segunda-feira, 18 de abril de 2011
PRESO MANDA E DEBOCHA DAS LEIS E DO SISTEMA
PRESO MANDA E DEBOCHA DAS LEIS E DO SISTEMA
Tráfico debocha das leis. Mesmo preso, líder de quadrilha volta a comandar até homicídios de dentro de presídio de alta segurança no Estado. GUSTAVO AZEVEDO, zero hora 18/04/2011
Em 2006, Paulo Márcio Duarte da Silva, o Maradona, é flagrado dando ordens para crimes de dentro da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc). Cinco anos depois, aquela que deveria ser a prisão mais fortificada do Estado volta a ser cenário para comandos do mesmo traficante, líder da quadrilha denominada Os Manos.
Por celular, narcotráfico, assaltos e execuções são determinados. A organização, desmantelada na sexta-feira passada em uma operação da Polícia Civil e do Ministério Público, já havia sido flagrada em ofensiva executada em 2006. Agora, as mesmas atrocidades ordenadas detrás das grades se repetiram, escancarando ainda mais o descontrole total das prisões gaúchas. Em escutas autorizadas pela Justiça e obtidas com exclusividade pelos repórteres Giovani Grizzotti e Cid Martins, exibidas ontem pela RBS TV, Maradona, 32 anos, foi gravado mandando assassinar desafetos, organizando negócios para lavar dinheiro do tráfico e até planejando a candidatura política da mulher como vereadora em Novo Hamburgo (veja ao lado). Em 2006, ele já havia sido flagrado coordenando crimes de dentro da prisão.
– É um deboche. Enquanto não eliminarem o celular das prisões, exemplos como esse vão se repetir sempre – reclamou o delegado Juliano Ferreira, que coordenou a operação de 2006.
Numa tentativa de diminuir a liderança de Maradona, ele chegou a ser levado para a Penitenciária Federal de Catanduvas (PR). Voltou em 2010 para a Pasc, mais forte do que já era, segundo o juiz da Vara de Execuções Criminais, Sidinei Brzuska.
– Lá, ele teve contato com o PCC (Primeiro Comando da Capital). Ele não tinha antes. Isso demonstra a incompetência do Estado em administrar a Pasc. O Rio Grande do Sul tem uma penitenciária de alta segurança. Não precisa enviar para Catanduvas. É preciso mudar a gestão da Pasc – aponta o magistrado.
Apesar do risco, Maradona foi transferido novamente, com dois comparsas, para a prisão federal na sexta-feira. A medida teve o apoio da Superintendência dos Serviços Penitenciárias (Susepe). O superintendente do órgão, Gelson Treiesleben, afirma que a ida do criminoso para o Paraná dará tempo para tomar providências que coíbam o uso dos celulares.
– Mudamos a direção da Pasc em janeiro e reforçamos a fiscalização. Esta semana, vamos iniciar os testes com uma empresa gaúcha para montar um sistema de bloqueio do sinal dos celulares na Pasc – adianta Treiesleben.
Maradona, por força de lei, deverá retornar ao Rio Grande do Sul em 2012. Até lá, a polícia e promotores esperam enfraquecer a rede criminosa comandada por ele.
LIDERANÇA CONSTRUÍDA DE DENTRO DA CADEIA
LIDERANÇA CONSTRUÍDA DE DENTRO DA CADEIA
Liderança construída de dentro da cadeia - ZERO HORA 18/04/2011
Primeiro gaúcho a ser transferido para uma penitenciária federal de segurança máxima, Maradona se tornou em um dos criminosos mais perigosos do Estado, mesmo estando trancafiado há sete anos. Na verdade, construiu sua liderança dentro cadeia, agindo por telefone ou orientando a própria família, que se tornou subgerente da quadrilha organizada por ele.
A soma de condenações já ultrapassa a 135 anos. Nos últimos 15 anos, foi condenado por assaltos e homicídios. Começou a cumprir pena em 1997. Em 2009, foi condenado a 40 anos de prisão pela morte, em 2004, de uma menina de quatro anos, alvejada na cabeça durante tiroteio em São Leopoldo. No mesmo ano, entrou para o rol dos mais perigosos do Estado e foi levado para a Pasc. De lá, ordenou a ação que o deixaria no topo entre os bandidos gaúchos. Teria mandado executar, em 2005, o assaltante Dilonei Melara, responsável pela fuga cinematográfica do Presídio Central de 1994. Com a morte, tomou conta da quadrilha Os Manos.
Nascido em Porto Alegre, Maradona tem como base Novo Hamburgo, onde mora a família. No Vale do Sinos, mantém negócios para lavar o dinheiro do tráfico e de assaltos. Seria dono de postos de combustíveis, imóveis, lojas e de uma casa noturna.
Ele teria ampliado sua operação ao formar um consórcio com o Primeiro Comando da Capital (PCC) no Estado. Os Manos teriam dado guarida aos paulistas, em 2005, na tentativa frustrada de cavar um túnel no centro de Porto Alegre para tentar furtar milhões de dois bancos. O laço teria sido reforçado depois que o gaúcho foi encaminhado para Catanduvas. No Paraná, estreitou relações com a cúpula da facção paulista e com o Comando Vermelho, de Fernandinho Beira-Mar.
Traficante fica 24 horas online
As investigações, que tiveram início em dezembro de 2010, conseguiram gravar 80 mil ligações do grupo. Atuando de forma online por 24 horas, Paulo Márcio Duarte da Silva, o Maradona, tinha pelo menos oito telefones de última geração, o que possibilitava também acesso à internet. De dentro da Pasc, ele falava sobre a casa da família dele, que tem 50 cômodos e fica na periferia de Novo Hamburgo.
O chefe da Inteligência do Comando Metropolitano da Brigada Militar, major Adriano Klafke, diz que a organização criminosa chefiada por Maradona é estruturada por meio de lideranças, especialmente instaladas nas penitenciárias do Estado. Elas coordenam tráfico de drogas e de armas, além de grupos de extermínio. Combinam roubo de veículos e investimentos em estabelecimentos comerciais e imóveis para a lavagem de dinheiro. Ele lembra que os veículos são roubados para serem negociados por armas e drogas no Exterior. A investigação detectou que a facção criminosa agia em Novo Hamburgo, Charqueadas, São Leopoldo, Canoas, Arroio dos Ratos e Porto Alegre.
