terça-feira, 29 de novembro de 2011

Presídios: o que você tem a ver com isso?


Presídios: o que você tem a ver com isso?
Rodrigo Puggina
Todos sabem que a população carcerária do nosso País vem aumentando vertiginosamente. Para que tenhamos noção, em pouco mais de uma década e meia o número de pessoas encarceradas mais do que triplicou, superando o número de meio milhão de pessoas presas. Acrescentando-se aí o número de pessoas que cumprem pena ou medida alternativa, como prestação de serviço à comunidade, por exemplo, passamos facilmente do número de 1 milhão de pessoas. O resultado de uma sociedade que não consegue achar outras formas de resolver seus conflitos não poderia ser outra. Curiosamente, quanto mais prendemos pessoas, mais aumentamos a violência. E, por conseguinte, mais gastamos dinheiro com um sistema que está falido há tempos – não é por menos que para o ano que vem gastaremos incalculáveis bilhões com esta estrutura policial, criminal e penitenciária novamente. Como dizem vulgarmente, é o mesmo que enxugar gelo. Ou pior, já que um dia o gelo acaba, enquanto na questão prisional só temos feito piorar.
Ao mesmo tempo, continuamos prendendo sempre, e cada vez mais, o mesmo público: pessoas pobres. Inclusive, o que talvez seja pior, prendendo e mantendo presas irregularmente milhares de pessoas pobres – como apontou recente relatório do Conselho Nacional de Justiça. Conforme o relatório apresentado pelo ministro Cezar Peluso, o Mutirão Carcerário permitiu a libertação de 21 mil pessoas em todo o País e benefícios para mais de 41 mil pessoas. E sabe de quem é a responsabilidade por este sistema prisional? De todos nós. Sim, isso mesmo, de todos nós, ou da imensa maioria, que não quer olhar para este problema e quer que os presídios sejam o pior possível - e, ao mesmo tempo, paradoxalmente, quer que as pessoas se recuperem. E o incrível é que a imensa maioria da sociedade não percebe que está envolvida diretamente neste assunto, seja pelas pessoas que saíram ou estão neste sistema e com as quais cruzamos diariamente, mesmo que não saibamos disso, no ônibus, nas ruas, no táxi, no trabalho, seja pelos impostos que pagamos e que vai diretamente financiar todo este sistema falido. Como já disse o escritor Albert Camus, “somos responsáveis por aquilo que fazemos, o que não fazemos e o que impedimos de fazer”. Você acha, realmente, que não tem nada a ver com isso?

Presidente do Conselho Penitenciário do RS

Após sair da prisão, servente de pedreiro esfaqueia ex-mulher em Patos de Minas
28/11/2011 15h22
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TABATA MARTINS
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Um servente de pedreiro de 33 anos foi preso dois dias seguidos nesse último fim de semana em Patos de Minas, no Alto Paranaíba. De acordo com a Polícia Militar, o homem foi detido na sexta-feira (25) por ter ameaçado e agredido a ex-mulher, de 33 anos. No entanto, o servente foi solto no sábado (26) e novamente esfaqueou a vítima. Os crimes ocorreram no bairro Jardim Itamarati, onde o casal morava junto há cerca de um mês.
Segundo os militares, na primeira agressão a mulher não ficou muito ferida. Na segunda, a vítima sofreu perfurações nas costas, braços e tórax e teve que ser encaminhada por agentes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ao Hospital Regional do município, onde permanece internada.
Conforme a PM, testemunhas afirmaram que as consecutivas agressões foram assistidas pela filha do casal, que ficou em estado de choque.
Por meio de informações da própria vítima e de parentes dela, os militares conseguiram prender o servente em uma rua do centro da cidade. O agressor teve que ser medicado na mesma unidade de saúde da ex-mulher, uma vez que apresentava um corte em uma das mãos.
Ao ser questionado sobre os crimes, o servente afirmou aos policiais que estava procurando o seu advogado para se entregar à polícia. A faca usada no crime foi apreendida.

