'Entregadores' de pizza soltam 14 presos
'Entregadores' de pizza soltam 14 presos
No momento da fuga cinco policiais de plantão foram trancados na cela
A fuga de 14 presos do 26º Distrito de Polícia (Sacomã), na noite de domingo, deu um chacoalhão na cúpula da Polícia Civil e obrigou delegados a reavaliarem a segurança na guarda de detentos provisórios. “Nós assumimos esse ônus porque, de fato, houve falha. Faz muito tempo que não ocorrem resgates e as equipes de plantão se desligaram”, afirma o delegado-geral, Marcos Carneiro.
O alvo da quadrilha eram os irmãos por parte de mãe Felipe Marques dos Santos e Rondineli de Oliveira, acusados de roubo de cargas de cigarro nas regiões do Jabaquara e Ipiranga, na Zona Sul. O bando também queria libertar Diego Ferreira dos Santos, parceiro de Felipe e Rondineli. Porém, ele já havia sido removido para o CDP (Centro de Detenção Provisória) de Guarulhos na semana passada, porque a sua prisão preventiva saiu antes que a dos dois.
VIGILÂNCIA / Segundo Marcos Carneiro, a determinação é de que 80% dos policiais do GOE (Grupo de Operações Especiais) trabalhem no período noturno para reforçar a segurança nas delegacias onde há presos provisórios, enquanto, durante o dia, a atuação maior é por conta do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos). “A base da equipe é a delegacia. Ela não pode sair do local, a não ser que seja chamada para atender a uma emergência”, explica o delegado.
No momento em que ocorreu o resgate os policiais do GOE não estavam e o delegado-geral quer saber o motivo. A Corregedoria da Polícia Civil já foi acionada para apurar os fatos.
Os bandidos usaram uma bela loira como isca para entrar na delegacia. A mulher chegou ao plantão com uma pizza, a pretexto de entregar uma encomenda que, segundo a polícia, não havia sido pedida. Com isso, distraiu os dois policiais que faziam o atendimento no balcão e abriu passagem para outros integrantes da quadrilha, que surgiram logo em seguida , armados de submetralhadora e pistola.
Segundo a polícia, um dos bandidos colocou a submetralhadora sobre o ombro da loira e exigiu que os plantonistas entregassem as armas e os levassem à carceragem. Outros três policiais que trabalhavam na central de flagrantes também foram imobilizados e trancados na cela em que estavam os presos resgatados.
PMs da companhia que fica nos fundos da delegacia foram acionados por um dos policiais presos na cela. Os bandidos não perceberam que ele estava com o celular no bolso. Houve perseguição e troca de tiros.
Quatro fugitivos foram recapturados: Jessé Souza dos Santos, de 29 anos; Caio de Souza Ferreira, 18; Douglas Santiago, 22, e José Dias Garibaldo, 36. Um dos carros usados na fuga foi abandonado.
Irmãos suspeitos de roubo de carga eram os alvos
Os irmãos Felipe Marques dos Santos e Rondineli de Oliveira, alvos do bando que invadiu o 26 DP, estiveram cinco dias presos temporariamente, para investigação de roubo de carga. Na última quinta-feira a Justiça concedeu a prisão preventiva. Contudo, devido ao feriado de 28 de Outubro, Dia do Funcionalismo Público, não puderam ser removidos para um Centro de Detenção Provisória. A transferência estava prevista para esta segunda.
“O 26º DP é uma central de flagrante e os presos ficam recolhidos lá, no período de trânsito, para evitar que as viaturas circulem com eles pela cidade todas as vezes que precisarem depor. Hoje, a vaga em CDPs é automática”, explica o delegado-geral, Marcos Carneiro.
Felipe havia sido preso pela primeira vez em 2008, por roubo, e cumpriu pena. Já seu irmão Rondineli passou por uma delegacia em 2006, por tráfico, mas nunca chegou a ser condenado. Os irmãos moravam na favela Heliópolis e são suspeitos da prática de roubos de cargas de cigarros na mesma região.
10
é o número de presos ainda foragidos
Final dos anos 90 foi o auge das invasões em cadeias
Nos final dos anos 90 policiais viviam à sombra do medo por causa de frequentes resgates de presos. Na época, as delegacias abrigavam desde detentos provisórios até condenados.
Quadrilhas usavam até bombas para intimidarNa época em que resgate de preso era moda, bandidos chegaram até a explodir paredes de delegacias. Muitos policiais foram humilhados e até hoje guardam sequelas da violência.
