sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
CARTILHA DISTRIBUÍDA AOS POLICIAIS CIVÍS PELO SINDPOL-MG
CARTILHA DISTRIBUÍDA AOS POLICIAIS CIVÍS PELO SINDPOL-MG
POLÍCIA CIVIL
MINAS GERAIS
Perigo: Falha na Segurança
Mais uma vez Comando da PMMG atrapalha e tenta impedir avanços da
Polícia Civil de Minas Gerais, aprofundando ainda mais o abismo de distorções
e disparidades estruturais na Segurança Pública.
Assim como tentaram barrar o 3º grau para a PCMG no ano passado, o Comando da PMMG agora tenta
impedir a aprovação de projetos que visam modernizar e readequar a estrutura orgânica, os cargos e funções da Polícia Civil MG. Esta é uma reivindicação justa e antiga da PCMG e faz parte do Planejamento estratégico da instituição, visando corrigir as distorções e disparidades internas da polícia, seu sucateamento e atraso em relação a outros órgãos dos Sistemas de Defesa Social e Justiça Criminal. A proposta seria incluída na Lei Delegada, ainda este mês de janeiro (prazo limite que o governo tem com a delegação de poder concedida pela ALMG), mas a PM “vetou” tal iniciativa da PCMG (como se tivesse poder institucional para isso), sob a alegação que isso insurgiria uma quebra do “atrelamento” (que é maravilhoso para eles e péssimo para nós).
A informação vazou do próprio comando geral, como de costume, parecendo ser intencional, soando como
provocação e manifesta arrogância para com os membros da Polícia Civil. Foi assim na apreciação da Carreira Jurídica dos Delegados, foi assim também na aprovação do 3º grau e emenda do subsídio; e até no suposto aumento de 30% do ano passado, que por causa do vazamento de informação, acabou ficando apenas nos 15%.
Não podemos admitir, nem tolerar mais esta interferência nefasta do comando da PM nos projetos e
posicionamentos institucionais da Polícia Civil MG, CHEGA DE ATRELAMENTO POR BAIXO, ATRASO, FALTA DE EFETIVO E SUCATEAMENTO.
O governo não pode ceder à mais esta pressão injusta e egoísta de um grupo de privilegiados em detrimento
de toda uma corporação que por mais de 200 anos suportou a duras penas situações como a custódia de presos, e sem nenhuma compensação, múltiplos e onerosos encargos para defender a sociedade e o interesse público, essa é a Polícia Civil.
Não somos militares e nem somos comandados por eles, somos policias civis e exigimos respeito, independência e autonomia para desempenharmos nossa missão insitucional e nos desenvolvermos para combater o crime e proteger a sociedade. O governo e a sociedade são civis e o Estado é democrático de direito.
Defendemos o avanço e o desenvolvimento de todas as instituições democráticas, pois isso é bom para a
sociedade. Respeitamos e consideramos a importância da PMMG no desempenho estrito de suas funções de
preservar a ordem pública, enfrentar e prevenir a ocorrência de delitos, e apoiamos as conquistas de seus pleitos, por saber as dificuldades enfrentadas pelos operadores da segurança pública, por isso não fazemos ingerências negativas em suas reivindicações, porém, não podemos permitir que continuem promovendo interferências nocivas no âmbito dos projetos da gloriosa Polícia Civil, que também como eles, precisa desenvolver e se modernizar com autonomia no caminho da valorização.
Essa postura exercida pela PMMG, mais uma vez, nos leva a fazer certas indagações:
Que integração é essa que uma instituição impede e atrapalha o desenvolvimento da outra?
Que poder tem esse Renato (que inclusive voltou), que obriga o próprio governo a se curvar diante dos seus caprichos e vaidades?
Quem manda em quem?
Que tratamento equilibrado e igualitário é esse, que benefícios e investimentos só podem ocorrer de um lado, relegando à PCMG ao pleno sucateamento a caminho de um colapso estrutural?
Veja algumas destas distorções e disparidades:
A PM não tem o direito de atrapalhar ou impedir o resgate e o desenvolvimento da Polícia Civil, pois nós, da
PC, também apresentamos resultados, e bem palpáveis da nossa atuação.
Pelo respeito, autonomia institucional na elaboração, apresentação
e aprovação de nossos projetos estratégicos; pela correção das
distorções históricas entre as carreiras de nossa instituição e também
com relação aos demais órgãos dos sistemas de defesa social e justiça
criminal, inclusive no tocante a cargos, funções e salários.
Pela implementação do subsídio como forma de remuneração dos
policiais civis.
Pela isomonia remuneratória entre cargos da base (Peritos,
Investigadores, Escrivães e Médicos legistas), pois não há hierarquia
entre as provas no processo, também há de se garantir isonomia entre
aqueles que a produzem.
Pela implantação de uma matriz remuneratória digna para os
servidores administrativos.
Pela extinção do Tribunal de Justiça Militar, instrumento e símbolo
de cooptação, corporativismo e perpetração de privilégios. (MG é o
único estado que ainda mantém ativa essa anomalia jurídica, como
um tribunal de exceção
Pelo reconhecimento remuneratório da carreira jurídica dos
Delegados perante as demais carreiras jurídicas do Estado.
