Detentos ganharam também o direito de receber visitas homoafetivas e de usarem roupas femininas
r7.com 12 Setembro de 2013 - 08:13
Três presídios da Paraíba criaram alas destinas a detentos transexuais e gays após denúncias de abusos sexuais e discriminação por parte dos demais internos. As celas foram criadas no início deste mês e são opcionais. O Mel (Movimento do Espírito Lilás) foi quem reivindicou o direito e tem o apoio da OAB-PB (Ordem dos Advogados do Brasil). Os Estados do Rio Grande do Sul e Minas Gerais também adotaram a medida há alguns anos.
O presidente do Mel, Renan Palmeira, atua como professor de História em presídios da Paraíba e notou que muitos gays e transexuais enfrentavam preconceito dentro dos presídios e tinham os direitos violados como, por exemplo, continuar a usar roupas de mulher. Ele afirmou que em alguns casos extremos, o preso ficava em cela isolada para não sofrer violência.
— Eles sofrem preconceitos dos próprios apenados e são punidos por isso, sendo obrigados a ficar em celas totalmente isoladas, como as que ficam os acusados de estupro. Isso é repressão, tortura e homofobia. Temos muitas outras questões a reivindicar, mas essa foi uma grande conquista.
— Eles sofrem preconceitos dos próprios apenados e são punidos por isso, sendo obrigados a ficar em celas totalmente isoladas, como as que ficam os acusados de estupro. Isso é repressão, tortura e homofobia. Temos muitas outras questões a reivindicar, mas essa foi uma grande conquista.
Na imagem, sete detentos que ocupam a ala LGBT no presídio Roger, em João Pessoa. Eles ganharam direito a visita íntima homoafetiva e podem usar roupas femininas, além de terem reconhecido o nome de transexual.
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