A rota do tráfico internacional de drogas passava pelo Paraguai e Bolívia, vindo por terra para o Rio Grande do Sul. O promotor Amilcar Macedo, de Canoas, diz que Maradona agia como se estivesse solto:
– Comandando atividades criminosas como se estivesse lá no local onde elas estavam ocorrendo.
Na operação policial, 23 pessoas foram detidas, inclusive a mulher e outros familiares de Maradona. As drogas que foram apreendidas foram avaliadas em R$ 1,4 milhão.
HISTÓRICO
Mesmo atrás das celas, Maradona coleciona crimes. Com a ajuda de celulares, coordena cada passo de sua quadrilha. Além de organizar o tráfico, comanda assaltos, sequestros e até execuções:
EXECUÇÕES
- De dentro da prisão, Maradona teria coordenado mais de 12 homicídios até 2006. Depois da temporada dele em Catanduvas e da volta à Pasc, pelo menos outras duas execuções foram comprovadas pelas escutas.
- De dentro da Pasc, ele teria ordenado a morte do assaltante Dilonei Melara, líder do maior motim do Presídio Central, em 1994. Melara foi encontrado morto em Dois Irmãos, no Vale do Sinos, em 2005. Com a morte, Maradona teria tomado a liderança da quadrilha Os Manos.
- Em 2006, Maradona é flagrado por escutas orientando um comparsa a executar a morte de um comerciante de Novo Hamburgo a mando de um empresário da cidade. Maradona orienta o comparsa a simular um assalto em que a vítima fosse morta ao reagir. Carlos Alberto Ghedine foi morto dentro de seu bar.
- Em outra escuta, a polícia descobre que um comparsa de Maradona foi recebido a tiros ao fazer uma cobrança de drogas. O esquema sobre o comando de crimes de dentro da prisão foi publicado por Zero Hora em 22 de dezembro de 2006.
SEQUESTROS
- Maradona é flagrado em escuta orientando um comparsa a sequestrar um dono de postos de combustíveis em São Leopoldo. Manda que ele seja torturado.
- Ele se refere a um sequestro de uma segunda pessoa, que ofereceu a criminosos R$ 60 mil para que o mesmo empresário fosse sequestrado. Ao saber que essa pessoa teria R$ 60 mil disponíveis, Maradona ordena ao parceiro que sequestrem os dois homens.
VINGANÇA
- Agentes que balearam um membro do PCC recolhido à Pasc passaram pela mira de Maradona. Ele ordena, por telefone, que tiros de pistola e de fuzil sejam dados na cabeça dos servidores. A expectativa era de que se os agentes não morressem, ficassem em estado muito grave.
ASSALTOS E OUTROS NEGÓCIOS
- Conversa interceptada pela polícia, em 2006, mostra Maradona e comparsas tramando um assalto. Comentam que em uma cidade (não identificada) não há policiamento a pé, só com viatura. Descrevem que a polícia mais próxima do local que pretendem atacar fica a 47 quilômetros.
- No mesmo ano, um detento de outro presídio conta a Maradona que dois jovens da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase) cumprem um castigo naquela instituição. Maradona afirma que a “Febem” (numa referência ao antigo nome da Fase) é o futuro. Diz que é preciso que o grupo comande duas galerias dentro da Fase.
- A quadrilha estaria envolvida, nos dois últimos meses, em um assalto à empresa de Estância Velha e em um assalto a banco em Cambará do Sul.
domingo, 17 de abril de 2011
Universitário é preso após furtar viatura no Axé Brasil, em Belo Horizonte-MG

Audiência discutirá propostas para reformar sistema penitenciário
Audiência discutirá propostas para reformar sistema penitenciário
A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado fazer audiência pública para discutir a atual situação do sistema penitenciário e avaliar as condições das penitenciárias federais e estaduais. O debate foi proposto pelo deputado Fernando Francischini (PSDB-PR) e ainda não tem data marcada.
Francischini argumenta que um dos maiores problemas do atual modelo é o contingenciamento das verbas do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen). “A legislação brasileira prevê que 3% de todo o valor arrecadado com loterias e jogos no nosso País devem ser recolhidos para o Funpen”. O deputado explica que, no ano passado, por exemplo, foram repassados R$ 800 milhões para esse fundo, mas somente cerca de R$ 100 milhões foram efetivamente aplicados no sistema penitenciário.
O parlamentar quer discutir na audiência ações para permitir o descontingenciamento do fundo. Ele lembra que esses recursos serão investidos na construção de presídios, melhorias das condições de trabalho dos agentes penitenciários e em ações para garantir condições dignas para os presos.
Fragilidade na segurança
O deputado explica que outro objetivo da audiência é discutir a fragilidade do atual modelo do sistema penitenciário para coibir a ação do crime organizado. Ele cita como exemplo o caso do traficante Fernandinho Beiramar, que, mesmo em um presídio de segurança máxima e com regime disciplinar diferenciado, conseguiu comandar ações criminosas fora da penitenciária por meio de mensagens repassadas por advogados.
Na avaliação de Francischini, essa audiência pública "traz para a Comissão o protagonismo na discussão do sistema penitenciário, com foco no trabalho real e efetivo: dinheiro para o sistema penitenciário e isolamento do crime organizado e da cúpula que comanda o tráfico de drogas no país inteiro”.
Da Redação/PCS
http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/SEGURANCA/195363-AUDIENCIA-DISCUTIRA-PROPOSTAS-PARA-REFORMAR-SISTEMA-PENITENCIARIO.html
Detentos que conseguiram fugir de guarnição são recapturados em Sena Madureira
Detentos que conseguiram fugir de guarnição são recapturados em Sena Madureira
Uma ação conjunta desencadeada pelas Polícias Civil, Militar e os Agentes penitenciários de Sena Madureira na tarde de ontem resultou no reencarceramento de dois reeducandos que conseguiram fugir da guarnição quando iriam se submeter a exames de corpo de delito no hospital João Câncio Fernandes. Trata-se de Antônio Josimar Paulino da Silva, 25 anos, conhecido pela alcunha de 'Dadá' e Ecivan Marques de Andrade, 22 anos, vulgo 'Sebo'.
