terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Agente penitenciário confessa o homicídio de ex-detento, em Colatina

O ex-detento estava com um bebê no colo quando foi atingido pelos disparos. O acusado foi ouvido e liberado

Da Redação Multimídia

 O agente penitenciário Lúcio Flávio de Paula Rais, 29 anos, acusado de ter matado o ex-presidiário Roger Pretti Torres, 25 anos, no domingo (18), entregou-se no Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) de Colatina na manhã desta terça-feira (20). Ele confessou o assassinato. A vítima foi morta com oito tiros enquanto estava sentado na calçada com a filho, um bebê de apenas três meses, no colo. O crime aconteceu no bairro Perpétuo Socorro, em Colatina. O ex-detento estava em liberdade há apenas um dia.

De acordo com o delegado Fabrício Bragatto, responsável pelo caso, o acusado entregou-se à polícia na manhã desta terça-feira. Ele confessou ter cometido o assassinato. Segundo Bragatto, em depoimento, Lúcio afirmou que ele e a família foram ameaçados por bandidos envolvidos com a vítima e, para não ser morto, resolveu matar Roger.

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Roger estava preso e foi posto em liberdade no sábado (17), um dia antes de ser morto. De acordo com os familiares - que teriam testemunhado o crime -, Roger estava sentado na calçada com o filho, um bebê de apenas três meses, no colo. O agente penitenciário, afirmam, chegou em um carro, sacou a arma e disparou várias vezes contra a vítima. Oito tiros atingiram Roger, que morreu no local. A criança não foi atingida por pouco, mas caiu no chão e teve de ser socorrida com ferimentos leves.

A família ainda afirmou que o acusado e a vítima eram conhecidos de longa data. Segundo os familiares, a vítima alegava que era perseguida pelo acusado enquanto estava preso. Após prestar depoimento, segundo o delegado, o agente penitenciário foi liberado, por já ter passado o prazo da prisão em flagrante.

Em nota, a secretaria de Estado de Justiça (Sejus) informou que agente possuía porte de arma institucional, ou seja, só podia portá-la em serviço e no exercício de sua função. Ele está afastado de suas atividades e foi aberta uma sindicância pela Corregedoria da Sejus para que sejam tomadas as medidas administrativas cabíveis ao fato.

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