O antes e o depois da rebelião no Presídio de Jaraguá do Sul
Após reforma, Galeria A volta a receber detentos. Regras mais rígidas são aplicadas.
Publicado 27/10/2011 às 10:24:09 - Atualizado em 27/10/2011 às 11:15:55
Há pouco mais de um mês da tentativa de fuga que terminou em rebelião, a Galeria A do Presídio Regional de Jaraguá do Sul, ganha um novo visual. Com as 19 celas reformadas, os presos do regime fechado retornam a ocupar o local.
Dos 64 transferidos após o tumulto, 37 voltaram na semana passada. Os outros 27 irão permanecer nas unidades para as quais foram encaminhados. Hoje, a Galeria A reúne 54 presos. O presídio acolhe atualmente 294 internos, 34 a mais da meta estipulada pela vara criminal, através da portaria 04/2011, que entrou em vigor uma semana após a rebelião. “Vamos transferir o restante gradativamente e cumprir a determinação judicial”, enfatiza o diretor da unidade, Cléverson Henrique Drechsler.
A reforma na Galeria A custou em torno de R$ 30 mil, verba dividida entre governo e Conselho Penitenciário. Isso sem contabilizar gastos com reposições de colchões, substituição das cinco câmeras quebradas e vestiário. Há uma semana, todos os detentos da unidade são obrigados a usar um uniforme laranja. Essa é apenas uma das medidas tomadas para reforçar a segurança do presídio. Desde o tumulto registrado em setembro, as visitas, que antes eram realizadas duas vezes por semana durante todo o dia, hoje se resume a meio período por semana. Até então, todos os detentos do regime-fechado tinham direito a um dia inteiro de banho de sol. A regalia foi reduzida para duas horas diárias.
Para preencher o tempo, os detentos passarão a trabalhar dentro da própria galeria em um galpão montado pela empresa Tritec. De início, serão 20 homens que trabalharão em montagem de embalagens plásticas. A meta é aumentar para 60 a mão-de-obra disponível para a empresa. Atualmente, mais de 80% dos internos desenvolvem atividades dentro da unidade.
Reformas
-Pintura nas grades e no solo do pátio;
-Troca da louça do bacio turco que foi danificado na tentativa de cavar o túnel;
Substituição de cinco câmeras que foram quebradas na rebelião;
-Implantação do uso de uniforme para os reclusos. Todas as vestimentas fora do padrão foram retiradas;
-Reforma dos portões das galerias, que agora contam com um sistema de abertura superior. Agentes penitenciários e Polícia Militar fazem a segurança das passarelas nesta abertura.
O promotor de Execução Penal, Márcio Cota, junto com o diretor do presídio, Cléverson Henrique Drechsler, tentam angariar recursos para a reforma da Galeria B. A iniciativa deve partir do Conselho Penitenciário e do governo do Estado.
Relembre o caso
Dia 10 de setembro, perto do meio-dia, dois agentes penitenciários serviam o almoço para reclusos da Galeria A, quando um dos presos rendeu um funcionário, enquanto o outro conseguiu escapar, fechar a ala e acionar a Polícia. Como a tentativa de fuga não deu certo, os detentos passaram a promover um tumulto, mantendo o agente como escudo. Os colchões foram colocados no pátio e as grades foram danificadas.
Depois de quatro horas de negociações, liderada pelo diretor da unidade, o agente prisional
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