sábado, 14 de setembro de 2013

Fim da greve parcial dos agentes penitenciários em Goiás, Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia causou transtornos ao sistema de carceragem.
Secretaria propõe acordo e agentes prisionais suspendem paralisação

Recebimento de presos no CPP de Aparecida de Goiânia já foi normalizado.

Categoria se reunirá com secretário na segunda (16) para avaliar propostas.

O presidente da Associação dos Servidores do Sistema Prisional do Estado de Goiás (Aspego), Jorimar Bastos, informou na tarde desta sexta-feira (13) que a paralisação dos agentes que atuam no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, foi suspensa. Segundo ele, o secretário de Administração Penintenciária e Justiça, Edemundo Dias, propôs um “reposicionamento de classe” para os agentes, o que seria o equivalente a uma promoção no cargo.

Ainda segundo Bastos, a proposta foi levada aos agentes prisionais, que decidiram voltar às atividades no presídio. “Todo o trabalho já foi retomado, inclusive o recebimento de presos das delegacias”, informou o presidente da associação.

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A greve teve início na terça-feira (10). Os agentes pediam reajustes de salários e a criação de um plano de cargos. Além disso, a categoria cobrava mudanças nas condições de trabalho. Serviços como o recebimento de presos encaminhados pelas delegacias e a entrega de mantimentos por parentes dos encarcerados foram suspensos.

Em nota, a Secretaria da Administração Penitenciária de Justiça (SAPeJUS) destacou que com a suspensão da paralisação, o secretário Edemundo Dias vai retomar as negociações com a categoria na próxima segunda-feira (16), quando irá apresentar as propostas do governo. Após o encontro, os agentes irão decidir se retomam a paralisação ou se extinguem o movimento grevista.

Paralisação

A greve parcial dos agentes penitenciários do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia causou transtornos ao sistema de carceragem. Durante os quatro dias de movimento, segundo a classe, mais de 200 detentos não puderam entrar nos presídios. A situação aumentou o problema de superlotação de delegacias. Além disso, outros 225 presos não receberam escolta policial, assim não puderam comparecer a audiências em fóruns da Grande Goiânia.

Familiares não conseguiram entregar mantimentos para os detentos da CPP (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Familiares não conseguiram entregar mantimentos

para os presos (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

Na manhã de quinta-feira (12), a classe foi notificada sobre a decisão judicial que considerou a greve ilegal e determinava a volta imediata ao serviço. Se a medida fosse descumprida, a multa prevista era de R$ 10 mil por dia. No entanto, o presidente Aspego afirmou que a medida se referiu à última paralisação dos agentes, no dia 19 de agosto e, por isso, não tem valor.

Os agentes prisionais barraram a entrega de alimentos e artigos de higiene levados por familiares dos detentos, na quinta-feira (12), dia da semana em que, normalmente, acontece o procedimento. Em consequência à ação do grupo, o promotor de Justiça Haroldo Caetano da Silva, titular da 25ª Promotoria de Goiânia, enviou, no mesmo dia, um oficio à Aspego, recomendando que fosse garantida a entrada de mantimentos e a visitas aos presidiários.

Do G1 GO

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