Foi presa nesta terça-feira (2) a agente penitenciária suspeita de ter
assassinado o marido, Sérgio dos Reis, no dia 3 de setembro de 2012, no
bairro Novo Delfino, em Montes Claros (MG). Na época do crime, Rúbia
Cristine Varjão, de 33 anos, disse para a polícia que o companheiro
teria cometido suicídio. O casal, que tinha duas filhas, estava sozinho
no momento do crime.
A motivação para o homicídio ainda é desconhecida, mas de acordo com as
testemunhas ouvidas pela Polícia Civil, o casal costumava brigar com
frequencia e já teria inclusive se separado algumas vezes.
Em 2009, um inquérito chegou a ser instaurado para investigar um suposto
crime. Enquanto Sérgio dos Reis alegava que a mulher tentou matá-lo,
ela dizia que ele teria tentado se matar. Na época nada ficou comprovado
e o casal voltou a morar junto.
Segundo o delegado, após
esfaquear o marido, a suspeita tentou simular o suicídio. "Durante a
investigação policial, com depoimentos das vítimas e a partir da análise
das provas, ficou comprovado de que as lesões que causaram a morte da
vítima foram cometidas por uma outra pessoa", explica.
O delegado ainda diz que a perícia do cenário do crime confirmou que
houve luta corporal. Havia sinais de violência em vários cômodos da casa
que demonstravam que a vítima havia sido agredida, o laudo pericial
ainda apontou que a multiplicidade das lesões, com o corte da esquerda
para a direita, supostamente cometido por Sérgio, que era destro, era
impossível.
Crime premeditado
Alguns indícios apontaram a possibilidade de Rúbia ter premeditado o
crime. Segundo informações obtidas com a Delegacia de Homicídios, a
suspeita teria dopado o companheiro com um medicamento para reduzir a
capacidade de defesa dele. A suspeita chegou a dizer que o marido tomada
remédios, mas não soube informar quais e nem as quantidades ingeridas
por ele.
Além disto, ao alegar suicídio, ela relacionou a morte do marido, com a
do sogro, que se matou com um corte no pescoço, alegando que o histórico
familiar teria estimulado Sérgio a acabar com a própria vida.
De acordo com o delegado Bruno Resende, Rúbia Cristine, nega que tenha
cometido o assassinato e mantém a afirmação de suicídio. A suspeita foi
denunciada por homicídio qualificado e a prisão foi decretada por um
juíz de Montes Claros. A pena pode chegar a 30 anos de reclusão. Por
motivos de segurança ela vai ficar detida em um presídio em Belo
Horizonte.