6.000
é a média de presos abrigados em DPs temporariamente
Presídios também estavam na mira do crime organizado
Quadrilhas não mediam esforços para atingir objetivos e tinham a ousadia de driblar as muralhas de presídios para resgatar parceiros. A polícia não se intimidou. Isolou líderes de facção e o crime organizado se rendeu
No momento da fuga cinco policiais de plantão foram trancados na cela
A fuga de 14 presos do 26º Distrito de Polícia (Sacomã), na noite de domingo, deu um chacoalhão na cúpula da Polícia Civil e obrigou delegados a reavaliarem a segurança na guarda de detentos provisórios. “Nós assumimos esse ônus porque, de fato, houve falha. Faz muito tempo que não ocorrem resgates e as equipes de plantão se desligaram”, afirma o delegado-geral, Marcos Carneiro.
O alvo da quadrilha eram os irmãos por parte de mãe Felipe Marques dos Santos e Rondineli de Oliveira, acusados de roubo de cargas de cigarro nas regiões do Jabaquara e Ipiranga, na Zona Sul. O bando também queria libertar Diego Ferreira dos Santos, parceiro de Felipe e Rondineli. Porém, ele já havia sido removido para o CDP (Centro de Detenção Provisória) de Guarulhos na semana passada, porque a sua prisão preventiva saiu antes que a dos dois.
VIGILÂNCIA / Segundo Marcos Carneiro, a determinação é de que 80% dos policiais do GOE (Grupo de Operações Especiais) trabalhem no período noturno para reforçar a segurança nas delegacias onde há presos provisórios, enquanto, durante o dia, a atuação maior é por conta do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos). “A base da equipe é a delegacia. Ela não pode sair do local, a não ser que seja chamada para atender a uma emergência”, explica o delegado.
No momento em que ocorreu o resgate os policiais do GOE não estavam e o delegado-geral quer saber o motivo. A Corregedoria da Polícia Civil já foi acionada para apurar os fatos.
Os bandidos usaram uma bela loira como isca para entrar na delegacia. A mulher chegou ao plantão com uma pizza, a pretexto de entregar uma encomenda que, segundo a polícia, não havia sido pedida. Com isso, distraiu os dois policiais que faziam o atendimento no balcão e abriu passagem para outros integrantes da quadrilha, que surgiram logo em seguida , armados de submetralhadora e pistola.
Segundo a polícia, um dos bandidos colocou a submetralhadora sobre o ombro da loira e exigiu que os plantonistas entregassem as armas e os levassem à carceragem. Outros três policiais que trabalhavam na central de flagrantes também foram imobilizados e trancados na cela em que estavam os presos resgatados.
PMs da companhia que fica nos fundos da delegacia foram acionados por um dos policiais presos na cela. Os bandidos não perceberam que ele estava com o celular no bolso. Houve perseguição e troca de tiros.
Quatro fugitivos foram recapturados: Jessé Souza dos Santos, de 29 anos; Caio de Souza Ferreira, 18; Douglas Santiago, 22, e José Dias Garibaldo, 36. Um dos carros usados na fuga foi abandonado.
Irmãos suspeitos de roubo de carga eram os alvos
Os irmãos Felipe Marques dos Santos e Rondineli de Oliveira, alvos do bando que invadiu o 26 DP, estiveram cinco dias presos temporariamente, para investigação de roubo de carga. Na última quinta-feira a Justiça concedeu a prisão preventiva. Contudo, devido ao feriado de 28 de Outubro, Dia do Funcionalismo Público, não puderam ser removidos para um Centro de Detenção Provisória. A transferência estava prevista para esta segunda.
“O 26º DP é uma central de flagrante e os presos ficam recolhidos lá, no período de trânsito, para evitar que as viaturas circulem com eles pela cidade todas as vezes que precisarem depor. Hoje, a vaga em CDPs é automática”, explica o delegado-geral, Marcos Carneiro.
Felipe havia sido preso pela primeira vez em 2008, por roubo, e cumpriu pena. Já seu irmão Rondineli passou por uma delegacia em 2006, por tráfico, mas nunca chegou a ser condenado. Os irmãos moravam na favela Heliópolis e são suspeitos da prática de roubos de cargas de cigarros na mesma região.
10
é o número de presos ainda foragidos
Final dos anos 90 foi o auge das invasões em cadeias
Nos final dos anos 90 policiais viviam à sombra do medo por causa de frequentes resgates de presos. Na época, as delegacias abrigavam desde detentos provisórios até condenados.
Quadrilhas usavam até bombas para intimidarNa época em que resgate de preso era moda, bandidos chegaram até a explodir paredes de delegacias. Muitos policiais foram humilhados e até hoje guardam sequelas da violência.
6.000
é a média de presos abrigados em DPs temporariamente
Presídios também estavam na mira do crime organizado
Quadrilhas não mediam esforços para atingir objetivos e tinham a ousadia de driblar as muralhas de presídios para resgatar parceiros. A polícia não se intimidou. Isolou líderes de facção e o crime organizado se rendeu
Nenhum comentário:
Postar um comentário