A superlotação constante no Presídio local provocou mais uma transferência de presos. Desta vez, 21 condenados foram recambiados para a Penitenciária Professor Aluisio Ignácio de Oliveira, em Uberaba, distante 130 quilômetros de Araguari, conforme apurou a Gazeta do Triângulo.
Apesar de outro “bonde”, a unidade do município permanece com o dobro da população carcerária permitida, abrigando cerca de 200 presos. Além deste problema que parece sem solução, a legislação prevê que condenados devem cumprir suas penas em locais adequados, ou seja, em penitenciárias.
A ação – considerada comum nestes casos - aconteceu sob sigilo e um forte esquema na noite da última quinta-feira, tendo no comando o GIT – Grupo de Intervenções Táticas. Um ônibus foi utilizado no transporte dos presos, todos sentenciados pela Justiça. A reportagem levantou que tudo transcorreu dentro da normalidade.
A penitenciária uberabense é uma das maiores de Minas Gerais, ocupando uma área de 60 mil metros quadrados, com aproximadamente 150 celas e capacidade superior a 400 detentos.
Entre os transferidos estão alguns condenados recentemente por envolvimento com o tráfico de drogas e que foram presos em novembro de 2010 durante a Operação Itatinga, realizada pela Polícia Civil de Araguari.
Em julho do ano passado duas transferências foram realizadas pelo Presídio de Araguari. Na primeira, 31 presos foram levados para as penitenciárias Deputado Expedito de Faria Tavares (Patrocínio) e Professor Aluízio Ignácio de Oliveira (Uberaba).
Wilson Marques Jordão, condenado a 20 anos de prisão pela morte de Fabiana Juliana; Marcelo Henrique Rocha, sentenciado a 16 anos e 11 meses por matar sua ex-mulher Fernanda Cordeiro e tentar contra a vida da mãe dela; e Clayton Ribeiro Teixeira, que pegou 29 anos e 20 meses de prisão por chefiar uma quadrilha que praticava assaltos no município, inclusive contra idosos, figuraram entre os transferidos na época.
Duas semanas depois, dez presos foram levados para a Penitenciária Professor João Pimenta da Veiga em Uberlândia. Naquela ocasião, o Diretor-Geral do Presídio de Araguari, Vicente de Paulo Assis, afirmara que a medida foi tomada porque certos detentos ameaçavam cometer uma rebelião no presídio, entre os quais alguns presos em flagrante em assaltos a ônibus, naturais de Uberaba, São Paulo, Brasília e do estado de Goiás.
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