Agressor de mulher será vigiado por tornozeleira
Equipamentos eletrônicos serão usados em 2012 para monitorar condenados pela Justiça e amparar as mulheres que se sentem inseguras após as denúncias
MARCELO PRATES
A doença do ciúme: o companheiro de N.P.A. a agrediu com socos e pontapés
A mão segura com firmeza o boletim de ocorrência, as pernas se movem lentamente pelo corredor apertado da delegacia, mas os olhos, mesmo embaçados pelas lágrimas, sabem exatamente aonde o corpo quer chegar. Expondo as cicatrizes deixadas por um conturbado relacionamento, R.S., de 40 anos, encara a dura realidade de denunciar as agressões sofridas pelo marido. Confiante na longa jornada que terá pela frente, ela pede que o companheiro seja afastado do lar, na tentativa de voltar a viver em paz e apagar as lembranças de dor e o sofrimento da união de exatos 16 anos.
Esta poderia ser apenas a história de uma mulher disposta a se defender. Mas sob o amparo da Lei Maria da Penha, que completa cinco anos neste mês, milhares de casos semelhantes se transformaram em processos na Justiça. Somente nos dois primeiros meses do ano, 1.369 medidas protetivas, relativas à violência doméstica, foram expedidas pelas duas Varas Especiais da Mulher de Belo Horizonte.
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