Não sou mais um monstro", diz soldado que transplantou face
Rejeição do filho fez com Mitch Hunter se submetesse a uma complexa operação
Publicado no Jornal OTEMPO em 29/11/2011
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FOTO: REPRODUÇÃO BBC
Evolução. Mitch Hunter antes de sofrer o acidente; após as primeiras cirurgias; e depois do transplante total de rosto
Nova York, EUA. Visto com repulsa por estranhos e crianças, que fugiam dele chamando-o de "monstro", o norte-americano Mitch Hunter mudou de vida após submeter-se a um transplante total de rosto.

Ele tinha 20 anos quando o carro em que ele estava bateu em poste contendo cabos de eletricidade de 10 mil volts. Enquanto tentava resgatar uma passageira que também estava no carro, recebeu uma descarga elétrica que lhe deixou sem uma perna e com o rosto totalmente queimado.

Nos dez anos seguintes, passou por inúmeras cirurgias para reconstruir o rosto - mas os resultados não passavam de remendos.

Foi o nascimento do filho Clayton que levou Mitch a optar pelo transplante completo de rosto - apenas o terceiro feito nos EUA. "Vi muitas crianças correrem para se esconder atrás das mães porque ficavam muito assustadas quando me viam", contou. "Isso estava ficando difícil, porque meus amigos começaram a ter filhos, depois meu irmão teve um filho. Quando tive Clayton, não quis mais que as crianças tivessem medo de mim".

A operação, realizada em abril, sob a coordenação do cirurgião Bohdan Pomahac, no hospital Brigham and Women’s, em Boston.

Para ser elegível para uma cirurgia completa, o paciente precisa ter pelo menos 25% do seu rosto danificado. Surpreendentemente, encontrar um doador não é tão difícil. O médico explica que prefere doadores jovens e do mesmo sexo. O rosto é transplantado em toda sua espessura, mas o que realmente determina o visual final do rosto é a estrutura óssea da face do paciente.

No caso de Mitch, a operação correu bem. A equipe removeu a face antiga de antes de sobrepor a nova. Pomahac conectou artérias a três nervos do corpo no novo rosto. A nova cara do paciente, com nariz, lábios e músculos, foi então costurada no seu lugar. A operação durou 14 horas.

No início, o rosto estava muito inchado. À medida que o inchaço diminuiu, os traços ficaram mais definidos. Mitch diz que as sensações estão voltando e que ele consegue, por exemplo, elevar as sobrancelhas, fazer bico e sorrir. Já o irmão dele, Mark, diz que era capaz de ver o rosto do antigo Mitch desde o primeiro dia.

Anastasia e outros dez governadores podem ter mandatos cassados por causa de processos na Justiça
29/11/2011 08h49
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DA REDAÇÃO
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FOTO: WELLIGNTON PEDRO/IMPRENSA MG
Nesta semana, é o colega de partido de Anastasia, o roraimense Anchieta Júnior, que pode perder o mandato de governador
O governador de Roraima, Anchieta Júnior (PSDB), pode ter seu futuro político definido nesta semana pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele é acusado pelo opositor Neudo Campos de abuso de poder e mau uso dos meios de comunicação na eleição de 2010. E Anchieta Júnior não está sozinho: outros dez governadores, inclusive o mineiro Antonio Anastasia, enfrentam processos na justiça que ameaçam seus mandatos.
Além desses dois, engrossam a lista Tião Viana (PT-AC); Teotonio Vilela (PSDB-AL); Omar Aziz (PSD-AM); Cid Gomes (PSB-CE); Siqueira Campos (PSDB-TO); Wilson Martins (PSB, PI; Roseana Sarney (PMDB, MA); André Puccinelli (PMDB, MS); e Sérgio Cabral (PMDB, RJ). A maior parte das acusações é de abuso de poder político e econômico e utilização incorreta dos meios de comunicação. As defesas negam as supostas irregularidades. Caso sejam barrados, esses políticos também podem se tornar inelegíveis e até vetados de outros pleitos pela Lei da Ficha Limpa.
Mais recentemente, o TSE cassou os mandatos de Cássio Cunha Lima (PSDB), então governador da Paraíba, Marcelo Miranda (PMDB), que comandava o Tocantins e o recém-falecido Jackson Lago (PDT), que esteve à frente do Maranhão.
Em Minas, o adversário de Anastasia no ano passado, o ex-senador Hélio Costa (PMDB), moveu ação contra o tucano eleito. Ele pediu a cassação do mandato do governador e do vice, Alberto Pinto Coelho (PP) por abuso de poder econômico e politico durante a campanha eleitoral. Os advogados do peemedebista alegam que o sucessor de Aécio Neves distribuiu verbas por meio de convênios firmados com mais de 800 municípios mineiros em período pré-eleitoral.
 

