O policiamento na capital e região
Metropolitana está prejudicado. Os militares da linha de frente da
corporação, principais responsáveis pelo trabalho de repressão, estão em
greve branca desde o início deste mês, quando houve mudança na escala.
“Continuamos nas ruas, patrulhando, mas fazendo só
vista grossa para o crime. A criminalidade está solta nas ruas”, garante
um militar que pede para ter a identidade preservada. Em um dos
batalhões da capital, a produtividade caiu violentamente. Números
obtidos pelo Grupo Bandeirantes mostram que, nos 20 primeiros dias deste
mês, 12 armas foram apreendidas na unidade. No mês passado, foram 200.
“A categoria está insatisfeita e isso leva a um
clima de instabilidade e a produtividade é afetada”, diz o subtenente
Luiz Gonzaga Ribeiro, coordenador da Comissão de Cidadania e Direitos
Humanos da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares de
Minas.
O governo mineiro já se preocupa com o
descontentamento, mas garante que o policiamento não foi afetado.
“Estamos abertos para atender o interesse das categorias sempre que
possível. Mas é normal que mudança gere insatisfação. E falo seguramente
que isso não está causando prejuízo algum à segurança pública”, diz o
subsecretário Daniel Malard.
Cúpula da PM
O comando da Polícia Militar mineira, responsável pela mudança da escala, segue o tom de Malard. A coronel Claudia Romualdo, responsável pelo policiamento da capital – onde há a maior insatisfação –, diz que cumpre norma do comando-geral. “A mudança foi discutida com a categoria. Preocupamos com a saúde física e mental do militar e estamos abertos a diálogo”, afirma o porta-voz da PM, tenente-coronel Alberto Luiz.
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