Delegado-geral da Polícia Civil confirma que ordens para ataques em SC partiram de presídios
07/02/2013 12h13
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DA REDAÇÃO
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FOTO: AGÊNCIA BRASIL
Delegado-geral
da Polícia Civil diz ter "plena certeza" de que ordem para os ataques
partiram de organizações que atuam dentro dos presídios catarinenses
O delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Aldo Pinheiro
D’Ávila, confirmou hoje (7) que as ordens para os ataques de violência
no estado partiram de criminosos encarcerados. “Não há indícios. Tenho a
plena convicção, plena certeza, de que ordem para os ataques desse tipo
de modalidade criminosa, que se aproxima do terrorismo, partiram de
organizações que atuam dentro dos presídios catarinenses”.
Inicialmente, essa relação era apenas uma das linhas de investigação dos organismos de segurança do estado. Para o delegado-geral, no entanto, a denúncia de tortura no Presídio Regional de Joinville é considerada apenas uma hipótese entre as razões que explicam os ataques, que ocorrem desdo o dia 30, com a prisão de 30 pessoas.
“Essa correlação não se pode afirmar com plena certeza. São várias circunstâncias que nos levam a crer como fatos motivadores. Por exemplo, a questão da intensificação das prisões em relação tráfico de entorpecentes e o indiciamento de todas as lideranças das facções criminosas em razão da morte da agente prisional Deise [Alves] [também podem ser motivos].”
A Polícia Civil investiga se houve abuso de agentes penitenciários em uma operação pente-fino no presídio de Joinville, no dia 18 de janeiro. Imagens do circuito interno, divulgadas pela imprensa no último dia 2, mostram que os agentes usavam balas de borracha e gás de pimenta contra os presos mesmo com eles em situação de controle. Joinville é a cidade com maior número de ataques: 14 em oito dias.
Durante os atentados de novembro também surgiram denúncias de maus-tratos na Penitenciária São Pedro de Alcântara, localizada em Florianópolis. Esses ataques ficaram mais concentrados na capital catarinense, de acordo com a Polícia Militar (PM). Na época, equipes da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República estiveram no local vistoriar e apurar possíveis casos de tortura. Aldo D’Ávila acredita que, em princípio, as duas séries de crimes estão relacionadas. “Não há nenhuma dúvida de que há uma correlação entre aqueles ataques de novembro e esses ataques atuais. Elas estão relacionadas, no sentido de que se tratam de [ordens] de facções criminosas.”
Ele avalia que o local escolhido para os ataques está relacionado à proximidade com os presídios do estado. “Temos percebido que os ataques ocorrem com ênfase em locais onde há grandes presídios, com grande concentração de presos”. Em oito dias, foram 73 ocorrências, de acordo com a PM, em 23 municípios do estado.
O delegado-geral informou que novas prisões devem ser feitas nos próximos dias à medida que sejam produzidas provas que justifiquem os mandados. “Praticamente todo efetivo dos nossos órgãos de investigação estão voltados para essa modalidade criminosa. Formada a prova, se faz o pedido de prisões. Foi isso que aconteceu em Joinville [ontem]”, explicou.
Inicialmente, essa relação era apenas uma das linhas de investigação dos organismos de segurança do estado. Para o delegado-geral, no entanto, a denúncia de tortura no Presídio Regional de Joinville é considerada apenas uma hipótese entre as razões que explicam os ataques, que ocorrem desdo o dia 30, com a prisão de 30 pessoas.
“Essa correlação não se pode afirmar com plena certeza. São várias circunstâncias que nos levam a crer como fatos motivadores. Por exemplo, a questão da intensificação das prisões em relação tráfico de entorpecentes e o indiciamento de todas as lideranças das facções criminosas em razão da morte da agente prisional Deise [Alves] [também podem ser motivos].”
A Polícia Civil investiga se houve abuso de agentes penitenciários em uma operação pente-fino no presídio de Joinville, no dia 18 de janeiro. Imagens do circuito interno, divulgadas pela imprensa no último dia 2, mostram que os agentes usavam balas de borracha e gás de pimenta contra os presos mesmo com eles em situação de controle. Joinville é a cidade com maior número de ataques: 14 em oito dias.
Durante os atentados de novembro também surgiram denúncias de maus-tratos na Penitenciária São Pedro de Alcântara, localizada em Florianópolis. Esses ataques ficaram mais concentrados na capital catarinense, de acordo com a Polícia Militar (PM). Na época, equipes da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República estiveram no local vistoriar e apurar possíveis casos de tortura. Aldo D’Ávila acredita que, em princípio, as duas séries de crimes estão relacionadas. “Não há nenhuma dúvida de que há uma correlação entre aqueles ataques de novembro e esses ataques atuais. Elas estão relacionadas, no sentido de que se tratam de [ordens] de facções criminosas.”
Ele avalia que o local escolhido para os ataques está relacionado à proximidade com os presídios do estado. “Temos percebido que os ataques ocorrem com ênfase em locais onde há grandes presídios, com grande concentração de presos”. Em oito dias, foram 73 ocorrências, de acordo com a PM, em 23 municípios do estado.
O delegado-geral informou que novas prisões devem ser feitas nos próximos dias à medida que sejam produzidas provas que justifiquem os mandados. “Praticamente todo efetivo dos nossos órgãos de investigação estão voltados para essa modalidade criminosa. Formada a prova, se faz o pedido de prisões. Foi isso que aconteceu em Joinville [ontem]”, explicou.
Agência Brasil
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