segunda-feira, 28 de novembro de 2011


Polícia descobre esquema comandado de dentro da Nelson Hungria, prende 14 e apreende 20 kg de droga

FOTO: DIVULGAÇÃO/POLÍCIA CIVIL
Foram apreendidas armas, dinheiro, drogas, entre outros materiais
Vinte quilos de cocaína e crack foram apreendidos pela Polícia Civil durante realização de uma operação batizada de Fenômeno. Segundo dados apresentados nesta segunda-feira (28), a droga era trazida de São Paulo e repassada para quatorze pessoas, entre mulheres e homens, que revendiam os entorpecentes em diferentes pontos de Belo Horizonte.

De acordo com a investigações, o esquema era comandado de dentro da penitenciária de segurança máxima Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana da capital mineira, por dois detentos. Além deles, os 14 envolvidos no esquema foram apresentados nesta tarde. 


Segundo a polícia, o negócio ilegal movimentava 25kg de drogas por mês, com um rendimento de quase R$ 250 mil. O esquema foi descoberto após quatro meses de investigações. 


Conforme a polícia, os detentos usavam celulares e as visitas para esquematizar a venda da cocaína e do crack. De acordo com o delegado Marcos Alves, “a namorada de um deles era a mula, ou seja, a pessoa que fazia a entrega das drogas”. 


Além da droga, com os suspeitos presos a polícia conseguiu apreender R$ 1.990 em dinheiro, um caderno com a contabilidade do tráfico e duas pistolas, uma .40 e uma 9 milímetros, além de dois carros e uma moto.

Agente penitenciário mata vagabundo em legítima defesa; comparsas capturados pela PM foram presos em FLAGRANTE POR TENTATIVA DE HOMÍCIO ( contra o ASP ) e HOMICÍDIO CONSUMADO ( o mano que sifu )



Praia Grande

Homem morre em tentativa de homicídio de agente penitenciário

Da Redação
Quatro homens tentaram matar um agente penitenciário neste sábado, em Praia Grande e, na troca de tiros durante a perseguição, um deles acabou morto. Outro membro do grupo era procurado pela Justiça. A vítima fatal ainda não havia sido identificada até o fechamento desta edição.
O alvo dos marginais era José Bezerra da Trindade, de 51 anos, agente penitenciário do CPP de Mongaguá. Na tarde de sábado, ele estava na Adega Nova Vida, localizada na Avenida Marginal, no Parque das Américas, quando foi surpreendido pelo grupo.
Eles chegaram em um Ford Fiesta preto, de placas DOR-6766, de Carapicuíba. O automóvel pertence ao motoboy Cícero Martins Nogueira, de 23 anos. Ele estava ainda com André Aparecido Pacheco, de 21 anos, e Adriano Luís da Silva, de 27 anos e com outro rapaz não identificado.
Este membro do grupo não identificado entrou na adega com outro rapaz e se dirigiu ao balcão. Eles se passaram por clientes e perguntaram o preço da cerveja a um atendente. Mas o objetivo era identificar o agente penitenciário, que saía naquele momento para pegar a carteira em seu carro.
Quando a dupla teve a certeza de que se tratava de José Bezerra, um deles sacou um revólver Taurus, calibre 38, e atirou, acertando o para-brisa do carro do agente penitenciário. Ele revidou os disparos, atingindo um dos indivíduos. O grupo conseguiu fugir no Ford Fiesta.
Helicóptero José Bezerra acionou o Copom passando as descrições do veículo e dos indivíduos. O helicóptero Águia, da Polícia Militar, localizou o Fiesta e passou a informação para que fosse feito o cerco.
O soldado De Souza e o sargento Trigo ordenaram para que o Fiesta parasse e fizeram a revista. Eles encontraram com André Aparecido Pacheco uma pistola Taurus, calibre 38, sem numeração e com duas cápsulas deflagradas. A pesquisa feita no Copom identificou André como fugitivo do CPP de Mongaguá.
Camisa do Rooney A PM tinha recebido a informação da entrada de um homem, ferido a bala, no Pronto-Socorro do Quietude. Ele tinha sido deixado no local pelos três rapazes do Fiesta, estava sem documentos e não resistiu ao ferimento.
José Bezerra não teve dúvidas em identificar esse rapaz como o autor dos disparos contra ele, não só pelas características, mas pela camisa que usava: a da seleção inglesa de futebol, com a inscrição do jogador Rooney, com o número 9.
O flagrante de tentativa de homicídio foi registrado pelo delegado Luiz Fernando Zambrana Ortiz, que determinou a apreensão das duas pistolas Taurus (a usada por André, sem identificação, e a do agente penitenciário, registrada regularmente).