Segundo informações, ao se encontrar na unidade de saúde, eles conseguiram se livrar das algemas e empreenderam fugam pelas ruas da cidade. Rapidamente os agentes foram mobilizados e em um curto espaço de tempo localizaram o paradeiro dos dois. Ambos foram levados para a delegacia e em seguida recambiados a unidade prisional. Por terem fugido, deverão ser penalizados conforme determina a lei.
Dupla também é acusada de agredir colega de cela:
Além da fuga, Antônio Josimar e Ecivan Marques também são acusados de na companhia de mais dois detentos de terem espancado o também presidiário Sebastião Azevedo. O episídio aconteceu no horário da visita e foi preciso os Agentes penitenciários entrarem na cela para evitar o pior.
Mesmo assim, Sebastião Azevedo ainda saiu com um corte na cabeça e outros ferimentos. Depois do ocorrido, vítima e agressores foram levados ao hospital para exames de corpo de delito, foi quando os dois resolveram fugir.
De acordo com o diretor do presídio, Raimundo Gouveia, não fosse a pronta intervenção dos agentes, algo de mais sério poderia ter acontecido com Sebastião Azevedo. 'A equipe pediu para que eles parassem com a agressão, mas não foi atendida, sendo preciso o uso da força moderada para conter a ação,' explicou.
Gouveia também falou sobre a fuga dos presos. 'Conseguiram escapar, mas foram recpturados em tempo hábil e receberão as devidas sanções da lei,' frisou.
Presos tentam entrar em choque com os agentes:
Depois da recaptura de Antônio Josimar e Ecivan Marques, todos os envolvidos na agressão a Sebastião Azevedo foram levados para a cela de sanção disciplinar. Neste momento, eles tentaram se confrontar com os agentes penitenciários. 'Eles partiram pra cima da guarnição, mas foram contidos. A situação agora é de normalidade,' afimou o diretor.
Conforme foi apurado, toda essa insatisfação dos reeducandos se deve ao fato do rigor na fiscalização dentro do presídio pleiteada pelos agentes. Somente essa semana, dois aparelhos celulares e uma arma artesanal (estoque) foram apreendidos.
M.V.
COMENTÁRIO BLOG AGEPEN'S CZS:
Parabéns aos Agentes Penitenciários de Sena Madureira pela competência e a rapidez em resolver os problemas apresentados acima... é nessas horas que a população ver a importâcia de termos, dentro do sistema penal, pessoas preparadas, competentes e com ânimo para realizar seus trabalhos. Resumindo: O que seria da população de Sena se não fosse a competência desses guerreiros (as)?
AS PARA A PRISÃO NOVAS REGRAS PARA A PRISÃO - zero hora 17/04/2011
AS PARA A PRISÃO NOVAS REGRAS PARA A PRISÃO - zero hora 17/04/2011
A prisão preventiva só poderá ser determinada se não for possível substituí-la por nenhuma outra medida alternativa
- O juiz ou o tribunal que determinou a prisão deverá reexaminar o caso, obrigatoriamente, a cada 60 dias.
- As pessoas presas temporariamente deverão ficar separadas dos condenados. Atualmente, isso é uma orientação, mas usualmente descumprida. No Estado, o caso mais célebre é do Presídio Central, onde condenados e provisórios estão trancafiados na mesma cela.
- Se o preso não apresentar os requisitos da prisão preventiva, o juiz deverá conceder a liberdade provisória, mediante fiança ou determinar as medidas alternativas.
- A prisão domiciliar poderá ser concedida a grávidas. Atualmente existem 64 gestantes presas no Estado.
- A prisão preventiva não poderá ultrapassar 180 dias, se decretada no curso da investigação ou antes da sentença condenatória recorrível; ou de 360 dias, se decretada ou prorrogada por ocasião da sentença condenatória recorrível. O CPP em vigor não estipula prazos para a preventiva.
- O texto amplia a prisão preventiva nos crimes de violência doméstica, permitindo o encarceramento de acusados de abusos contra crianças, adolescentes, idosos, enfermos e portadores de deficiência. Antes era restrito à violência contra mulheres.
RESTRIÇÕES À PREVENTIVA
A prisão preventiva pode hoje ser concedida para crimes de reclusão em geral. Pela nova norma, a decretação será restrita para CRIMES DOLOSOS punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a quatro anos...
- se tiver sido condenado por outro crime;
- se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência.
- para garantir as medidas protetivas
OUTRAS MEDIDAS
Burocracia - O texto desburocratiza os mandados de prisão. Pela proposta, o juiz poderá requisitar a prisão por qualquer meio de comunicação, dependendo apenas de verificação de autenticidade do documento. A lei atual prevê apenas um recurso totalmente em desuso, o telegrama.
Cadastro - O projeto prevê a criação do Cadastro Nacional de Mandados de Prisão, para permitir que um acusado seja preso em outro Estado com maior agilidade. Hoje, para um foragido ser preso em outra unidade é necessário que o juiz que decretou a prisão entre em contato com o magistrado do local onde a pessoa está.
Fiança - O valor máximo determinado como fiança dobrará de cem para até 200 salários mínimos. Esse montante poderá ser multiplicado por mil vezes, dependendo da condição econômica do preso. O valor de uma fiança poderá ultrapassar os R$ 100 milhões.
MEDIDAS CAUTELARES
O projeto lista ainda 14 tipos de medidas cautelares, para que o juiz tenha alternativas na condenação. São elas:
- Fiança
- Recolhimento domiciliar
- Monitoramento eletrônico
- Suspensão do exercício da profissão, atividade econômica ou função pública
- Suspensão das atividades de pessoa jurídica
- Proibição de frequentar determinados lugares
- Suspensão da habilitação para dirigir veículo automotor, embarcação ou aeronave
- Afastamento do lar ou outro local de convivência com a vítima
- Proibição de ausentar-se da comarca ou do país
- Comparecimento periódico ao juiz
- Proibição de se aproximar ou manter contato com pessoa determinada
- Suspensão do registro de arma de fogo e da autorização para porte
- Suspensão do poder familiar
- Bloqueio de internet
- Liberdade provisória
NOVO CÓDIGO TORNARÁ TORNOZELEIRAS UMA ROTINA
NOVO CÓDIGO TORNARÁ TORNOZELEIRAS UMA ROTINA
NOVO CÓDIGO. Opção pelas tornozeleiras será uma rotina - zero hora 17/04/2011
Com a tendência de aumentar as medidas alternativas, a nova lei poderá forçar os governos a investir na fiscalização do cumprimento das restrições cautelares. As mudanças no Código de Processo Penal ampliam as opções do juiz, que terá a possibilidade de encaminhar criminosos para prisão domiciliar, proibir de circular em determinadas áreas e usar monitoramento eletrônico. Tudo isso, porém, exigirá recursos para funcionar.
