quinta-feira, 22 de setembro de 2011


Agentes penitenciarios passam por situação vexatória em presídio de Corumbá

Fonte: Gregório de Matos em 21 de Setembro de 2011
Gregório de Matos
Complexo Penal de Corumbá
Sob suspeita de corrupção ativa no Complexo Penitenciaria de Corumbá, foi realizada a ultima revista deste mês dentro do Penal por ordem do Juiz Exmo. Sr. Dr. Emerson Royer(Corregedor do Complexo Penal de Corumbá).
Está revista além de ser realiza em caráter de urgência e surpresa, apresentou outras atipicidades, como a restrição da entrada do agentes penitenciários ao interior do complexo durante as revistas e a presença da CIGCOE (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais), vinda da capital a qual gerenciou todo o aspecto operacional desta missão.

O Correio de Corumbá conversou com o Presidente do SINSAP (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária MS) Sr. Fernando Ferreira de Anunciação, que esteve em Corumbá para apurar as situação considerada vexatória por parte dos agentes penitenciários lotados em Corumbá.

        

Ao centro: Presidente do SINSAP; Fernando Ferreira de Anunciação  recepcionado em Corumbá pelos oficiais; Heloise e Roberto
C.C. Por que os agentes penitenciários de Corumbá ficaram proibidos de entrar no Penal durante as revistas?
SINSAP. O objetivo de nossa viagem a Corumbá é este, esclarecer está situação vexatória em que nossos servidores foram alijados de participar da revista, por motivo de acusações de corrupção infundas onde não foi provado nada. Até pelo fato de este Complexo ser o mais difícil de trabalhar dentro do Estado, já que são muito poucos servidores para fiscalizar, em media seis agente para um população carcerária de quatrocentos detentos. Depois tantos esforços por realizar seu trabalho, o servidor ainda é posto em constrangimento.
C.C. Sob que argumentos foi realizada está revista surpresa?

SINSAP. Apenas de denuncias de um detento, a partir disto foi mobilizado todo um aparato vindo de Campo Grande para comprovar estas denuncias, onde foi dito que os agentes eram coniventes com a entrada de celulares, bebidas alcoólicas como whisky , e que antes das revistas organizadas pela PM e a AGEPEM local, estes facilitavam a ocultação dos materiais ilícitos dentro do sistema. Depois desta revista surpresa ficou claro que não é assim, permanecendo integra a credibilidade dos agentes penitenciários de Corumbá.
C.C. Mas ainda assim foi encontrado celulares e dinheiro dentro do Complexo Penal.

SINSAP. Em média são de duzentas a duzentas e cinqüenta pessoas que adentram ao Complexo em cada dia de visita, o presídio de Corumbá tem apenas uma pessoa para realizar a revista, que é constrangedora tanto para o agente como para o visitante devido que não temos nenhum equipamento de segurança funcionando e devido a isto ocorrem falhas como em qualquer outro presídio do Brasil.

O dinheiro encontrado com um detento durante a revista é referente à cantina que funciona dentro do Estabelecimento Penal e que é do conhecimento de todos, com isso quero deixar claro que o SINSAP não é partidário desta cantinas, porque o preso tem que comprar o que o estado não fornece para ele, com isso gera-se um comércio dentro do presido e o que nós queremos é que não seja um preso que trabalhe neste comércio e sim que seja terceirizado ou através de licitação publica para desenvolver esta atividade de forma regular.

C.C. O que foi estabelecido em sua reunião de hoje como o Juiz Exmo. Sr. Dr. Emerson Royer?

SINSAP. Ele nos expos os motivos que o levaram a tomar tal decisão, e que não havia outra forma de realizar a determinada revista, e reconhecemos que de fato esta seria a única maneira de se comprovar a credibilidade de nosso sistema, apesar de ter sido vexatória. E como em toda instituição publica por culpa de alguns é posta em teses toda uma classe.



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