Presos cavam túnel para tentar escapar de cadeia pública em MT

Cadeia de Alta Floresta abriga 106 presos, mas pode abrigar 82.
Medidas disciplinares devem ser adotadas contra os envolvidos.

Leandro J. Nascimento Do G1 MT
Subiu para dois o número de tentativas de fuga frustradas nos últimos cinco dias nos locais de Mato Grosso que abrigam presos. O plano mais recente foi descoberto no sábado (26) em Alta Floresta, cidade a 800 quilômetros de Cuiabá. O tamanho da abertura não foi confirmado, mas a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Estado (Sejudh), aponta que, se conclusa a abertura, poderiam escapar suspeitos pela prática de crimes como furtos e de violência contra mulher.
Pedaços de madeira foram apreendidos por agentes prisionais e policiais militares que descobriram o plano. A assessoria de imprensa da Sejudh confirmou, ao G1, que cinco presos estavam na cela onde o túnel foi descoberto.
A unidade de Alta Floresta, conta com 106 presos, mas tem capacidade para abrigar 82. Aos reeducandos envolvidos no episódio da tentativa de fuga devem ser aplicadas penalidades disciplinares.
Na última quarta-feira (23) um túnel de 15 metros foi descoberto na Penitenciária Central do Estado (antigo Pascoal Ramos), no raio de número três. O estabelecimento é o maior presídio de Mato Grosso e abriga 1,6 mil reeducandos. A abertura ligava-se a duas celas onde estavam 68 presos. De acordo com a secretaria, o buraco foi construído em três dias.

A suspeita é que materiais como garrafas de refrigerante e recipientes que entram com alimentos na unidade tenham sido usados.

Cresce o número de aparelhos celulares apreendidos nos presídios de Mato Grosso


A apreensão de aparelhos celulares nos presídios de Mato Grosso vem apresentando crescimento significativo em 2011. Dados da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), apontam um aumento de 43,07% nas apreensões em relação ao ano anterior. Enquanto em 2010 foram apreendidos 780 aparelhos, o ano de 2011 registra nos seis primeiros meses, o recolhimento de 1.116 celulares. 
Na avaliação do secretário-adjunto de Administração Penitenciária, tenente-coronel Clarindo Alves de Castro, esse resultado é fruto das ações, dos investimentos promovidos no setor e também do comprometimento dos servidores nas unidades prisionais. 
 
Entre as ferramentas e ações que visam evitar a entrada de celulares, chips, carregadores e armas nas penitenciárias e cadeias públicas, coronel Castro destaca a aquisição de novos equipamentos, restauração de antigos e ainda a intensificação dos procedimentos de revista nos visitantes e nas celas. 
 
Entre os novos equipamentos está a aquisição de 108 banquetas com detectores de metal. Elas foram compradas em parceria com o Depen (Departamento Penitenciário Nacional) e estão agilizando as revistas nas unidades prisionais em todo o Estado. A reativação dos detectores de metal - tipo portais, instalados nas maiores unidades também contribui para os resultados, bem como o uso de detectores portáteis em forma de raquete, utilizados desde 2008. 
 