– O Estado vai ter de assumir fiscalização, melhorar estrutura. Do contrário, não haverá controle se a medida está sendo cumprida. Não tem como o juiz mandar colocar a tornozeleira se ela não existe. Não tem como o juiz mandar ficar em casa se ninguém vai lá conferir. A adaptação será longa, é preciso mudar uma cultura – aponta o coordenador-geral da Comissão de Direitos Humanos da OAB/RS, Ricardo Breier.
No Estado, as tornozeleiras deverão se transformar numa das principais medidas utilizadas pelos magistrados. Os equipamentos, que tiveram o uso suspenso em fevereiro, deverão voltar a ser utilizados em maio. Segundo a Susepe, serão 4 mil novos aparelhos, sendo mil para serem implantados já neste ano.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Sem controle, monitoramento, fiscalização e pena rigorosa no caso de desobediência, será mais um instrumento de benevolência e impunidade. Nossos governantes deveriam deixar o amadorismo de lado e começar a criar estrutura e verificar a manutenção do investimento e o nível de aplicação judicial para as leis que elabora. Do contrário, as tornozeleiras serão inúteis e a lei vazia e sem aplicação.
Polícia Civil não vai aceitar policiais militares nas delegacias
PIAUÍ DESEMBARGADOR CONCEDE LIMINAR PARA PM ASSUMIR DELEGACIAS
Polícia Civil não vai aceitar policiais militares nas delegacias
Os delegados da Polícia Civil, que vão se reunir com a diretoria do Sindicado dos Policias Civis do Estado do Piauí, para comunicar que não vão aceitar a presença de policias militares nas delegacias porque a atividade deles é de policia judiciária e os militares fazem policiamento ostensivo.
O desembargador Augusto Falcão Lopes, do Tribunal de Justiça, concedeu liminar para à Secretaria Estadual de Segurança Pública determinando que os policiais militares trabalhem nas Delegacias de Polícia Civil do Piauí em substituição aos policiais civis que entrão em greve por tempo indeterminado na madrugada da próxima sexta-feira. Os policiais civis reivindicam melhores condições de trabalho e reajuste salarial de 24%.
Por causa da apreensão no Piauí os diretores da Cobrapol (Cooperação Brasileira dos Policiais Civis) estão chegando a Teresina para mediar uma solução para o conflito que fortaleceu o movimento grevista.
Aécio Neves tem carteira de habilitação apreendida em blitz da Lei Seca

SÃO PAULO: O MINISTÉRIO PÚBLICO NAS DELEGACIAS

sábado, 16 de abril de 2011
agentes penitenciários prendem suspeito de assalto a coletivo
gentes penitenciários prendem suspeito de assalto a coletivo
Gazetaweb- com Dulce Melo
Três pessoas teriam participado da ação; um adulto e um menor fugiram
Na noite desta sexta-feira, em frente a guarita do sistema prisional, na Avenida Durval de Góes Monteiro, em Maceió, agentes penitenciários prenderam no ônibus da linha Rio Largo/Centro, de prefixo 0008 e placa KMY-311 um suspeito de cometer assalto no referido veículo.
Raniel Ribeiro Félix, de 18 anos, teria sido apontado por passageiros, segundo o capitão PM Anísio, como um dos integrantes de um trio –formado por dois adultos e um menor- que cometeu o assalto.
“Entramos no ônibus e ele foi detido. As pessoas disseram que fazia parte do grupo que agiu, armado, dentro do veículo. A arma ficou com os dois que conseguiram escapar”- relata o capitão Anísio.
Com o suspeito a polícia encontrou R$ 53 em espécie, mais R$ 6 em moedas, além de dois aparelhos celulares e 18 vales-transportes. O suspeito foi levado pelos agentes penitenciários para a Central de Polícia, no bairro do Prado.
http://gazetaweb.globo.com/v2/noticias/texto_completo.php?c=230174
BOLSA FORMAÇÃO JÁ ESTÁ SENDO HOMOLOGADA
Usando máscara do 'Incrível Hulk', grupo ataca posto policial.


A Evolução do Ministério Público Brasileiro

EAP realiza curso para ASPs e servirá de pré-requisito para promoção por merecimento
EAP realiza curso para ASPs e servirá de pré-requisito para promoção por merecimento
Do sindasp
Carlos Vitolo
Assessor de imprensa do Sindasp-SP
A Escola de Administração Penitenciária (EAP), por meio do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Agente de Segurança Penitenciária, realizará o Curso de Especialização Técnico Profissional para Agentes de Segurança Penitenciária 2011.
O curso é da modalidade à distância (EAD) conforme aponta o Comunicado Eap 64, publicado no Diário Oficial de 08-04-2011.
De acordo com o documento, “fica estabelecido pelo Departamento de Recursos Humanos que esse curso será considerado pré-requisito para participar do Concurso de Promoção por Merecimento (2011)”, descreve.
As inscrições serão efetivadas somente a partir do primeiro acesso ao curso através do site http://ead.eap.sp.gov.br, no período de 18 a 26 de abril. O curso tem carga horária de 16 horas-aula e sua disponibilização no ambiente virtual será de 18/04 (a partir das 8h) ao dia 10/05 (até às 19h).
No que se diz respeito a avaliação final, o Diário Oficial publicará um comunicado com a listagem dos alunos que deverão participar da prova presencial. A lista será divida por região, contendo a data e horário da avaliação. O documento aponta ainda que a avaliação “será aplicada no dia de folga do servidor e não haverá 2ª chamada em hipótese alguma”.
Ao final do curso será fornecido certificado somente mediante a conclusão dos módulos on-line e da participação presencial na prova, além da obtenção do conceito satisfatório.
