domingo, 8 de setembro de 2013


Unidade prisional feminina vai ter 407 vagas e início das obras é em janeiro

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Até o fim de 2014, Uberlândia vai ter uma unidade prisional feminina, segundo o subsecretário de administração prisional, Murilo Andrade Oliveira. As obras devem começar em janeiro e, quando finalizada, a unidade vai atender ainda outras comarcas da região. A população carcerária da cidade hoje é 157 mulheres. A nova penitenciária vai disponibilizar 407 vagas e o custo é de R$ 15 milhões.
Murilo Andrade Oliveira disse que a obra faz parte de um pacote de três unidades para o Estado (Foto: SEDS MG /Marcilene Neves )
A unidade prisional feminina vai ser construída ao lado da Penitenciária João Pimenta da Veiga, na zona rural, próximo à BR-365, na saída para Patrocínio. Andrade disse que a obra faz parte de um pacote de três unidades que serão implantadas também na região metropolitana de Belo Horizonte e em Pará de Minas, no centro-oeste do Estado. Os três presídios têm o mesmo projeto e somarão mais de 1,2 mil vagas ao custo total R$ 45 milhões. “A situação de Uberlândia chama a atenção e pode ser considerada preocupante, uma vez que a população carcerária é crescente e não há uma unidade específica para as mulheres”, afirmou Oliveira.
Segundo a Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi), em Uberlândia há 53 mulheres na Penitenciária Pimenta da Veiga e 64 no Presídio Professor Jacy de Assis. As unidades oferecem 65 vagas no total, menos da metade da quantidade de presas.
Em Uberlândia, o número de detentas representa 6,5% dos mais de 2,4 mil presos. O número está próximo do nacional, de acordo com dados apresentados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que mostrou que 7% de todos os presos no Brasil são do sexo feminino. São 35 mil mulheres em um total de 550 mil detentos.
Impacto
As estatísticas da população feminina em detenção são vistas com preocupação pelo juiz da Vara de Execuções Penais em Uberlândia, Lourenço Migliorini Fonseca. Para ele, o modelo familiar clássico é completamente desarticulado, quando a mãe é presa. “É comum que, na família, já não exista a figura masculina, quando a mãe é detida. Isso vai expor totalmente os filhos. O impacto social se torna ainda maior.”
Tráfico e influência de companheiros são as principais causas
Segundo o juiz da 1ª Vara Criminal de Uberlândia, José Luiz de Moura Faleiros, há dois aspectos que levam as mulheres para a prisão: o tráfico de drogas e a influência de companheiros com envolvimento com o crime. “Elas, na maior parte das vezes, são cooptadas pelo cônjuge para crimes como o tráfico.” Ainda de acordo com o magistrado, é crescente o envolvimento delas em crimes como roubo, que envolve violência.
De acordo com números da Secretaria de Defesa Social (Seds), em Minas Gerais, os delitos que mais levam as mulheres para a prisão são tráfico, roubo e furto. A maioria tem entre 19 e 45 anos e ensino fundamental incompleto.
fonteCorreio de Uberlândia Online
Correio de Uberlândia Online

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