terça-feira, 29 de março de 2011
Laudo aponta que Frederico Flores usou maconha em presídio
Por ser semi-imputavél, pena no líder do grupo que degolou dos empresários pode ser reduzida em dois terços
Pedro Rotterdan - Repórter - 28/03/2011 - 18:40
O laudo de sanidade mental feito por Frederico Flores, acusado de ser o líder do grupo que torturou e degolou duas pessoas em abril de 2010, foi analisado nesta segunda-feira (28) pelo promotor Francisco Santiago. O exame apontou semi-imputabilidade e uso de maconha, no dia do exame.
O que mais impressionou o promotor foi o fato de o laudo ter apontado uso de maconha no dia que o exame foi realizado. “Se ele estava preso, como teve acesso à droga?”, indagou Santiago. O promotor ainda afirmou que encaminhou um ofício para a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) pedindo esclarecimentos. Até o momento o órgão não recebeu nenhuma notificação e informou que só se pronunciará sobre o assunto quando o comunicado chegar.
Segundo o promotor, a semi-imputabilidade significa que o acusado possui capacidade de normal de entendimento e capacidade diminuída de determinação. “Isso quer dizer que ele (Flores), não tinha capacidade de entender o que estava fazendo”, afirmou. Com essa constatação, caso acusado seja condenado, ele pode ter a pena reduzida em até dois terços.
Oito pessoas são acusadas de matar os empresários Fabiano Moura e Rayder Rodrigues em um apartamento no Bairro Sion, Região Centro-sul de BH. Devem ir à júri popular, Frederico Flores, Renato Mozer, André Bartolomeu, Arlindo Lobo e Adrian Grigorcea. Já Gabriela Costa, Luiz Astolfo e Sidney Benjamin respondem o processo em liberdade.
Na denúncia feita pelo Ministério Público, os oito envolvidos teriam sequestrado, extorquido e decapitados os dois empresário em abril de 2010. Eles também teriam sacado e transferido dinheiro das contas bancárias de Fabiano e Rayder. Para dificultar a identificação e a localização das vítimas, os acusados queimaram os corpos sem as cabeças e os dedos das mãos, na região Nova Lima, Região Metropolitana de Belo Horizonte, que só foram identificadas depois de um exame de DNA.
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