COMENTARIO DO BLOG
Finalmente, a EAP tomou uma decisão acertada, visto que os pré-requisito para participar do Concurso de Promoção por Merecimento são nebuloso. As regras de valorização pessoal do servidor do sistema penitenciario nunca foi transparente
Blogosfera policial cresce no Brasil e vira estudo da ONU
SÃO PAULO - O número de blogs feitos por policiais vem aumentando expressivamente no País. Desde 2006, ano da criação do primeiro deles, o "Diário de um PM", do policial Alexandre Souza, já entraram no ar 65 sites, ainda hoje ativos, segundo levantamento do blog "Abordagem Policial", espalhados por 14 Estados brasileiros. Entre os motivos da proliferação desses blogs estão a dificuldade que os policiais têm para se manifestar dentro da estrutura rígida de disciplina e hierarquia da corporação e a facilidade da construção dos diários virtuais. O crescimento chamou atenção da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que resolveu fazer um estudo para ver no que esses blogs podem contribuir para a discussão de soluções para a segurança pública. O trabalho está em andamento e é feito em parceria com Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC) da Universidade Cândido Mendes, do Rio de Janeiro.
"Já era blogueiro, então já conhecia o meio. E havia uma necessidade de expressão e não encontrávamos um ambiente próprio", conta Danillo Ferreira, um dos autores do blog "Abordagem Policial". De acordo com a socióloga Silvia Ramos, que está coordenando a pesquisa da parceria com a Unesco, esse é o primeiro estudo sobre essa nova tendência na cobertura de assuntos relativos à segurança e à criminalidade. "O que me chamou a atenção foi a maneira como muitos blogs se posicionavam. Eles queriam falar, chamar a palavra, dar a versão deles sobre os acontecimentos", explica a socióloga. "Queremos entender como o fenômeno dos blogs pode ajudar na definição da agenda de discussões sobre segurança, qual o poder multiplicador por trás deles", explica Guilherme Canela Godoi, coordenador do setor de comunicação e informação da representação da Unesco no Brasil.
Uma característica marcante do movimento de blogueiros policiais é a busca pela integração. Praticamente todos os blogs policiais têm os outros policiais blogueiros como público. Souza, o pioneiro, cunhou a expressão "Blogosfera Policial" para denominar o conjunto de blogs cujos autores são policiais, e a contagem dos blogs ativos é compilada pelo "Abordagem Policial". "Acho que em nenhuma outra profissão há essa ligação e união entre os blogueiros, como entre os policiais", aponta Ferreira. Para Silvia Ramos, há ainda outra explicação para o fenômeno crescente: "Há um choque entre os policiais novos entrando nas corporações e a tradição da polícia", afirma.
Além da necessidade de expressão, a repercussão possibilitada pela internet é também motivadora. "Queria dar mais visibilidade à minha visão sobre a administração da Segurança Pública no Rio, ainda na época do Marcelo Itagiba (deputado federal e secretário de segurança durante o governo Rosinha Garotinho)", afirma o major Wanderby Medeiros, do blog com seu nome.
O blog de Wanderby é um dos mais ácidos nas críticas à administração do Rio. O secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, é alvo de diversas críticas no blog. As enquetes feitas por Wanderby também são fortemente críticas: questões propostas variam desde "Houve fraude na eleição de (Eduardo) Paes?" a "O delegado Beltrame deve ser exonerado?". Sobram farpas para o governador Sérgio Cabral. O major foi denunciado por críticas ao chefe do Estado Maior, coronel Antônio Carlos Suárez David, e ao comandante-geral da PM do Rio, Gilson Pitta Lopes. "Meu blog é um retrato do que eu penso", afirma.
Embora a pesquisa da Unesco ainda esteja no começo, duas tendências já se destacam entre os blogs de policiais, segundo Silvia Ramos: existem blogs mais rebeldes, com críticas ao comando e revolta por salários e condições de trabalho, e aqueles que privilegiam "serviços". "No blog 'Diário de um PM', por exemplo, há muitos comentários em postagens sobre concursos da PM e cursos voltados aos policiais", afirma. Ela também observa que vários dos blogs de policiais acabam se limitando a reproduzir notícias veiculadas na imprensa. "Não há em alguns deles uma produção própria", observa.
Censura
A temática dos blogs é variada, embora a discussão da questão salarial seja um fator em comum na maioria deles. Outro tema recorrente é a censura a que são submetidos os blogs policiais. O Blog "Abordagem Policial", por exemplo, tem posts discutindo as restrições a que são submetidos os militares e defendendo maior liberdade de manifestação. O capitão da PM do Rio Luiz Alexandre também discorre sobre o tema, embora com tom mais crítico. Luiz Alexandre, que já foi chamado a prestar esclarecimentos à Corregedoria da PM por conta de postagens no blog, não poupa críticas a Beltrame em sua página. O governo do Rio também é duramente criticado em páginas mantidas anonimamente por policiais. A maioria dos blogueiros policiais, contudo, assume nome e posição na corporação. Há ainda o blog "Depoimento Anônimo", cujo autor se identifica apenas como "um escrivão de polícia". A temática de seu site é contar casos do cotidiano de um escrivão.
Sobram também críticas para a cobertura que a imprensa faz sobre assuntos de polícia, como no blog "Crônicas de um Sargento de Polícia", que também fala bastante das situações difíceis encontradas pelos policiais durante sua atuação profissional. Além de notícias sobre concursos da polícia e sobre eventos e cursos disponíveis para policiais, o blog "Diário de um PM" tem como um diferencial a contagem dos PMs mortos no Rio no ano. Já o "Diário do Stive" (com "i" mesmo) mantém uma tabela com dados sobre os salários de policiais pelo Brasil, abastecida com informações pelos agentes de todos os Estados.
"Desde que fiz meu blog pude conhecer PMs do Brasil inteiro", afirma o soldado Robson Niedson, do blog "Diário do Stive". Ele também tem um fórum dedicado às discussões relevantes para a categoria, como a questão salarial. "Ainda não tem a movimentação que eu esperava", admite. No seu Estado, Goiás, a própria Polícia Militar tem um blog corporativo (o primeiro da América Latina), e o comandante-geral da PM do Estado, coronel Carlos Antônio Elias, também é blogueiro. "Isso acaba com a visão de que a liderança é ausente e traz um reflexo positivo da figura do comandante, reforçando o princípio comunitário da polícia. Estou tendo uma boa resposta da tropa", afirma o coronel, sobre seu blog pessoal. Sobre a página corporativa, ele aponta que surgiu da necessidade de aproximar a PM do cidadão, criando um ambiente mais interativo. "Queremos implementar a polícia comunitária, mais próxima da população", diz. Para Danillo Ferreira, é importante estimular mais policiais a usarem a ferramenta da internet para manifestação de opiniões.