Já a intensificação nas revistas foi implementada com auxílio da Polícia Militar e dos agentes do Serviço de Operações Penitenciárias Especiais (Soe). A partir de 1º de dezembro, será reforçada pela segunda turma do Soe, ocasião em que os agentes em capacitação no II Cope, iniciarão as aulas práticas.
 
Coronel Castro explica que o Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), também colabora nos trabalhos de revistas durante as ocorrências mais graves. De acordo com ele, todas as solicitações são prontamente atendidas através do coordenador do Gaeco, procurador Paulo Prado.
 

Falso sequestro: quadrilha que atuava em
presídios do Rio fez vítimas em pelo menos 11 Estados


Alexandre Vieira/Agência O Dia
presídio
Ligações eram feitas do Complexo Penitenciário de Bangu
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A quadrilha que praticava extorsão por telefone, golpe conhecido como falso sequestro, fez vítimas em pelo menos 11 Estados do Brasil. Ao todo, 25 pessoas foram indiciadas, entre elas um ex-PM e um ex-bombeiro, 15 foram denunciadas e oito tiveram a prisão decretada pela Justiça. Desse total, cinco suspeitos já estavam presos por outros crimes, já que parte da quadrilha atuava dentro de presídios do Rio. Três criminosos estão foragidos.
Segundo o delegado Carlos Abreu, da Delegacia de Copacabana (13ª DP), os criminosos escolhiam cidades em outros estados, onde a população ainda não tinha informações sobre a prática desse tipo de crime.
Durante as investigações, que começaram há cinco meses, foram verificadas vítimas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás, Mato Grosso, Ceará, Sergipe e Maranhão, além de Brasília.
- Pessoas ligadas à quadrilha, que atuavam do lado de fora da cadeia, buscavam informações sobre as cidades na internet. Elas procuravam saber se as cidades eram prósperas economicamente, qual o ramo de atividade econômica era o mais forte, entre outras coisas.
A polícia verificou que praticamente todas as ligações eram feitas do presídio Plácido de Sá Carvalho, no complexo de Bangu, na zona oeste do Rio. Apenas um dos indiciados cumpria pena na unidade conhecida como Galpão da Quinta, em São Cristóvão, na zona norte.
Em uma das interceptações telefônicas, uma dos chefes da quadrilha disse à mulher que chegava a faturar R$ 10 mil por dia com o golpe do falso sequestro. Em 15 dias, a polícia verificou 977 ligações feitas por uma única linha telefônica.

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Superlotação pode ser amenizada com aplicação de penas alternativas

O governo federal lançou, na última quarta-feira (23), um programa nacional para enfrentar a superlotação dos presídios. O objetivo é aumentar o número de vagas nos cadeias para abrigar os presos que hoje se encontram em delegacias. Enquanto novas vagas não forem criadas, a saída para enfrentar a superlotação é a aplicação de penas alternativas.
Pensando em contribuir neste sentido, no dia 24 de novembro, a Defensora Pública Tânia Regina de Matos juntamente com o Juiz Abel Balbino Guimarães e o Promotor José Ricardo, ambos atuante na 5ª Vara Criminal de Várzea Grande, estiveram verificando, in loco, a situação dos albergues da cidade. Na sexta-feira (25) a visita foi realizada na Cadeia Pública de Várzea Grande.
Visitas e entrevistas com presos, tanto nos albergues quanto nos presídios, faz parte da rotina do Defensor Público, com o objetivo de verificar a situação de cada detento e deixar o cidadão a par dos andamentos de seu processo.
O benefício de remissão de pena por trabalho e/ou estudos, por exemplo, é averiguado constantemente para garantir ao preso seus direitos estabelecidos legalmente, sem deixar de lado o cumprimento da pena.
Na ocasião de inspeção à Cadeia Pública de Várzea Grande, o diretor do presídio informou que 38 presos fazem o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), nesta segunda-feira (28), com o intuito de dar continuidade aos estudos. Dependendo da nota obtida no exame, o detento poderá ter direito ao diploma do ensino médio e ingressar em um curso superior.

