral anuncia construção de novo
presídio para PMs no Complexo de Gericinó

Prédio do Batalhão Especial Prisional será transformado em penitenciária feminina
Do R7 | 04/10/2011 às 15h1
bep
Batalhão Especial Prisional, da Polícia Militar, será transformado em penitenciária feminina
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O governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral anunciou nesta terça-feira (4) que o Estado vai construir um presídio exclusivo para policiais militares. A prisão ficará dentro do Complexo de Gericinó, em Bangu, zona oeste.
Cabral explicou que o novo espaço vai substituir o antigo BEP (Batalhão Especial Prisional), em Benfica, na zona norte, que será transformado em um presídio feminino.
De acordo com o governador, ainda está em estudo o número de vagas nos dois presídios. A informação foi revelada durante a inauguração de uma UPA em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio.
O BEP ganhou destaque negativo nas últimas semanas, quando vazaram imagens de uma festa organizada por um ex-policial militar Carlos Ribeiro, conhecido como Carlão, que estava preso na unidade. O evento, realizado para comemorar o aniversário do filho do ex-PM, aconteceu em setembro de 2010.
Depois do escândalo, o secretário de Segurança Pública do Estado, José Mariano Beltrame, disse que algumas providências seriam tomadas. Dentre elas, a obrigação de os prisioneiros usarem uniformes e uma provável mudança de local, o que foi confirmado nesta terça-feira.
Na madrugada do último dia 2 de setembro, Carlão fugiu do BEP pelo buraco do ar-condicionado. Carlão escapou menos de 24 horas após ser denunciado pelo Ministério Público e ter a prisão preventiva decretada pela Justiça por envolvimento na maior milícia do Rio, que atua na zona oeste carioca. O fato contribuiu para a transferência da sede da prisão militar.
A mudança anunciada por Sérgio Cabral vem na esteira da crise que afeta a Polícia Militar, que acabou agravada após PMs serem acusados de participação na morte da juíza Patrícia Acioli, em 11 de agosto. Na semana passada, o comandante-geral da corporação, coronel Mário Sérgio, pediu exoneração. Erir Costa Filho foi nomeado para o cargo.

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