Estudo
Para realizar o estudo, previsto para ser concluído em novembro deste ano, as pesquisadoras Silvia Ramos e Anabela Paiva vão estudar cada um dos blogs, analisando o conteúdo. Também estão previstos encontros de discussão: o primeiro foi realizado no dia 27 de março, organizado pelas embaixadas de Canadá e Estados Unidos, no Rio de Janeiro. O estudo será completado com entrevistas com os blogueiros. A Unesco financiará o projeto. De acordo com Godoi, coordenador do setor de comunicação e informação da representação da Unesco no Brasil, a organização lançou um edital para a escolha do pesquisador que seria responsável por coordenar o estudo.
"Recebemos cerca de 15 a 20 interessados, e a professora Silvia foi a escolhida por causa do seu currículo e de seus estudos sobre relação entre mídia e violência", explica Godoi. Segundo ele, os resultados obtidos na pesquisa irão ajudar a Unesco a determinar suas novas ações sobre discussão de segurança pública no País
A unificação de carreiras na PF

O PAPEL DO AGENTE PENITENCIÁRIO NA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA E PROMOÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS
O PAPEL DO AGENTE PENITENCIÁRIO NA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA E PROMOÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS
Mazukyevicz Ramon S. N. Silva
No seu cotidiano laboral, o Agente Penitenciário depara-se diuturnamente com essa dicotomia de valores, que o leva a estabelecer uma relação de ambivalência com os apenados. Por vezes, em momentos distintos de um mesmo plantão, é instado a assumir ora a figura do carrasco - quando da extração de preso, espancamentos freqüentes e operações pente-fino - ora a figura do redentor, quando presta socorro médico, fornece alimentação ou transfere apenado para cela distante de seus inimigos.
A ausência de conhecimento técnico específico para a função, somada às recorrentes deficiências nas condições materiais de trabalho – a exemplo da falta de armamento não letal e instrumentos de proteção pessoal – e à falta de pessoal diante da superpopulação carcerária, funcionam, segundo LOPES (1998), como causas motivadoras dos comportamentos violentos por parte dos Agentes Penitenciários, uma vez que, configuram uma condição de penosidade no ambiente de trabalho, que direciona a opção dos agentes por mecanismos de contenção mais extremos, como garantia de sua própria segurança.
A prisionalização é um processo de aculturação inevitável que acomete o indivíduoinserido no contexto carcerário, que passa a adotar os usos e costumes praticados na prisão, como se vivenciasse uma verdadeira sociedade paralela, tornando-se uma figura anônima nesse contexto e sujeitando-se a uma intensa desorganização de sua personalidade. (SÁ, 2007).
O Agente Penitenciário acometido pela prisionalização passa a desenvolver uma série de transtornos de ordem psicológica, como sentimento de inferioridade, perda de sua identidade, empobrecimento psíquico, regressão e infantilização, que acabam por interferir nas suas escolhas e tomadas de decisão.
Continuando nos ensinamentos de Sá, o sentimento de inferioridade e o empobrecimento psíquico geram, dentre outras coisas, dificuldades de elaboração de planos, o que em determinada situação de crise, pode vir a gerar uma reação violenta e excessiva por parte do Agente Penitenciário, por haver perdido a capacidade de planejar corretamente que atitude tomar. No mesmo sentido, a infantilização e a regressão manifestam-se por meio da busca por soluções fáceis e projeção de culpa no outro, acabando por legitimar um comportamento violento do agente em face do apenado.
Na realidade, seja por sua condição de desprestígio profissional e exclusão social, seja pela distorção do verdadeiro sentido dos direitos humanos, o Agente Penitenciário, nos dias de hoje, perdeu a real dimensão da importância de sua atividade para a construção de uma sociedade mais justa e menos violenta, chegando até mesmo a envergonhar-se de sua profissão, passando a encarar-se como mero “guardador de bandido”.
Quando do exercício da função seletiva, é indispensável que o Agente Penitenciário procure ter consciência do poder e da responsabilidade que detém. Há de se recordar que a sentença não retira do recluso a condição humana, e assim sendo, mesmo que a este sejam impostas coações físicas, permanecerá humano, entretanto, enraivecido e predisposto a retribuir a sociedade com mais violência. Nesse sentido, o agente há de orientar suas condutas numa direção contrária à violência, ainda que por egoísmo, em defesa de sua própria segurança.
Para tanto, é indispensável que o Estado ofereça condições para que o Agente Penitenciário perceba-se novamente como cidadão, que assim como o apenado, é carente de proteção ante as violências desse mesmo Estado. Só assim, poderá o Agente Penitenciário cumprir primorosamente com o seu papel no combate à violência institucional e na promoção dos direitos humanos, uma vez que terá aceitado a legítima identidade de valor existente entre ele e o indivíduo preso.
Agente de Segurança Penitenciária do Estado da Paraíba. Bacharel em Direito pelo Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ. Especializando em Segurança Pública e Direitos Humanos pela Universidade Federal da Paraíba – UFPB. Mestrando em Direitos Humanos pela UFPB.
Dois modelos de Segurança Pública em Minas Gerais: um integrado e outro

Aécio Neves, senador da mineradora Vale S.A.

SINDASP-SP E O SODEX:Governo reajusta auxílio-alimentação de policiais e Sindasp-SP cobra reajuste também para a categoria.

Taxista é preso após levar marmitas com maconha para penitenciária em Cambuquira
Taxista é preso após levar marmitas com maconha para penitenciária em Cambuquira
10TABATA MARTINS
www.twitter.com/Otempoonline
Um taxista foi preso por suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas em Cambuquira, no Sul de Minas Gerais, nessa quarta-feira (13).
De acordo com a Polícia Militar, o homem foi detido após deixar uma sacola plástica, um bilhete e R$ 12 em dinheiro para serem entregues a um detento da penitenciária da cidade. Ao verificar o que continha na sacola, um agente penitenciário achou três marmitas, sendo que em duas delas foi encontrado um fundo falso, onde estavam escondidos aproximadamente 30 gramas de maconha.
Com a constatação, a agente acionou a polícia, que conseguiu localizar o taxista. Durante depoimento, o suspeito alegou que tinha feito apenas uma corrida para um homem, que segundo ele, foi quem teria entregue a sacola.
