segunda-feira, 18 de julho de 2011
Morre detento baleado durante rebelião no Presídio Aníbal Bruno
Morre detento baleado durante rebelião no Presídio Aníbal Bruno
Ronaldo Félix da Silva, 22 anos, estava internado com um tiro no peito e não resistiu aos ferimentos; tumulto aconteceu na última quarta-feira
Morreu na noite da última sexta-feira (15), no Hospital Getúlio Vargas, uma das 15 vítimas da rebelião no Presídio Aníbal Bruno, ocorrida na última quinta-feira (14). O detento Ronaldo Félix da Silva, 22 anos, estava internado com um tiro no peito e não resistiu aos ferimentos. O detento era acusado de tráfico de drogas.
O peruano Leonardo Magno Castro Reis, que levou um tiro na barriga, segue internado no Hospital Getúlio Vargas em estado grave. De acordo com a Secretaria de Ressocialização, Leonardo Magno não corre risco de morte.
Ao todo, 14 presos sofreram ferimentos, mas nove deles foram atendidos e levados de volta ao presídio. O agente penitenciário Charles Belarmino de Queiroz também ficou ferido durante o tumulto. Ele levou uma pedrada na cabeça, mas já está em casa.
A Superintendência de Segurança Penitenciária informou que pelo menos dez presos, entre eles os líderes do tumulto vão ser transferidos. As visitas, que foram suspensas na última quarta-feira por causa da morte de um preso, excepcionalmente foram marcadas para este sábado (16).
O TUMULTO
Quarenta agentes penitenciários e 60 policiais do Batalhão de Choque entraram às 19h da última quarta no Presídio Aníbal Bruno para conter o tumulto em quatro dos oito pavilhões da unidade, onde ficam 1.600 dos 4.700 presidiários. O tumulto teria sido causado porque os presos quebraram uma guarita de segurança no centro da unidade para ter acesso a outros pavilhões.
Mas a situação já estava tensa desde a tarde da última quarta-feira, quando alguém jogou droga dentro da unidade no horário de visita. Por causa disso, um preso teria sido morto pelos policiais.
“Foi devido até a um acordo que tem entre eles de, quando tem visita, não acontecer nada. E ontem [quarta] aconteceu. Eles não respeitaram e tentaram jogar maconha para dentro do presídio e teve essa resposta imediata da segurança”, afirmou o secretário de Ressocialização de Pernambuco, Romero Ribeiro (foto 2).
Do lado de fora do presídio, parentes dos presos aguardavam notícias. “A minha cunhada disse que não tem certeza, mas acha que ele levou um tiro de raspão. Aí eu vim saber porque aconteceu isso com meu irmão”, disse Risomar Lima da Silva, que é irmã de um presidiário.
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