Pela readequação e padronização dos prédios e instalações da
Polícia Civil, primando pelo conforto e comodidade daqueles que
os utilizam.
Pela ampliação dos cargos e realização de concursos públicos
periódicos na Polícia Civil para continuidade da prestação de mais e
melhores serviços à população.
Por mais investimentos na reestruturação orgânica da Polícia Civil
Pela aprovação de uma nova lei orgânica da PCMG, compatível com
o novo contexto social e que valorize a dignidade da pessoa humana
e a cidadania.
Pelo cuidado com a saúde do nosso servidor; convocamos a
todos os servidores da Polícia Civil MG e a toda a sociedade civil
organizada a nos mobilizarmos contra esta interferência negativa e
indevida exercida pelo comando da PM, bem como contra a omissão
governamental que estão levando a Polícia Civil MG a um colapso
estrutural, que resultará na falta de segurança dos cidadãos nas ruas,
vítimas duas vezes, pelos crimes não evitados ou prevenidos pela
PM e não apurados ou resolvidos pela Polícia Civil, que a PM e o
governo não deixam se desenvolver.
Isso tem que mudar, o governo tem que ser realmente sério e autônomo, sair
da condição de refém do comando da PM, as entidades de classe e sociedade
civil organizada têm que se mobilizarem e cobrarem resultados do governo,
que foi eleito para governar com justiça, promover o desenvolvimento
sustentado, dar segurança e estabelecer a paz, não sendo omisso diante de
abusos privilégios, inseguranças e distorções.
Sem respeito à autonomia, à justiça, ao equilíbrio e à
verdade, não pode haver integração nem segurança
de fato.
Servidores e cidadãos, participem de nossas
mobilizações por dignidade e justiça. Isso tem tudo a ver com a sua segurança!
Acesse: www.sindpolmg.org.br
“Dos Direitos do cidadão”
Todo cidadão merece ser atendido com conforto, dignidade e respeito quando precisa de serviços oferecidos
pela Polícia Civil (Carteira de Identidade, DETRAN, IML ou uma até mesmo uma simples representação
ou queixa), seja na capital ou no interior, para isso precisamos e exigimos melhores condições de trabalho,
prédios e instalações descentes, dignas e adequados para receber e atender o nosso cliente, que realmente é
quem paga e financia tudo isso.
Ao contrário dos quartéis que não se abrem ao atendimento ao cidadão, pois suas dependências são de uso
exclusivo dos militares, as delegacias de polícia estão 24 hrs acessíveis a todo o público que dela necessite,
são nas unidades policias da Polícia Civil que se diz o direito do cidadão, vítima do abuso, da imprevidência,
do crime e da violência e muitas vezes do próprio Estado. É por isso que lutamos pelo direito/dever de nos
desenvolvermos e nos modernizarmos para prestarmos mais e melhores serviços.
Vamos todos resgatar, apoiar e fortalecer a nossa Polícia Civil de Minas Gerais.
O que eles tÊm e não deixam que também alcancemos:
1. Plano de saúde integral
2. Plano de crédito habitacional a 2% ao ano
3. Prédios e instalações modernas para uso exclusivo da
PM.
4. Investimento em viaturas através de leasing (com
reposição e/ou manutenção imediata.
5. Concursos públicos periódicos, o último foi de 5.200
vagas
6. Abonos e gratificações em folha de pagamento preparada pela
própria PM.
7. Hospital militar com servidores oficiais da própria corporação.
8. Efetivo de mais de 50.000, com considerável parcela dedicada a serviços
administrativos, assessoria, diretoria e ajudante de ordens nos três Poderes,
inclusive no município.
9. Plano de Previdência própria, separada dos demais
servidores públicos.
10. Aposentadoria integral e adicional de invalidez.
11. Colégio militar exclusivo para filhos dos servidores
em vários municípios do Estado.
12. Carreira única militar com acesso interno dos
cargos da base aos cargos de comando, dentre outros
benefícios.
13. Tribunal de Justiça Militar para julgamento e
processamento exclusivo, com cargos de nomeação
do governador entre os coronéis da ativa, com
remuneração igual a dos desembargadores de justiça
(R$24.000,00).
O sucateamento que sobra para a Po lícia Civil
trabalhar e dar segurança aos cidadãos:
1. Prédios e casas alugados ou cedidos por prefeituras,
improvisando de forma precária para atendimento ao
cidadão.
2. Não há verba disponibilizada para aquisição e manutenção de
viaturas o que nos obriga a mendigar o apoio a outros órgãos
e à iniciativa privada.
3. Não possuímos plano de previdência ou aposentadoria
própria.
4. Não temos plano de saúde e/ou hospital próprio para atendimento
de média ou alta complexidade, apenas ambulatorial.
5. Temos o 2º pior salário de polícia Civil do país.
6. Não possuímos plano de financiamento habitacional, por isso
grande parte dos policiais civis ainda moram em área de risco
e sem segurança.
7. Somos pouco mais de 10.000 para combater o crime
e atender mais de 20 milhões de mineiros e a demanda
produzida por mais de 50.000 PM’s.
Fonte: http://www.sindpolmg.org.br/cartilha_sindpol.pdf
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