quinta-feira, 30 de abril de 2015

Absolvição do suspeito de matar agente penitenciário gera protestos

Midiamax
O Sinsap/MS (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária de Mato Grosso do Sul) com apoio do sindicato dos GCM (Guardas Civis Municipais) e dos militares dos bombeiros participação de uma manifestação de repúdio nesta terça-feira (28), por conta absolvição de Adriano José Lopes, apontado como o responsável pelo assassinato do agente penitenciário Hudson Moura da Silva.
O servidor foi morto em 2011 durante o plantão na antiga Colônia Penal (Estabelecimento Penal de Regime Aberto e Casa do Albergado de Campo Grande), localizado nas proximidades do Indubrasil, região oeste da Capital.
Os sindicatos assinaram uma nota de repúdio que deve ser levada à PGE (Procuradoria-Geral do Estado), pelo veredicto dado ao caso da morte do agente penitenciário, onde conta do nome de Adriano, que foi absolvido, e Rafael Gomes Gonçalves, que está foragido e teve a pena mínima de seis anos de prisão com um agravante dos antecedentes criminais. A punição definitiva ficou em oito anos de reclusão, ou seja, em regime fechado.
O Sinsap afirma que a manifestação trata-se de procedimentos adotados pela morte de um companheiro, que foi morto a tiros em outubro de 2011, durante expediente, em um local onde não oferece condições de defesa ao servidor.
“A categoria está indignada com o desfecho da decisão deste processo, onde um pai de família, cumpridor de seus deveres foi brutalmente assassinado por exercer o papel de agente penitenciário, de forma honesta. Nós sabemos que não é uma pena extensa que irá solucionar o problema da falta de segurança para os servidores, mas a pena dada é inaceitável para um indivíduo que afronta a segurança pública do Estado, ao executá-lo dentro de uma unidade penal. Este caso tem que ser revisto, pois os servidores trabalham de forma desumana colocando constantemente suas vidas em risco para garantir a segurança da sociedade como um todo”, desabafa o presidente do sindicato, André Luiz Santiago.
Ele ressalta que este é o reflexo da precariedade na segurança. “A morte dos companheiros Hudson e Carlos é o reflexo de um sistema falho que não oferece a mínima segurança para os servidores exercer suas funções”, afirma Santiago ao lembrar que em fevereiro deste ano, outro agente do Estabelecimento Penal de Regime Aberto foi assassinado a tiros na Capital durante plantão, Carlos Augusto Queiroz de Mendonça, de 44 anos.

PCC criou células de inteligência para matar agentes penitenciários federais Flávio Costa Do UOL, em São Paulo 27/07/2017 - 04h00 Ouvir 0:00...