Fogo na cela
Ceresp de Juiz de Fora apura causas de incêndio que deixou quatro presos com corpos queimados
O estado de saúde dos presidiários ainda não foi divulgado; os homens estão presos por roubo
O Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) de Juiz de
Fora, na Zona da Mata, instaurou um procedimento interno para apurar as
circunstâncias do incêndio que começou num colchão e deixou quatro
detentos com cerca de 70% de seus corpos queimados, por volta das 20h
dessa segunda-feira (27), de acordo com a Secretaria de Estado de Defesa
Social (Seds).
A Seds informou, ainda, que dez agentes penitenciários da brigada de
incêndio da unidade controlaram as chamas da cela ocupada pelo quarteto.
O Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(Samu) prestaram os primeiros socorros, e os presos foram levados para
um pronto-socorro da cidade.
Rafael Sestalo de Souza, de 25 anos, Ramon Henrique Miranda, de 27,
Wallace Barbosa Gonçalves, de 19, e Maycon Mendes de Souza, de 26 anos,
estão presos por roubo, de acordo com a Seds.
A assessoria de comunicação da Secretaria de Saúde de Juiz de Fora
informou que os feridos estão Hospital de Pronto Socorro Dr. Mozart
Teixeira, na ala de urgência. A assessoria falou também sobre o estado
de saúde dos presos: Rafael continua em estado grave, Ramon está
estável, Wallace e Maycon estão inconcientes, sendo que quadro de Maycon
não está evoluindo.
Superlotação no Ceresp
A Seds informou que há superlotação na unidade, que tem capacidade para
332 presos, mas, atualmente, mantém 885 pessoas detidas.
Entenda o caso
Quatro detentos ficaram feridos em estado grave na noite desta
segunda-feira (27) após a cela em que estavam pegar fogo. O incêndio
começou num colchão dentro de uma cela no Centro Remanejamento de Presos
(Ceresp) de Juiz de Fora, na Zona da Mata. Ainda não se sabe se foi um
incêndio criminoso ou acidental.
Conforme informações do Corpo de Bombeiros, agentes penitenciários
tentaram conter o fogo, que se alastrou rápido. Alguns detentos foram
retirados do local.
Os quatro feridos tiveram queimaduras de 2º e 3º graus. Segundo os
militares, os detentos tiveram 70% dos corpos queimados. Eles foram
socorridos e levados em estado gravíssimo para o Hospital de
Pronto-Socorro de Juiz de Fora.
Segundo os militares, a cela do acidente foi isolada e os demais
detentos foram remanejados no espaço. A Polícia Militar (PM) e agentes
penitenciários realizaram vistoria na unidade prisional.