quarta-feira, 15 de maio de 2013


Dois delegados e um investigador são indiciados por crimes de corrupção em Ipatinga

Três empresários do ramo de emplacamentos de veículos também estão na mira da polícia

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Rodrigo Neto de Faria denunciou vários criminosos, inclusive policiais bandidos
Radialista, que denunciava bandidos, foi morto a tiros na saída de um bar, em Ipatinga
PUBLICADO EM 15/05/13 - 20h6
O presidente da Câmara Municipal de Ipatinga, no Vale do Aço, o vereador e policial civil Werley Glicério Furbino de Araújo, o Ley do Trânsito (PSD), foi indiciado pela Corregedoria da Polícia Civil por crimes de corrupção praticados na Delegacia de Trânsito da cidade. Outros três policiais civis – dois delegados e um investigador – foram denunciados, além de três empresários do ramo de emplacamentos de veículos.

Nesta quarta-feira (15), o deputado estadual e presidente da Comissão de Diretos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas (ALMG), Durval Ângelo, apresentou dois inquéritos concluídos pela corregedoria e apresentados à Justiça nos dias 24 e 30 de abril. Neles constam os esquemas de corrupção comandados pelos policiais.
Segundo o parlamentar, o assassinato do jornalista Rodrigo Neto, em 8 de março deste ano, tem relação direta com o caso porque ele investigava as fraudes e estava prestes a divulgar uma reportagem sobre o assunto. “Rodrigo falou que tinha uma reportagem bomba que envolvia empresários, policiais e políticos do Vale. Desvendar essa quadrilha é fazer jus à morte dele e acabar com um esquema que enriqueceu muita gente”, destacou o deputado. Em 14 de abril, o fotógrafo Walgney Carvalho, que trabalhava com Neto, também foi assassinado.
Em um dos casos, os policiais cobravam 10% sobre o valor das placas de veículo confeccionadas no Vale do Aço, cerca de R$ 4 cada, e em troca não cobravam a emissão da Nota Fiscal, isentando o proprietário de pagar impostos. Três proprietários de empresas de placas de Ipatinga também foram indiciados por participar do esquema.
Ley do Trânsito cedia sua senha pessoal de acesso ao sistema de informações de trânsito para retirar os impedimentos do veículo que tinha o chassi adulterado. O subcorregedor Elder Dângelo pediu a transferência dos policiais indiciados há cerca de um mês.
Vereador nega crime
O deputado Durval Ângelo pediu o afastamento e a prisão dos policiais. Ley do Trânsito afirmou que não tem envolvimento com nenhum crime e que ainda não tinha conhecimento dos inquéritos. Ele se mantém na presidência da Câmara Municipal e vai processar o deputado por difamação. A reportagem procurou os envolvidos mas não conseguiu contato.

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