segunda-feira, 19 de dezembro de 2011


Polícia apresenta quadrilha suspeita de pelo menos quatro latrocínios na Grande BHTrês homens e uma mulher torturavam vítimas para conseguir cartões de crédito e bancários

Publicação: 19/12/2011 12:42 Atualização: 19/12/2011 13:12
A polícia também investiga a participação de uma quinta pessoa, uma mulher, que também estaria ligada aos crimes (Jackson Romanelli/EM/DA Press)
A polícia também investiga a participação de uma quinta pessoa, uma mulher, que também estaria ligada aos crimes
A Polícia Civil apresentou, na manhã desta segunda-feira, três homens e uma mulher suspeitos de praticar pelo menos quatro latrocínios, roubos seguidos de morte, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O que mais chamou atenção da polícia foi a frieza e a violência no modo como os criminosos agiam. 

Conforme a PC, Erik Barroso Patrício, de 25 anos, o irmão dele Ubiratan Barroso Patrício, de 21, sua namorada Cristina Mendes Vieira, de 26, e Guilherme da Silva, de 19 anos, começaram a ser investigados após a morte de Evaldo Aparecido Gomes. Segundo as investigações, Cristina atraiu Evaldo fingindo estar interessada na compra de um carro. Eles se encontraram em um posto de combustíveis no Bairro Nacional, em Contagem. Em seguida, foram até a casa de Erik. Lá, a vítima foi torturada até entregar cartões de crédito e bancários com as senhas. 

Foram feitos vários saques na conta corrente de Evaldo, que foi morto com requintes de crueldade. O corpo dele foi encontrado carbonizado com as mãos amarradas em um terreno no Bairro Xangrilá. Os quatro foram presos no último dia 13 e, na delegacia, confessaram que outras duas vítimas foram roubadas e assassinadas da mesma maneira. Em 26 de outubro, eles contrataram os serviços do técnico em informática Atiere Nunes Rocha, de 25 anos, que também teve os cartões roubados. Ageu de Souza, de 35 anos, dono de um topa-tudo, foi torturado e assassinado após entregar um rack e uma cômoda na casa de um dos suspeitos. 

Outra vítima foi uma adolescente de 15 anos, namorada do ex de Cristina. De acordo com a polícia, o homem queria matar a ex-namorada e usou a garota para chegar até Cristina, que descobriu o plano e matou a adolescente junto com os comparsas. Seguindo as características dos crimes, a polícia também vai investigar se a quadrilha tem envolvimento com a morte de um sargento reformado da Polícia Militar, que desapareceu após combinar a venda de um carro, e se há outras vítimas.

No dia da prisão dos suspeitos, os agentes ainda conseguiram evitar um quinto crime. Erik e Ubiratan foram capturados com um reboquista que haviam acabado de contratar. Outro alvo seria o dono de uma padaria próxima à casa deles. Foram apreendidos um Stilo e um Fiat Tipo, que era usado pelos criminosos para levar os corpos ao matagal no Xangrilá, além de sacos plásticos, um revólver calibre 38, os móveis roubados de Ageu, uma TV 42 polegadas comprada com o cartão de crédito de Evaldo, além de um talão de cheque e vários extratos bancários das vítimas. A polícia também investiga a participação de uma quinta pessoa, uma mulher, que também estaria ligada aos crimes.

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