PCC usa ‘laranja’ para comprar carro e arma em Minas Gerais
Parentes ou amigos de criminosos emprestam seus nomes para reforçar o movimento financeiro da facção
A Polícia Civil de Minas investiga a participação de “laranjas” na compra de carros e armas para que traficantes ligados à organização criminosa paulista Primeiro Comando da Capital tentassem criar uma “filial” mineira. Policiais da Divisão de Homicídios descobriram que essas pessoas que “emprestam” seus nomes para as transações são parentes ou amigos dos criminosos.
O objetivo é reforçar o movimento financeiro dos grupos dedicados ao tráfico de drogas na Região Metropolitana de Belo Horizonte, especialmente na Região Oeste. As informações estão contidas no relatório ao qual o Hoje em Dia teve acesso e foram confirmadas por fontes da própria Polícia Civil.
“Várias pessoas estão sendo procuradas e podem ser presas a qualquer momento”, revelou um policial empenhado nas investigações. “Além daqueles que participaram diretamente de crimes pela organização, estamos tentando identificar pessoas que emprestaram suas identidades para que os traficantes pudessem agir com nomes limpos. Estamos atrás de todos”, diz a fonte.
As descobertas mais importantes da polícia aconteceram durante uma diligência realizada por policiais do Grupo de Operações Especiais, da Polícia Civil, no fim do mês passado. Depois de muito tempo de vigilância, os investigadores invadiram uma casa em um bairro de Lagoa Santa, na Região Metropolitana de BH, que servia de esconderijo para Bruno Rodrigues de Souza, o “Quén-Quén”.
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