quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Tratamento digno para o agente penitenciário
O profissional merece apoio psicológico e aposentadoria especial
Agente penitenciário
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Vários problemas de saúde afligem os agentes penitenciários do Estado, como males do coração e pulmão, principalmente devido ao excesso de fumaça de cigarro expelida pelos presos, que fumam sem parar.
A Comissão de Direitos Humanos só fala na saúde dos encarcerados, mas não quer nem saber do bem-estar de quem trabalha diretamente com eles. Esses profissionais, com o passar do tempo, adquirem determinados problemas psiquiátricos devido às pressões do trabalho.
Nessa função, ameaças de morte são constantes. A insatisfação dos presos recai sobre nós quando eles não conseguem uma redução da pena, quando a mulher arruma outro companheiro ou quando a comida não está boa. Quando colocamos limites, arrumamos então um inimigo.
É por essas e outras razões que, com o tempo, aquele que é pago para fazer a vigilância e a escolta de presos adquire os mesmos problemas dos marginais - a chamada neurose de cadeia.
Pode acontecer uma crise no sistema prisional mineiro caso não se implante um projeto de amparo aos agentes penitenciários. Estes merecem reconhecimento como força policial. O profissional reclama boas condições de trabalho, apoio psicológico e aposentadoria especial.
Um servidor bem amparado e preparado não perde as rédeas no ambiente de trabalho. Presos são seres humanos, agentes penitenciários também. Nosso papel é muito importante. A polícia prende, mas somos nós que ressocializamos.



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