Como o acusado pelo taxista não foi encontrado, o mesmo foi preso.
sexta-feira, 15 de abril de 2011
DESARMAMENTO - OAB CRITICA PLEBISCITO E DEFENDE PLANO NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA

Uso de algemas em audiência, na visão do STJ
Uso de algemas em audiência, na visão do STJ
de Abril de 2011 00:07
JURÍDICO
Basta a demonstração de animosidade e desrespeito às normas sociais, morais e jurídicas. Havendo desequilíbrio emocional e advertência para composição de comportamento adequado, o suspeito deverá ser algemado como forma de proteção de sua incolumidade física e de todos que se encontrem perto. É o resultado do entendimento do STJ sobre tal assunto, que merece atenção com substrato subjetivo, dependendo do cenário do fato e que somente os agentes públicos participantes poderão ter iniciativa, como o juiz, promotor e demais policiais.
A excepcionalidade do uso de algemas, consignada principalmente na Súmula Vinculante 11 do STF - que dispõe que só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito - não obsta o seu emprego se demonstrada, por decisão fundamentada, a necessidade de serem precavidos os riscos antevistos no próprio enunciado sumular.
Congruência jurisprudencial:
STJ - HC. ROUBO CIRCUNSTANCIADO E RESISTÊNCIA. RECONHECIMENTO PESSOAL DO ACUSADO. REGULARIDADE. USO DE ALGEMAS JUSTIFICADO. INTERPRETAÇÃO DO ART. 212 DO CPP. INVERSÃO NA ORDEM DE FORMULAÇÃO DE PERGUNTAS. INEXISTÊNCIA DE NULIDADE. PRISÃO CAUTELAR MOTIVADA. 1. A jurisprudência desta Corte é remansosa no sentido de que a inobservância das formalidades do reconhecimento pessoal não configura nulidade, notadamente quando realizado com segurança pelas vítimas em juízo, sob o crivo do contraditório, e a sentença vem amparada em outros elementos de prova. 2. O uso de algemas durante a audiência de instrução foi devidamente justificado pelo magistrado de primeiro grau na necessidade de resguardo da segurança, acentuando ter o réu apresentado ânimo instável e alterado, com demonstrações de ansiedade, sendo por diversas vezes ali advertido. Improcedente, no ponto, a arguição de nulidade. STJ - HC 151357, RJ 2009/0207290-1, Rel. Min. Og Fernandes
Mantida a prisão especial
Mantida a prisão especial
Ter, 12 de Abril de 2011 11:15
JURÍDICO
A Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que promove mudanças no Código de Processo Penal, mas rejeitou o dispositivo que previa o fim das prisões especiais para autoridades e para pessoas que têm nível escolar superior.
Os deputados alteraram o texto aprovado pelos senadores na parte que previa o fim das prisões especiais. Com a modificação feita na Câmara, as regras atuais da prisão especial continuarão em vigor.
Como o projeto já foi aprovado pelas duas casas legislativas do Congresso Nacional, ele segue agora à sanção presidencial. O texto que havia sido aprovado pelo Senado previa que a prisão especial só poderia ser concedida quando houvesse necessidade de preservação da vida e da integridade física e psíquica do preso, desde que isso fosse reconhecido pela autoridade judicial ou policial.
A maioria dos partidos foi favorável à manutenção da prisão especial. O PPS, no entanto, discordou da diferenciação entre os presos considerados comuns e os detentores de nível superior, ou os que estejam ocupando cargos eletivos, entre outros.
O presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP), disse que a medida é um privilégio inadmissível, pois queremos acabar com os privilégios da prisão especial".
Mesmo sendo a favor do fim da prisão especial, o relator do projeto, deputado João Campos (PSDB-GO), reconheceu a resistência dos deputados em acabar com o privilégio.
Segundo ele, o tema poderá voltar a ser discutido quando da votação do projeto de reforma do Código de Processo Penal, em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.
PALAVRAS DO PRESIDENTE DO SINDICATO DOS AGENTES PRISIONAIS DO RJ,NO ÂMBITO NACIONAL
sexta-feira, 15 de abril de 2011PALAVRAS DO PRESIDENTE DO SINDICATO DOS AGENTES PRISIONAIS DO RJ,NO ÂMBITO NACIONAL.
PL 5982/09 - Muita calma nessa hora!!!
Companheiros, no final da semana passada estive em contato com autoridades parlamentares de Brasília que sempre estão nos assessorando nas lutas, como o Dep. Arnaldo Farias de Sá e outros que nos orientam e nos encaminham com suas largas bagagens, pelos longos anos de experiência naquela Casa de Leis, e os mesmos nos pediram para termos calma e paciência, pois nada mudou. Porém, o clamor público nos é desfavorável neste instante e devemos deixar a poeira baixar para colocarmos nosso projeto em votação na CCJC.
A aprovação será facilmente dada à convicção dos membros da comissão pela justa necessidade de portarmos armas, já que a polícia não pode nos garantir o fim dos assassinatos de ordens profissionais.
Esta semana estarei mandando rodar uma revista ilustrada que fiz, dando conta de milhares de mortes covardes com muitas matérias horrendas, onde muitos dos nossos foram massacrados pelos criminosos Brasil a fora.
Também estou demonstrando quão árduo é trabalhar nessa área e ter que ir para dentro de uma favela, por ser nosso lugar residencial e de onde não saímos por falta de condições financeiras de mudar para outro mais seguro.
É hora de manter a calma, e deixar a má onda passar. Garanto-lhes que nada mudará nossa vitória nessa questão do porte. Assim como a aposentadoria especial aos 20 e 25 anos e a paridade aos aposentados por invalidez permanentes.
Aprendi a muito uma filosofia que há pouco tempo vi reforçada na seguinte oração:
“A esperança não murcha, pois não cansa, também como ela, não sucumbe à crença. Se vão-se sonhos nas asas da descrença dos fracos, voltam sonhos nas asas da esperança dos fortes, que não desistem nunca.”
Assim como
AGENTES PRISIONAIS DO ACRE REALIZAM INDICATIVO COM CARTILHA DE PARALISAÇÃO DE ADVERTÊNCIA DE 24 HORAS.