SEGUNDA-FEIRA, 28 DE NOVEMBRO DE 2011

Homem morre em tentativa de homicídio de agente penitenciário

Quatro homens tentaram matar um agente penitenciário neste sábado, em Praia Grande e, na troca de tiros durante a perseguição, um deles acabou morto. Outro membro do grupo era procurado pela Justiça. A vítima fatal ainda não havia sido identificada até o fechamento desta edição.


O alvo dos marginais era José Bezerra da Trindade, de 51 anos, agente penitenciário do CPP de Mongaguá. Na tarde de sábado, ele estava na Adega Nova Vida, localizada na Avenida Marginal, no Parque das Américas, quando foi surpreendido pelo grupo.


Eles chegaram em um Ford Fiesta preto, de placas DOR-6766, de Carapicuíba. O automóvel pertence ao motoboy Cícero Martins Nogueira, de 23 anos. Ele estava ainda com André Aparecido Pacheco, de 21 anos, e Adriano Luís da Silva, de 27 anos e com outro rapaz não identificado.


Este membro do grupo não identificado entrou na adega com outro rapaz e se dirigiu ao balcão. Eles se passaram por clientes e perguntaram o preço da cerveja a um atendente. Mas o objetivo era identificar o agente penitenciário, que saía naquele momento para pegar a carteira em seu carro.


Quando a dupla teve a certeza de que se tratava de José Bezerra, um deles sacou um revólver Taurus, calibre 38, e atirou, acertando o para-brisa do carro do agente penitenciário. Ele revidou os disparos, atingindo um dos indivíduos. O grupo conseguiu fugir no Ford Fiesta.


Helicóptero


José Bezerra acionou o Copom passando as descrições do veículo e dos indivíduos. O helicóptero Águia, da Polícia Militar, localizou o Fiesta e passou a informação para que fosse feito o cerco.


O soldado De Souza e o sargento Trigo ordenaram para que o Fiesta parasse e fizeram a revista. Eles encontraram com André Aparecido Pacheco uma pistola Taurus, calibre 38, sem numeração e com duas cápsulas deflagradas. A pesquisa feita no Copom identificou André como fugitivo do CPP de Mongaguá.


Camisa do Rooney


A PM tinha recebido a informação da entrada de um homem, ferido a bala, no Pronto-Socorro do Quietude. Ele tinha sido deixado no local pelos três rapazes do Fiesta, estava sem documentos e não resistiu ao ferimento.


José Bezerra não teve dúvidas em identificar esse rapaz como o autor dos disparos contra ele, não só pelas características, mas pela camisa que usava: a da seleção inglesa de futebol, com a inscrição do jogador Rooney, com o número 9.


O flagrante de tentativa de homicídio foi registrado pelo delegado Luiz Fernando Zambrana Ortiz, que determinou a apreensão das duas pistolas Taurus (a usada por André, sem identificação, e a do agente penitenciário, registrada regularmente).


Presídios: governo vai rescindir 29 contratos não cumpridos - O Globo

Depen vai correr atrás de R$ 160 milhões, dinheiro que deveria ser usado na construção de novas unidades



O presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Cezar Peluso, durante coletiva Foto: Givaldo Barbosa / O Globo

O presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Cezar Peluso, durante coletiva Givaldo Barbosa / O Globo

BRASÍLIA - O Ministério da Justiça decidiu rescindir 29 contratos firmados entre a União e estados para a construção de presídios que nunca saíram do papel. A decisão fará com que o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) corra atrás de R$ 160 milhões, dinheiro que já entrou na conta dos estados ou ainda está parado na Caixa Econômica Federal (CEF), e limpe parte do estoque de obras com projetos condenados. Os contratos a serem cancelados foram firmados entre 2005 e 2010. Outros nove acordos, totalizando 38, estão na mira do Ministério da Justiça e também poderão perder validade.

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Segundo o diretor-geral do Depen, Augusto Rossini, o governo resolveu cancelar contratos que têm execução nula ou cuja licitação sequer foi concluída. Ele anunciou ainda que o Ministério da Justiça decidiu rever todos os projetos para construir prisões especializadas ao atendimento de jovens adultos, programa que até agora não prosperou.

