quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
OAB pede extinção da Rotam após cinco denúncias contra policiais no Aglomerado da Serra
OAB pede extinção da Rotam após cinco denúncias contra policiais no Aglomerado da Serra
por Hoje em Dia
23 de fevereiro de 2011 às 09:42:17
Moradores do Aglomerado da Serra e membros da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG) pedem a extinção do Batalhão de Rondas Táticas Metropolitanas (Rotam). No último sábado (19), duas pessoas da comunidade morreram durante uma suposta troca de tiros com agentes da corporação. Nesta terça-feira (22), o ouvidor geral da Polícia de Minas Gerais, Paulo Vaz Alkmin, afastou a hipótese de atuação de milícias no local, durante visita à Serra.
Segundo o ouvidor, o órgão recebeu cinco denúncias contra policiais na região em 2010. “As reclamações incluem desvio de conduta, violência física e verbal. Enfim, abuso de autoridade e excesso de rigor”, disse, acrescentando que uma das acusações era de que militares estariam cobrando propina de traficantes. Também será apurada a informação de que homens da Rotam seriam donos da maioria das máquinas caça-níquel do aglomerado.
Mas Alkmin descartou a hipótese de que uma milícia esteja atuando livremente na favela. “Para se considerar uma milícia, seria necessário identificar uma base fixa na região, onde policiais estivessem controlando o comércio e serviços como distribuição de gás, energia elétrica, internet e TV a cabo”, afirmou. Todas as denúncias foram encaminhadas para o Setor de Inteligência da PM.
A apuração das queixas, porém, surte pouco efeito sobre uma comunidade ainda aterrorizada com as mortes de Jefferson Coelho da Silva, 17 anos, e Renilson Veriano da Silva, 39. Na terça-feira, duas das sete escolas da região permaneceram fechadas de manhã. Três linhas de ônibus que tiveram veículos carbonizados durante o final de semana não voltaram a circular pelas vilas. Parte dos imóveis continuava sem energia elétrica.
Também presente no aglomerado, o assessor de Comunicação da PM, tenente-coronel Alberto Luiz Alves, garantiu que todos os serviços serão regularizados. Segundo ele, seria realizada uma reunião com empresários do setor de transporte para avisá-los de que a “situação está sob controle” e que, por isso, as atividades podem ser retomadas.
A diarista Eliane Dias dos Santos, 44 anos, mostrou hematomas por todo o corpo. As lesões seriam resultado de um espancamento. “No último domingo, a polícia invadiu o morro com muita violência. Tentei apenas proteger algumas crianças, mas em troca recebi chutes e socos”. O tenente-coronel Alves assegurou que todos os casos serão investigados.
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