CADEIA MODELO - A PRISÃO ONDE TODOS TRABALHAM

OS MUTIRÕES E A SITUAÇÃO DOS GAÚCHOS
OS MUTIRÕES E A SITUAÇÃO DOS GAÚCHOS
SUA SEGURANÇA | Humberto Trezzi - A situação dos gaúchos - ZERO HORA 15/04/2011
Os gaúchos até podem ter o pior presídio brasileiro o Central, segundo parlamentares que fizeram há dois anos vistoria no sistema penitenciário brasileiro. Pois o Mutirão Carcerário está chegando ao fim, e tudo indica que terminará com uma boa notícia para os gaúchos.
O número de presos cujos processos de execução da pena estão atrasados é pequeno. Conforme estimativa, cerca de 15% dos presos gaúchos têm benefícios em atraso.
Essa demora é pequena, se comparada com a realidade nacional. Desde 2008, juízes realizaram 13 mutirões carcerários pelo país. Foram analisados processos de 223.394 apenados. Destes, 52.263 tiveram reconhecido direito a algum benefício, ou seja, 23% deles tinham direitos não respeitados. Entre esses benefícios está, para alguns, o de ser libertado.
Os números mostram que os juízes gaúchos têm sido ágeis, até para contrabalançar uma realidade formada por cadeias infectas e hiperlotadas
COLAPSO CARCERÁRIO - PROMESSA DE REDUZIR SUPERLOTAÇÃO
COLAPSO CARCERÁRIO - PROMESSA DE REDUZIR SUPERLOTAÇÃO
Michels promete reduzir superlotação no Central. Secretário assume compromisso após defensor comparar prisão com um campo de concentração - JULIANA BUBLITZ, ZERO HORA 15/04/2011
Decidido a solucionar os problemas do Presídio Central de Porto Alegre, o secretário estadual da Segurança Pública, Airton Michels, prometeu reduzir para menos da metade o número de presos do estabelecimento até o fim do ano que vem. Ele assumiu o compromisso no dia em que Zero Hora publicou uma entrevista com o defensor público Miguel Seadi Júnior, que definiu a prisão como um “campo de concentração”. Hoje, a cadeia tem cerca de 4,8 mil detentos – mais do que o dobro da capacidade.
A opinião do defensor causou controvérsia. Incomodado com o que considera um desrespeito às vítimas do holocausto, o secretário disse que “ali não se pratica extermínio em massa”. Apesar disso, reconheceu que a superlotação da prisão – apontada como a pior do Brasil pela CPI do Sistema Carcerário – e fez promessas.
Ainda este ano, Michels garante a criação de 1,7 mil vagas, com a conclusão dos anexos aos presídios de Charqueadas e Montenegro e do Presídio de Arroio dos Ratos. Com isso, até dezembro, ele planeja reduzir para 3 mil o número de presos no Central. A queda deve se acentuar em 2012.
– No ano que vem, com as obras federais, vamos gerar mais 2 mil vagas e poderemos deixar o Central com 2 mil presos – disse Michels.
A partir daí, ele acredita que será possível iniciar uma reforma completa na casa prisional. Depois de pronta, a ideia é que ela volte a atender somente presos provisórios da Capital.
“É um equívoco chamar o Presídio Central de campo de concentração” - ENTREVISTA Airton Michels, secretário estadual da Segurança Pública.
A seguir, leia os principais trechos da entrevista concedida pelo secretário estadual da Segurança Pública, Airton Michels, na tarde de ontem:
Zero Hora – Em entrevista a Zero Hora, o defensor público Miguel Seadi Júnior definiu o Presídio Central como um campo de concentração. Como o senhor avalia isso?
Airton Michels – É um presídio com problemas, isso é inegável. Mas não é um campo de concentração. Até em respeito às pessoas que foram vítimas desse evento bárbaro, o holocausto, não se pode comparar com a situação dos apenados. Ali não se pratica extermínio em massa. Com todo o desconforto e com toda a superlotação que nós reconhecemos, é um equívoco histórico chamá-lo assim.
ZH – E como o senhor define o Presídio Central?
Michels – É um presídio superlotado e de péssima qualidade estrutural. Faz parte do primeiro objetivo da Secretaria de Segurança resolver esse problema, gerando vagas para permitir que se faça uma reforma e que ele se torne um presídio humanizado, para, no máximo, mil presos.
ZH – Existe a intenção de retirar a Brigada de dentro do presídio?
Michels – Sem dúvida. Mas é preciso fazer uma ressalva. Parece que ele (o defensor público Miguel Seadi Júnior) fez uma insinuação muito crítica à Brigada, mas a Brigada não está lá porque quer. Está atendendo uma necessidade do Estado gaúcho e está fazendo da melhor forma possível o seu trabalho há mais de 15 anos.
ZH – O senhor concorda com as críticas em relação à forma como são tratados os presos do Central?
Michels – Não é como os presos são tratados. O problema é que as condições de cumprimento de pena são péssimas. A administração da Brigada Militar é correta e eficiente dentro das circunstâncias. Mas eles realmente estão lá em condições indignas.
ZH – Concretamente, o que será feito no Presídio Central para mudar esse quadro?
Michels – Até fim do ano, com a conclusão dos anexos aos presídios de Charqueadas e Montenegro e o Presídio de Arroio dos Ratos, devemos gerar mais 1,7 mil vagas no sistema prisional. Com isso, já teremos condições de reduzir para 3 mil o número de presos no Central, o que já é uma possibilidade de melhor controle. Ano que vem, com as obras federais, vamos gerar mais umas 2 mil vagas e poderemos deixar o Central com 2 mil presos. Aí sim poderemos começar a fazer uma reforma, mas não para uma casa superlotada nem para condenados. Só para atender aos presos provisórios de Porto Alegre.
ZH – O senhor chegou a dizer começaria sete presídios este ano. Houve mudanças de planos?
Michels – Quando eu estava na transição, me perguntaram o que eu iniciaria de concreto. Eu disse que pretendia dar o início a seis, sete presídios. Contava com o orçamento da Susepe, que era de R$ 52 milhões, e com as quatro penitenciárias federais. Dois desses presídios já estão iniciando, o de Passo Fundo e o de Guaíba. Só que, quando assumi, descobrimos que os recursos para as obras foram estornados pelo governo anterior. Então vamos ter de honrar os compromissos do governo anterior com o orçamento desse ano, o que inviabiliza (a intenção inicial
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