- Não é uma decisão fácil. Porém, é importante para zerar o jogo com os estados. O jogo com os estados está muito claro para aumentar o máximo de vagas. Vagas de verdade. Eu não tenho pudor nenhum em devolver dinheiro para o Tesouro - afirmou Rossini, lembrando que, a partir de agora, os estados serão submetidos a padrões nacionais de projetos de arquitetura e engenharia.

O secretário declarou que não pode informar o nome dos presídios que terão os contratos cancelados porque os processos formais ainda não foram concluídos. Entretanto, levantamento feito pelo GLOBO em auditorias aprovadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) este ano indica um universo de negligência com as obras que deveriam desafogar o caótico sistema prisional brasileiro.

 

Falta de segurança cancela obra em SE

Em Sergipe, a criação de 154 vagas na Penitenciária Advogado Manuel Cacho, em Areia Branca, foi barrada pelo medo. Em 2009, um ano depois da assinatura do contrato, os operários alegaram que não havia condições mínimas de segurança no canteiro de obras, em razão da livre circulação de detentos do regime semiaberto. "Foram relatados pela empresa diversos furtos e falta de segurança para a execução dos serviços. As medidas tomadas pela direção do presídio e pela Sejuc/SE (Secretaria de Estado da Justiça e de Defesa ao Consumidor) não foram efetivas, o que levou a empresa a paralisar a obra no mês de março de 2009". Como o problema não foi resolvido, o contrato entre o governo estadual e a empresa foi cancelado.

A União já destinou R$ 1 milhão para a obra e, de acordo com a Secretaria de Segurança de Sergipe, o Depen ainda "não se manifestou oficialmente quanto ao cancelamento de qualquer contrato de repasse". Também em Sergipe, a ampliação do Presídio Juíz Manoel Barbosa de Souza, que já recebeu R$ 3,4 milhões, está paralisada.

O recebimento de detentos no sistema prisional do Rio de Janeiro poderia ser ao menos "adequado", nas palavras do TCU, se o Complexo de Bangu já tivesse o Centro de Observação Criminológica de Gericinó, obra contratada em 2010 por R$ 12 milhões. O Centro deveria servir para a realização de exames médicos, físicos e psicológicos dos detentos. Tudo parecia bem até que a CEF exigiu um documento elementar para liberar o dinheiro: o projeto de esgotamento sanitário. Foi o suficiente para a empresa vencedora da licitação abandonar a obra, resultando na rescisão de seu contrato, em maio deste ano.

O dinheiro ainda está parado na Caixa Econômica Federal e, em resposta ao GLOBO, a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio informou que as exigências da instituição financeira "estão sendo cumpridas". Também no Rio, a reforma geral do Instituto Penal Candido Mendes, além da construção da residência para idosos e a reforma da Casa de Transição de Niterói estão ameçadas por falhas de projeto ou falta de documentação exigida pela União.

 

No RS, sobrepreço de R$ 1,4 milhão

Como as falhas se repetem de Norte a Sul, as construções de dois importantes presídios, com capacidade para abrigar 672 detentos ao custo de R$ 28 milhões, estão por um fio no Rio Grande do Sul. Na unidade de Passo Fundo, região central do estado, o projeto de engenharia foi mudando, junto com o preço. Resultado: o TCU detectou sobrepreço de R$ 1,4 milhão, e a obra foi paralisada com execução de apenas 7% do total. O governo do estado disse que o novo projeto será levado a Brasília no dia 28 de novembro.

Em Bento Gonçalves, região serrana do Rio Grande do Sul, o próprio governo do estado não sabe se haverá ou não presídio. "A unidade ainda está sendo analisada pela Secretaria de Segurança Pública", informou a assessoria do governo.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/presidios-governo-vai-rescindir-29-contratos-nao-cumpridos-3327863#ixzz1epwTTI00
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PCC criou células de inteligência para matar agentes penitenciários federais Flávio Costa Do UOL, em São Paulo 27/07/2017 - 04h00 Ouvir 0:00...