Em risco no país, estão promotores, delegados e juízes, principalmente os que podem modificar a vida de um preso, que trabalham com transferências.
Antes do julgamento você tem inquérito policial, denúncia do Ministério Público e, aí sim, o juiz aparece no processo, para aplicar a lei.
Nos últimos dez anos no Brasil, morreram um juiz no Espírito Santo, da vara de execuções penais, e em São Paulo, um corregedor também de execuções penais, ambos deliberavam sobre transferência de presos. Além deles, morreu um promotor em Belo Horizonte que investigava uma máfia de combustíveis.
Portanto, em risco no país, estão promotores, delegados e juízes, principalmente os juízes que podem modificar a vida de um preso, os que trabalham com transferência de presos.
O sistema de Justiça sem rosto, usado na Itália e na Colômbia, esconde o rosto do juiz, mas quem esconde o rosto é carrasco. A democracia exige a identificação do juiz, até para processo de ampla defesa do condenado. O ideal é que a polícia consiga desmantelar o crime organizado e não que o juiz se esconda.
O que deve ser feito é o que está sendo feito hoje, no Rio de Janeiro, uma força tarefa para acelerar os processos em São Gonçalo.
Uma triste conclusão é que o promotor assassinado em Belo Horizonte foi morto por um policial militar envolvido com a máfia e, possivelmente, quem matou a juíza Patrícia Acioli tenha sido policial militar. Ou seja, o tráfico não matou juiz até hoje, quem mata juiz no Brasil são policiais militares mafiosos.
Fonte:Jornal Floripa. POSTADO POR: RICARDO PIRES PCMG.