segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Policiais suspeitos de envolvimento em assassinatos no Aglomerado da Serra são ouvidos

Policiais suspeitos de envolvimento em assassinatos no Aglomerado da Serra são ouvidos Serão ouvidos na manhã desta segunda-feira (28) os soldados Jonas David, Jason Paschoalino e Adelmo de Paula Zuccheratte, suspeitos de envolvimento na morte dos moradores Jeferson Coelho, 17, e do tio dele, Renilson Veriano, 39, no Aglomerado da Serra. Os policiais não foram ouvidos na última sexta-feira (25) pela Corregedoria da PM porque teriam ficado abalados ao saberem do suicídio do cabo Fabio de Oliveira. Os depoimentos devem esclarecer as informações dadas pelo cunhado do cabo Fabio de que a equipe estava dividida no momento da execução dos moradores. Uma audiência pública na Assembleia Legislativa, na próxima quarta-feira (2), também irá tratar do caso. OTEMPOonline Os soldados Adelmo Felipe de Paula Zuccheratte, Jason Ferreira Paschoalino e Jonas David Rosa, do Rotam, presos por envolvimento na morte de dois moradores do Aglomerado da Serra no dia 19, prestam novo depoimento às 8h30 desta segunda-feira na Corregedoria da Policia Militar, dando continuidade às investigações para apurar o caso. Os militares são acusados de executar o auxiliar de enfermagem Renilson Veriano da Silva, de 39 anos, e o menor Jeferson Coelho da Silva de 17, durante uma até agora mal explicada operação policial no aglomerado, na Região Sul de Belo Horizonte. Com relação ao inquérito aberto pela Polícia Civil sobre os homicídios, o chefe da Divisão de Crimes contra a Vida, delegado Wagner Pinto de Souza, informou que ainda não há data para interrogar os integrantes do Rotam. Na semana passada, o trabalho da polícia civil se concentrou nos depoimentos de testemunhas do crime e na busca de provas técnicas, com o recolhimento das armas usadas pela guarnição da PM e a realização de perícias no local onde Renilson e Jeferson foram mortos. O advogado de defesa dos acusados, Ricardo Gil de Oliveira Guimarães informou que está estudando partes do inquérito que conseguiu da Polícia Civil e também espera receber nesta segunda-feira cópias do Inquérito Policial Militar (IPM) para tomar as providências jurídicas necessárias. Seguindo a linha de defesa dos companheiros de farda dos acusados, que têm afirmado que o governo do estado e as polícias Civil e Militar estão agindo com parcialidade, o advogado disse que está preocupado com o andamento da apuração do ocorrido no aglomerado. Pré-julgamento “Quando o chefe das duas polícias faz um pré-julgamento antes da conclusão do inquérito, já emitindo opinião ao dizer que os policiais são bandidos fardados e que têm que ser condenados e mandados para a prisão, isso nos preocupa. As polícias não vão apurar com imparcialidade aquilo que o chefe deles já está afirmando. Estão sendo induzidas e nós, advogados, temos que correr para produzir a contraprova”, disse Ricardo Gil, referindo-se a declarações feitas pelo secretário de estado de Defesa Social, Lafayette Andrada. Para o defensor, cabe ao Ministério Público, que é o órgão responsável pela fiscalização da lei, atuar com imparcialidade ao analisar os inquéritos policiais quando o caso chegar à Justiça para ser julgado. Adelmo, Jason e Jonas estão presos em batalhões diferentes da PM. Na manhã de sexta-feira, eles seriam ouvidos pela terceira vez na Corregedoria da PM, mas teriam ficado abalados psicologicamente ao saber da morte do cabo Fábio de Oliveira, comandante da guarnição quando houve o crime na serra. A PM alega que o cabo se enforcou com o cadarço do calção que usava, pendurado no registro do chuveiro, mas também não descarta a hipótese dele ter sido morto, o que também está sendo apurado

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