quarta-feira, 4 de maio de 2011
Fuga em massa faz diretor de presídio renunciar ao cargo
Fuga em massa faz diretor de presídio renunciar ao cargo
EDILSON JOSÉ ALVES, DE PONTA PORÃ 04/05/2011 09h47
O diretor da Penitenciária Regional de Pedro Juan Caballero, Catalino Diaz, renunciou ao cargo na manhã desta quarta-feira.
Ele vinha sofrendo pesadas críticas depois que um grupo armado invadiu a penitenciária situada na fronteira com Ponta Porã para fazer o resgate de seis presos, supostamente ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC), quatro são brasileiros.
O diretor encaminhou carta de renúncia ao ministro da Justiça e Trabalho do Paraguai, Humberto Blasco, que agora pela manhã aceitou o pedido. Diaz disse que não tinha como evitar a fuga em virtude do baixo efetivo de agentes e pela força do grupo criminoso que invadiu a penitenciária com fuzis e metralhadoras.
O ministro anunciou o funcionário do sistema carcerário do Paraguai, Miguel Angel Dominguez, como interventor e que responderá temporariamente pela direção do presídio.
Fuga
Conforme as informações, na segunda-feira por volta das 23h30min., um bando armado com fuzis, metralhadora e pistolas, invadiu a penitenciária, local onde um grupo restrito de presos participavam de uma festa regada com muita bebida e comida. Os agentes penitenciários de plantão que foram coniventes em conceder permissão para os detentos foram rendidos e outros correram já que os invasores começaram disparar suas armas.
Seis presos fugiram pela porta da frente da penitenciária. Eles foram identificados como sendo Emiliano Rojas Gimenez e Eduardo Feu da Silva, apontados como os pistoleiros que atentaram contra a vida do senador liberal Robert Acevedo na linha de fronteira em abril do ano passado. Também fugiram Francisco Aparecido Segovia, autor de tentativa de homicídio contra o então chefe de trânsito de Pedro Juan Caballero, Ramón Cantaluppi Arévalos, em fevereiro de 2009; Paulo Augusto Souza e Diego Oliveira, que foram presos no último mês de fevereiro e Geraldo Francisco de Oliveira. Todos os fugitivos teriam ligações com o PCC, sendo que quatro deles são brasileiros.
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