Contra o tráfico: Agentes penitenciários participam de operação com a PM e PC em Minas Gerais

O governo de Minas Gerais deu as costas para as formalidades e decidiu reforçar o aparato policial, numa operação denominada Cavalo de Tróia II, realizada na última sexta-feira (21/março), na região de Juiz de Fora.

A ação policial foi feita com a participação das polícias Civil, Militar, o Corpo de Bombeiros e o Sistema Penitenciário, com agentes de armas em punho e viaturas a postos para transportar os presos.

A investida policial teve como objetivo cumprir mandados de busca e apreensão e de prisão, além de identificar autores de crimes de homicídio, roubo e tráfico de drogas. De acordo com portais mineiros, a bandidagem estava ‘tocando o terror’ na área, e o governo decidiu reagir com a presença policial do estado.

CONCEITOS E POLÊMICAS

Em tese, não é função de agente penitenciário sair às ruas para capturar procurados da justiça, tarefa atribuída apenas aos órgãos policiais. No entanto, numa ação devidamente planejada pelas polícias, há quem enxergue positiva a presença dos agentes, desde que a equipe esteja capacitada para agir nessas ocasiões.

Na Paraíba, por exemplo, agentes do Grupo Penitenciário de Operações Especiais (GPOE) e da Força Tática Penitenciária já participaram de várias operações semelhantes a essa executada em Minas Gerais.    

Em agosto de 2010, durante a 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública, em Brasília, a diretriz mais votada entre todas as apresentadas foi justamente a criação da Polícia Penal no sistema penitenciário brasileiro, através da aprovação da PEC 308/04.

Órgãos de cunho ‘humanista’, ferrenhamente contrários à ideia, botaram o lobby na rua e estão conseguindo engavetar a proposta no Congresso Nacional.

Enquanto não se decide sobre o assunto, alguns estados vão seguindo a ‘lógica’ para tentar combater o avanço da violência no país.