Vídeo mostra ação policial ATIRANDO contra grupo de jornalistas durante protesto em SP
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JÁ EM MG NA CAPITAL MINEIRA BH É PROIBIDO FAZER PROTESTO NA RUA
O pedido foi feito pelo Governo de Minas Gerais depois que professores e policiais civis prometeram fechar ruas e avenidas durante o evento esportivo
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) acatou o pedido do Governo do Estado e determinou que o Sindicato dos Servidores da Polícia Civil (Sindipol) e ao Sindicato Único dos Trabalhadores na Educação (Sind-UTE) não bloqueiem vias de acesso e no entorno do Estádio Mineirão, bem como outros logradouros público do estado. Caso a medida seja descumprida, as duas entidades serão penalizadas em multa diária de R$ 500 mil. A decisão foi do desembargador Carlos Augusto de Barros Levenhagen.
Atualizado às 00h27.
Um vídeo publicado na noite desta quinta-feira no YouTube mostra a ação de um grupo de policiais militares contra jornalistas durante protesto contra o aumento das tarifas no centro de São Paulo.
As imagens foram feitas pelo jornalista Diego Cruz, 30, do portal do PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado), na praça Roosevelt.
No vídeo, os repórteres se identificam e pedem para que não sejam atingidos. Os policiais ignoram o pedido e disparam tiros de borracha contra os profissionais da imprensa. Em seguida, jogam bombas de gás lacrimogênio no meio do grupo, quando se dispersa.
"O protesto estava calmo e do nada eles começaram a atirar na imprensa", disse a jornalista do PSTU Raiza Rocha, 27, que fazia a cobertura do protesto ao lado de Cruz. "A gente gritava dizendo que éramos jornalistas, mas eles não estava nem aí".
PROTESTO
A polícia deteve ao menos 192 pessoas nesta quinta-feira, quarto dia de protestos contra o aumento das tarifas no centro de São Paulo. Desses suspeitos, 161 foram encaminhados ao 78º DP (Jardins) e outros 31 para o 1º DP (Liberdade).
Segundo policiais ouvidos pela Folha, ao menos 14 deles foram presos em flagrante. Entretanto, a polícia não informou sob suspeita de quais crimes eles foram indiciados.
Cerca de cem pessoas ficaram feridas, segundo o Movimento Passe Livre, que organizou a manifestação.
Entre os feridos há sete jornalistas da Folha, sendo que dois deles foram atingidos por tiros de bala de borracha na cabeça.
O prefeito Fernando Haddad (PT) afirmou na noite de hoje que a manifestação de hoje contra o aumento das passagens de ônibus, metrô e trens foi marcada pela "violência policial" .
"Na terça, a imagem que ficou foi da violência dos manifestantes. Hoje, infelizmente, não resta dúvida, a imagem que ficou e da violência policial", disse o prefeito. Ele disse que nesta sexta-feira avaliará as medidas que tomará para tentar conter a escalada de violência nos protestos.
Manifestação contra o aumento das tarifas
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Policial agride casal que tomava cerveja em bar na avenida Paulista, próximo ao Masp, ontem à noite, e recebeu ordem para que deixasse o local
INÍCIO
Esse é o quarto protesto contra as passagens de ônibus, na última semana. As pessoas começaram a se concentrar por volta das 16h, quando já havia grande quantidade de policiais, inclusive fechando o viaduto do Chá, onde fica a Prefeitura de São Paulo, e revistando e interrogando pessoas.
Antes mesmo do início da passeata, já havia 30 pessoas detidas. Entre os detidos está o repórter da "Carta Capital", Piero Locatelli.
O confronto começou quando a PM tentou impedir os cerca de 5.000 manifestantes de prosseguir a passeata contra o aumento dos ônibus pela rua da Consolação, no sentido da avenida Paulista. Com isso, houve bombas de gás lacrimogêneo e tiros de borracha disparados contra os manifestantes, que atiravam pedras e outros objetos.
Algumas bombas atiradas pelos policiais foram parar em um posto de gasolina, no cruzamento com a rua Caio Prado. Já a fumaça das bombas formou uma névoa que fez "desaparecer" os carros que ficaram parados na região. (ADRIANA FARIAS, FELIPE SOUZA E FERNANDA PEREIRA NEVES)
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